Capítulo 23

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Sem correção...


* A Noite... Último capítulo de Refúgio.

Leon

- Obrigadoooo! – Agradeci ao público que havia vindo nos prestigiar no show e saí logo do palco, ainda ouvindo os últimos acordes da guitarra do Peter que finalizava a música.

Agora era participar de todas as atividades de praxe. Autógrafos, fotos e festas.

- Sabe que sua moral com os amigos da Giselle não é muito boa. – O Dail sentou-se em uma poltrona próxima a minha.

- Imagino. – Não estava falando com ela todos os dias, mas sempre que podia ligava. Mas amanhã seria um dia grandioso... Ela estaria lançando seu primeiro CD.

Eu queria estar junto, mas a Molly achava melhor que ela estivesse sozinha para que nada roubasse a atenção das pessoas.

- É o momento dela Leon. – A Molly havia me convencido por telefone quando tentei argumentar que estaria presente.

Eu sabia que era... Mas por Deus, porque não podia haver momentos que fossem de nós dois. Eu queria isso. Ter com quem partilhar minhas alegrias e tristezas e queria partilhar da vida da pessoa também.

- Senhor Leon –. Uma menina da assessoria veio com o telefone na mão.

A Meg estava em um hospital e precisava da minha presença. Quando eu contei ao pessoal que estava indo, não era de se admirar que o Jason fosse comigo. Sempre estava por perto. Até cheguei a cogitar sobre estar sendo ingrato com ele nos últimos tempos.

O Jason sentou-se ao meu lado e ali ficou na antessala do hospital até que a enfermeira saísse para nos atender. A enfermeira chefe justificou a ausência do médico para dar o laudo e nos informou que o procedimento no caso da Meg, seria uma transfusão de sangue intrauterina.

- A criança possui grave anemia provocada por falta de compatibilidade entre o sangue dele e o da mãe.

Ela certificou-se que estava falando com o pai da criança ou o responsável e disse que se necessário eu teria que doar sangue. Me dispus no mesmo momento. Seria uma mensagem dos céus, porque eu estava ignorando o bebê? Meu coração se compadeceu.

Segui a mulher e por fim a resposta do exame é que eu era incompatível com o sangue do bebê. Se mãe e pai eram incompatíveis com o sangue do bebê, quem o seria?

- Entenda pai... Que o sangue do feto vem sendo atingido por atingido por anticorpos produzidos no corpo da mãe. A paciente com Rh-, em sua primeira gravidez e o feto era Rh+ e o bebê veio a não sobreviver. Como ela não foi imunizada contra este novo componente no sangue, adquiriu anticorpos contra o fator positivo, que agora estão sensibilizando o sangue do feto em sua segunda gestação.

O Médico me explicou pessoalmente depois que os exames não deram compatibilidade. Ele me olhava estranhamente.

- Se nem ela nem eu sou compatível, isso quer dizer que a criança não é minha. – Olhei para ele impaciente.

- Não gostaria de ser portador dessa notícia, mas também se tiver dúvidas poderia fazer um teste de DNA.

- Inclusive já havia pedido. Mas acho que com essa oportunidade poderei conversar com ela mais intimamente. – A explicação do médico sobre segunda gravidez também me deixava confuso.

Assim que sai da sala do médico a enfermeira avisou-me que haviam encontrado o doador.

O nome do doador seria preservado, mas até o nascimento a criança ainda teria que passar por ao menos mais uma transfusão. Esperando-se que os componentes sanguíneos fossem repostos e que a criança, uma menina, nasça saudável.

O Quase Impossível Amor de nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora