Conto 9 - O Fim É Apenas O Começo (Parte 1)

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Ofegante, um menino corre no breu total. Logo atrás, ele ouve os passos cada vez mais próximos de seu perseguidor. Ele era muito mais forte... será que sua recém-adquirida força seria capaz de enfrentá-lo?

Ele junta toda sua coragem, abre os olhos (não os físicos, mas os de sua Fé), e solta o grito de sua Alma.

(...)

Três jovens conversam sentados à mesa de sua confortável casa. A luz está apagada, o que dá um visual aterrorizante a cena.

"Vocês já notaram aquela casa no final da rua?"

Diz o mais novo, de aproximadamente doze anos, com cabelos loiros. Seus olhos eram diferentes, um era azul claro mas o outro era castanho.

"Sim... dizem que ela é assombrada, mas é mentira. Esta conversa começou desde quando o antigo dono morreu."

Respondeu o mais velho, de catorze.

"Ei! É da minha família que você está falando!"

Diz uma menina de cabelos ruivos, sentada em uma poltrona no canto da sala brincando com um ioiô. O menino mais velho, Green, vira os olhos...

"Rebecca, você nem parece minha amiga... mas quer saber? Hoje vamos descobrir o que existe lá!"

Rebecca larga o ioiô e pega seu diário em cima da mesa. Tira de seu pescoço um pequeno colar, e com ele abre a fechadura.

"Desgruda disso menina! Você já é bem grande para ter diário!"

"Você sabe que é tradição de família Green... e já devia estar escrevendo o seu!

Aquela casa foi fechada fazem-se anos. Eu nunca entrei nela. Mas ela é bem antiga.
Se querem tanto entrar naquela casa velha... vamos! Após a Igreja. Eu me preocupo pelo menos!"

Green dá um sorriso sarcástico e a deixa sozinha, fechando a porta com Fox (o menor) atrás dele.

"Seus primos já foram querida?"

Dizem em um uníssono os pais de Rebecca.

"Sim... eles querem ir na casa do meu avô hoje."

Diz pegando o ioiô novamente.

Os sorrisos deles caem. Eles não poderiam permitir que Rebecca fosse lá. Não tão cedo... ela só tinha treze anos.

"Filha, você não vai lá"

Disse o pai de Rebecca, calmamente.

"Pai! Sinceramente, eu não quero ir lá... mas por qual razão não podemos entrar lá? Não reclamando da casa que moramos, louvado seja o Pai por ela, mas aquela é incrível."

"Filha, é uma ordem. Não vá lá. Ainda não.

Agora, solte este ioiô! Tenha infância Rebecca, honra seus pais e avós! Arrume-se para a Igreja."

Diz o pai, tirando o brinquedo da filha. Ele tira do bolso um vídeo-game com uma mão, com a outra um cartão e dá para a menina.

Entre A Cruz E As PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora