Entre A Cruz E As Palavras - XI

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"A vida Cristã diária não passa de uma guerra constante. A língua é o instrumento mais perigoso, muito mais do que uma arma de fogo, e o inimigo sabe disso. Vigiemos pois, para que ninguém roube a nossa coroa. Nós estamos mesmo, entre a Cruz e as palavras."

Texto -

"A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto." Provérbios 18:21

Chegamos ao último estudo do livro. Durante todo ele lemos os mais diversos temas... desde Missões até política. Da criação até o ateísmo.

Vimos de tudo, com exceção a uma coisa... o tema que dá título ao livro.

Entre A Cruz E As Palavras... mal posso crer, quando comecei a escrever simples contos que transcrevia de meus trabalhos escolares... que o Senhor tinha um plano maior para este projeto.

Começou ainda chamado "Contos Evangélicos"... com a sinopse:

"Pequenos contos evangélicos de suspense, ação e terror."

Eu digitei então, para o primeiro capítulo, uma pequena redação minha com meus treze anos... Me lembro da história deste texto até hoje.

Minha professora de redação desta época, a Salete, uma senhora ruiva de aproximadamente sessenta anos, estava sem voz naquela manhã chuvosa de escola... pediu então que os alunos escrevessem uma narrativa com o tema:

"Uma professora sem voz, dando aula na chuva."

Nós poderíamos fazer o que quiséssemos, com exceção a uma coisa... matar a professora.

Bom Salete, lamento lhe informar que isso não foi possível, e seu alter-ego Madison, deu origem ao conto "Pressentimento".

Na verdade quase todos os capítulos eram ou são produções escolares. Sou grato a Deus pelos mestres na língua que tive...

Paola, uma jovem loira de olhos claros e amáveis que além de professora, era amiga e dileta conselheira, e lera este livro por completo em suas origens. Ela é minha mestra inspiradora desde meus oito anos. Se hoje escrevo este livro, parte é por ela.

Lênia, que era rígida, mas sabia confiar e incentivar-nos a estudar bem. Não posso esquecer-me quando em uma prova ordenou-nos um resumo de "As Crônicas De Nárnia".

Múria, a primeira professora que já criticou duramente uma produção minha quando eu tinha onze (antes mesmo de minha conversão)... mas hoje vejo que isso me serviu de aprendizado. Que do que era para ser uma leitura rápida gerou "Perseguição"

Fabiana, que quando fui reprimido por expor minha opinião em uma produção, soube me defender e acreditar em mim. Que em um texto sobre a páscoa surgiu "O Carpinteiro".

Cada uma delas contribuiu com um pouco do livro.

"Não use tantas aspas"; "Escreva frases menores"; "acrescente mais palavras de caráter difícil"; "Nárnia é uma metáfora bíblica" et cetera...

Tudo isso contribuiu desde meus poucos anos por um amor a leitura. Cada uma delas tem um pouco do livro, uma vírgula tirada, um ponto acrescentado.

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