Capítulo 10

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Sem correção...

Giselle

Ninguém nos viu em lua-de-mel. Por mais que a Molly insistisse que eu deveria fazer compras, que é o que mulher de cantor famoso faz, eu me recusei.

A Molly não era culpada, mas acabou tendo que aguentar meu mal humor.

Nem a beira da piscina com ele ou sem ele, eu tive coragem de descer. Se ele sabia lidar tão bem com a mentira, era porque estavam acostumados, mas eu cresci em um ambiente em que a mentira era filha do Demônio, e eu ainda não tinha vendido minha alma para ele. Encontraria uma saída para essa situação, não compactuaria com isso.

No ultimo dia de Lua-de-mel, encontrei pelo mapa uma igreja e pedi à portaria que me preparasse um carro para me levar até lá. Fui recebida por um dos pastores locais que muito atencioso me disse os horários dos momentos de orações e os grupos locais, mas não conseguiria ficar para nenhum, uma vez que a Majority faria show no dia seguinte em outra cidade a mais de seiscentos quilômetros daqui. E por mais que fossemos de avião, eles precisavam de tempo para um monte de atividades que já estava sendo repassadas pelo Jason e o Leon, agora que ele não precisava fingir ser um marido devoto e apaixonado, podendo assim se dedicar totalmente a seu trabalho.

Assim que chegamos à cidade, me deixaram no hotel prometendo me buscarem na hora do show.

- Se não se importarem eu preferiria ficar por aqui. – Disse tirando os sapatos e massageando meus pés.

- Claro que me importo. Afinal somos recém-casados e vão estranhar se em minha primeira aparição depois de casados, você não estiver presente.

- Não se você lembra-los que não frequento certos tipos de lugares. – Olhei para ele sem pestanejar, da mesma forma com a qual ele estava falando comigo.

Silencio... Silêncio mortal silêncio.

- Esteja pronta às vinte e três horas. Temos um jantar e logo em seguida iremos para o show.

E no horário marcado ele apareceu. Com sua roupa, esporte social fino, e muito lindo, com certeza. A Molly havia feito bem seu trabalho... Deixando-me a par do jantar. Como seria e, em prol de que seria.

No jantar, somente estaria o Leon e o Jason e nós duas. Geralmente a banda toda comparecia a esses jantares, mas esse em especial, fazia parte de um projeto particular do Leon. Ele estava trabalhando em uma ação social para ajudar os médicos voluntários, em uma área afetada da África. Estava mandando medicamentos e suprimentos para o país. Toda renda do seu CD solo seria em prol deste projeto. Ele mesmo tinha visitado o lugar por duas vezes este ano, segundo a Molly.

Durante a explicação, pouco antes de o Leon chegar, ela me contou que os pais dele faleceram em um acidade de carro, quando ele tinha vinte um anos, a informação me levou a entender, que nesse ano, a perca faria dez anos. Eu sabia que ele tinha trinta e um por conta dos documentos que tive que assinar no casamento.

Se ele pensava que pedindo às pessoas que me contando a história do pobre menininho rico eu ficaria mais feliz, ou passaria a ter mais simpatia por ele, estava muito enganado.

Mesmo sendo um jantar beneficente, as pessoas praticamente babavam sobre o chão que ele pisava. Isso estava me irritando profundamente. Mas acho que era o sentimento que esta nutrindo em mim. De raiva, de rancor. Então me lembrei das palavras de meu pai. – "É culpa dos sentimentos que estão dentro de si e que às vezes ele não consegue dominar. Não é feio quando o homem tem sentimentos, o feio é quando o sentimento domina o homem."

O Quase Impossível Amor de nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora