Conto 9 - O Fim É Apenas O Começo (Parte 4)

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Chris para na frente da entrada do avião, segura as mãos de Ághata e embarca.

Eles se assentam no banco e ouvem o piloto dizer:

"Caros passageiros, obrigado por escolherem a Air India, nosso voo decolará dentro de cinco minutos. Apertem os cintos de segurança pois há turbulência no levantar da aeronave. Obrigado!"

Chris abaixa a cabeça e faz uma breve oração pedindo que Deus abençoe sua filha. Ele sabia o seu futuro, mas mesmo assim sua perna tremia, e seu coração batia forte. Ele pega sua Bíblia e seu celular, conecta-se com seu sogro:

"Pastor Blue, estamos decolando, ore por minha filha por favor. Conforme combinado cuide dela... obrigado por tudo. Deus o abençoe!"

Ele termina de falar quando o piloto pede para que os passageiros desliguem os celulares. Ághata segura firme em sua mão e deita em seu ombro:

"Amor... acalme-se tudo bem? Você sabe que Deus cuidará dela. Ela terá a própria história... foi assim conosco também não foi?"

Ele olha para a janela do avião e lembra-se da primeira vez que fora a Índia. Ele tinha dezoito anos, tinha apenas dois anos de convertido. Fizera a cruzada missionária, ganhara Almas, ainda encontrou as aves perdidas e cumpriu sua missão... entretanto, era chegada a hora de voltar. Chris olha para a janela:

"O que a Rebecca estaria fazendo agora?"


De dentro do portal sai um senhor de aproximadamente sessenta anos de idade, mas que aparentava ainda mais. Ele usava uma bengala e trazia uma pequena trouxa consigo. O frágil senhor diz:

"Óh... muito obrigado! Eu estava preso nesta sala já se fazem anos! Abri o portal, mas o fechei e não houve ninguém para me libertar... até agora. Muito obrigado!"

Disse o idoso, que foi abraçar Rebecca. A menina o empurrou contra a parede e segurando-o pela gola disse:

"Nome, idade e razão real de estar aí."

"Calma menina, eu estou preso aqui... a minha sorte foi de ter encontrado alimento em um refrigerador velho no fundo do quarto. Eu sou Gaspar Leroy... me perdi aqui algum tempo atrás. Deixe-me provar... me leve para fora daqui, e eu to darei toda a explicação que quiser"

Fox diz:

"Confia nele Rebecca! O coitado está preso faz muito tempo. Suas barbas estão grandes e ele... está tão feio. Precisando de um banho! Leve-o a seu pai! Ele vai saber o que fazer."

Rebecca relutante concorda. A garota decide levar o idoso para seus pais. Eles saem dali com o senhor indo na frente deles, de braços dados com Fox, e Green logo atrás. Rebecca ficara averiguando a sala.


Rebecca, com uma lanterna, observa cada canto do bagunçado cômodo. No fundo, na parede de trás, ela encontra três grandes caixas de cores diferentes. A amarela se encontra vazia, assim como a azul... mas a verde estava fechada.

A menina pega o chaveiro mas nota que não havia fechadura no baú. Onde deveria haver uma fechadura havia apenas um coração esculpido com uma raposa desenhada no centro. Também havia uma frase:

"Tenho em meu peito uma chave chamada promessa que abre todas as portas do castelo da dúvida"

Ela tenta abrí-lo pela força, mas não o consegue. Ela soca a caixa, mas se frustra ao não abrí-la. Realmente não faz ideia de como abrí-la... ela deduz que seja apenas algo decorativo e decide ir embora. Mas ao se virar em direção a saída... uma luz vem em sua mente.

Entre A Cruz E As PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora