Os dias passaram como eternidade. Toda ocorrência que havia no Corpo de Bombeiros, eu me lembrava da minha pequena. Aquele maldito beijo foi o suficiente para não tirá-la da cabeça, ela perambulava dia e noite. Até nos meus dias de folga enquanto me divertia com mulheres e esgotava meus fluídos, bastava pensar nela que me endurecia de novo.
Tive que seguir com minha vida e não me atrevi a ir atrás dela, afinal, ela não veio atrás de mim. Eu que não seria um louco.
Assim que saí de casa, liguei para meu irmão Noah, para confirmar nossa ida ao aeroporto para buscarmos David.
— Escritório do Sr. Noah Peterson, boa tarde. — reconheci a voz de quem atendeu e reprimi o revirar de olhos.
— Raissa, é Gael, Noah está ocupado? — pergunto direto sem abertura para conversa.
Raissa é uma funcionária até que exemplar, mas sua atitude de se jogar para qualquer homem, a torna vulgar e oferecida. Ela já tentou algo comigo, mas não ficaria com uma funcionária do meu irmão, o qual é constantemente "atacado" por ela. Noah só a mantém por causa do trabalho bom que ela faz, porque no fundo tem uma paixão incubada por uma loirinha, amiga de nossa irmã Rose. Só a vi uma vez quando Rose a levou para a casa de nossa mãe. Logo vi que Noah não tirava os olhos dela e sempre arranjava um jeito de cantá-la.
— Sim Gael, ele está ocupado. — responde Raissa e paro no trânsito.
— Pode perguntar rapidamente se ele vai comigo ao aeroporto?
— Claro, só um minuto.
A linha fica muda e olho para o relógio no carro. Ainda temos tempo.
— Gael? — Raissa me chama com intimidade.
— Diga Raissa.
— Ele avisou que você pode passar por aqui.
— Obrigado. Já estou chegando.
Desligo meu celular e em vinte minutos estaciono meu carro em frente à galeria do meu irmão. Passo pela porta olhando ao redor e não o encontro... Deve estar no escritório. Pego meu celular para ver as horas novamente e me dirijo para escada do segundo andar. No entanto trombo em um corpo bastante leve e sei que é feminino. No ímpeto de salvá-la, rodeio meus braços em seu corpo, a impedindo de cair.
— Me desculpe, eu não lhe vi. — murmuro e só então sinto o cheiro de morangos. Um aroma que ansiava sentir.
Seus olhos surpresos se prendem nos meus e é impossível não sorrir. Estou com ela em meus braços novamente. Qual era a possibilidade de encontrá-la aqui depois de dias?
— Gael! — sussurra meu nome.
— Meg. — suspiro o seu. Minha voz sai rouca e me concentro em fitar seus lindos olhos. Como estava com saudades deles me olhando com desejo.
— O que você está fazendo aqui? Quer dizer, você é bombeiro e... Gosta de artes? — pergunta nervosa e resolvo soltá-la, não antes de passear com minhas mãos pelo seu corpo.
Percebo ela engolir em seco e sua respiração acelerar com minha atitude. Gostei da sua reação. Estando um pouco longe de mim, noto-a me observar, enquanto morde seu lábio. Será que vai me beijar de novo? Tal pensamento fez meu sangue pulsar esquentando mais ainda meu corpo.
Estou definitivamente perdido. Minha ideia principal era vir aqui na galeria, apanhar meu irmão Noah e ir ao aeroporto pegar meu outro irmão David, mas ela mudou um pouquinho quando me esbarrei em Meg. Não quero perder a chance que o destino me deu, então em vez de tomá-la agora, como meu subconsciente estava implorando, respondo sua pergunta anterior.
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Amor em Chamas - Os Petersons - Livro 1
ChickLitConteúdo adulto +18 Meg Sanders apenas rezou para ser salva, ela não pensou que fosse encontrar Gael Peterson, o amor de sua vida. - Este livro encontra-se na Amazon com epílogo e revisado!