Capítulo 8 - Gael Peterson

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Seu perfume se encontrava em cada compartimento do meu carro e há pouco descobri uma parte sensível de seu corpo, um delicioso e saboroso ponto logo abaixo de sua orelha. Não consigo ficar longe de seu corpo, parece uma doença incurável que chegou de forma repentina e sem volta. É loucura e não tem tratamento médico, eu só quero vê-la, tocá-la e o principal, beijá-la para o resto da vida.

Resto da vida? Fui longe demais.

Segundo meus irmãos, basta apenas provar e me saciar do corpo de Meg, depois não ficarei pensando nela o tempo todo.

— E se eu ainda quiser? — perguntei do banco de trás enquanto Noah dirigia ao lado de David.

— Então, estará fodido irmão! — disse David e rolei os olhos.

— Eu achei que David seria o primeiro que cairia de amores por uma mulher. — brincou Noah.

— Está ficando louco? Não há mulher ideal para mim.

— AINDA senhor gostosão, ainda! — joguei meu corpo para o meio dos bancos. — E só pra deixar claro, não estou caindo de amores.

Os dois se entreolharam e berraram juntos.

— AINDA! AINDA!

O som rítmico do pé de Meg batendo no tapete do carro me trouxe de volta me deixando curioso.

— Está nervosa? — indago e o barulho cessa. Seguro meu riso e ligo o som do rádio em um volume baixo. Percebi ela respirar aliviada. Sim, ela está nervosa.

— Er... Bem, eu... Não costumo ter encontros. — murmura baixo e penso se ela quis que eu ouvisse.

Pensei em perguntar o porquê, mas não queria deixá-la mais nervosa. Lembrei de minutos atrás em que confessou não receber flores quando sai com homens, isso me deixou intrigado e irritado, mas não a deixei notar. Cheguei à conclusão de que ela apenas transa e pronto. Seria assim comigo? Quero pensar que não, já que ela aceitou minhas flores e ainda está aqui comigo. Não quero um dia apenas.

Olho-a rapidamente de soslaio, as mãos no colo e o rosto virado para janela. Sorrio com a moça tímida e enigmática em meu carro e resolvo tirá-la desse desconforto.

— Quem disse que estamos em um encontro? Será apenas um jantar em minha casa. — deixo subentendido e volto meu olhar para a pista vendo minha casa logo à frente. Sinto seu olhar em mim.

Sim baby, é um encontro, mas não precisa ser dito em voz alta.

Paro meu carro em frente à garagem sem colocá-lo para dentro, mas implorando que ele não precise ser tocado até amanhã de manhã. Saio do carro controlando minha ereção com dificuldade e abro sua porta para que saia. Observo seu vestido subir um pouco ao colocar as maravilhosas pernas para fora, seguro a vontade de deitar a cabeça e ver o que tem por baixo.

Meg desce do carro com elegância ficando de lado para que eu possa fechar o carro. Isso faz com que meu corpo fique perto do seu.

— Não é um encontro? — pergunta divertida e posso senti-la mais solta.

— Longe disso. — afirmo e ela dá um passo em minha direção, não demoro a rodear sua cintura com um braço.

— Então não precisamos jantar? — murmura sobre meus lábios e sorrio com malícia.

Não sei por que ela evita momentos assim, mas comigo será diferente. Desvio meus lábios para meu canto favorito, abaixo de sua orelha e beijo. Devagarzinho passo a ponta dos meus dedos subindo pelo seu braço e sinto seu arrepio, solto uma leve risada.

Amor em Chamas - Os Petersons - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora