Capítulo 21

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Sem Correção.

* Capítulo cortesia pela divulgação das meninas no face. (Gisele, Bruna, Rosa, Lolly, Maria José, Ana Paula, Sandra, Monique, Luciana, Rafaela e todas as minhas amigas.


Leon

Ouvia ao longe uma música que preenchia todo meu ser. Só precisava localizar de onde ela vinha. Caminhei descalço por um chão ressecado e pedregoso que feriam meus pés, e me deparei com a dona da voz... Era a Giselle. Tentei tocar sua face, mas havia mais alguém ali com a gente. Uma sombra. Ela levava para um lugar escuro e minha mão não tocou a Giselle. De repente a voz sumiu, a Giselle sumiu e eu acordei assustado.

Eram poucas as vezes que chegava a sonhar. Olhei no relógio e era quase meio dia.

- Droga. – Pulei da cama e entrei no banho. Tinha jurado ter programado o celular para despertar.

Assim que me vi pronto, liguei para o Jason e ele não me atendeu. Liguei para a Giselle e também não fui atendido.

Que porra! Onde todos havia se escondido? Pedi à recepção que me preparasse um carro e fiquei sabendo que o meu estava me aguardando desde cedo.

Quando cheguei ao bairro da Giselle eu sabia que ela não estaria mais esperando por mim. Não para o café, como tinha sido combinado. Mesmo assim passei pela porta dela para conferir. E por sorte, notei um carro à porta. Desci e bati, ela e o pai estavam almoçando.

- Chegou na hora filho. Não quer sentar-se e almoçar conosco? – Claro que eu não queria almoçar. Talvez o café da manhã me fizesse bem naquela hora, mesmo assim aceitei. Não podia perder a oportunidade de estar com ela. Que dizer: Com eles.

O pai me deixou a par da situação.

- Muitos animais mortos. Alguns sítios próximos estão ainda alagados e muitas pessoas feridas. Nunca vi o bairro passar por um momento tão difícil. Agradecemos a Deus por ter lhe enviado em um momento tão propício. Sozinhos não teríamos conseguido muita coisa.

- Não foi nada.

A Giselle acompanhou nossa conversa silenciosamente. O ministro começou a relatar coisas que para mim ainda eram desconhecidas.

- Nossa sorte foi que mesmo a igreja tendo se dividido e separado...

- Está me dizendo que a igreja do senhor está dividida? Como assim? – Eles se entreolharam, mas o homem não se intimidou diante da filha.

- É uma longa história.

- Tenho todo o tempo do mundo.

Foi só então que eu soube que o conselho havia se juntado e afastado o homem de seu ministério. Ele não era mais bem vindo à frente da igreja depois de ter apoiado a filha em um casamento com um homem que não era convertido. A "Igreja", quer dizer: Alguns poucos que se denominava a boca da Igreja havia determinado que talvez ele não estivesse mais atento à palavra de Deus.

Eles agora se reuniam em um lugar ali perto. Aonde pedi a Giselle para me mostrar logo após o almoço.

Estava longe de ser a igreja dos sonhos de um pastor. Era uma casa com uma garagem fechada que parecia um galpão. Onde o pobre ministro agora ministrava a palavra de Deus.

Tudo isso porque eu entrei um dia na igreja deles pedindo que Deus me desse uma segunda chance. A culpa era minha e eu precisava fazer algo por eles.

- A documentação...

- Está tudo certo não se preocupe. E dessa vez não pediremos seu dinheiro para nada. – A Giselle não era mais a doce menina que eu conheci. Estava amargurada.

O Quase Impossível Amor de nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora