Motivação

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Abro os olhos com dificuldade por causa da claridade.
Minha cabeça roda e dói muito. Não consigo dizer o que estava acontecendo comigo, mas meus pais sabiam e estavam receiosos ao lado da cama.
Um médico examinava minha espiração. Lembrei da escola e de Cíntia, mas nada me levantaria daquela cama.
Novamente apago.

***

Michel

A essas alturas Katy nunca mais olharia pra minha cara. Nathacha tinha que estragar tudo!

Nunca esperei tanto por alguém, mas Katy não apareceu, e meu coração se aperta . Então corro para o jardim à proucura de Cíntia, na esperança de encontrá-la. Mas ela estava sozinha.

Ela nem se quer sabia me dizer sobre Katy. Não é possível que ela esteja ainda tão abalada com tudo aquilo.
Me despeço de Cíntia tristemente e vou direto pra minha sala sem pensar em mais nada. Katy merecia uma explicação, mas acho que ela queria ficar sozinha.

Olho Nathacha vindo em minh direção. Meu estômago embrulha e não consigo nem olhar para ela.

Chego e me sento. Não consigo esquecer Katy mesmo ela não estando aqui. Talvez eu tenha me preciptado , pois isso é tudo muito louco.

Não consigo focar em nada e não assisto a nenhuma aula  Katy não sai dos meus pensamentos.

****

Katariny

Acordo mais ou menos às quatro da tarde e meus olhos ardem muito. Não sei o que anda acontecendo comigo.

Levanto da cama cambaleando e minha cabeça roda. Mas consigo descer as escadas e ir até o jardim. Sento-me em um banco e olho para o vazio , lembrando ainda me Michel e o que aconteceu comigo bo dia anterior.

Minha mãe chega por trás de mim e me dá um beijo na cabeça até suas mãos alcançarem as minhas. Elas estão frágeis e me sinto doente por um minuto.

- Ainda bem que você acordou filha. Precisamos falar com você.

- Aconteceu alguma coisa mamãe ?  o papai está bem ?

- Sim querida. Está tudo bem com ele .

- Então o que houve ?

- Filha, - ela explica calmamemte - como você está se sentindo ?

- exergo pouco. É como se ainda não estivesse acordada...

- Katy, eu preciso dizer uma coisa à você, mas você precisa ser forte .

Eu realmente começo a ficar preocupada. Minha mãe nunca falou tão seria. Aliás, Dona Karolyne nunca foi realmente séria.
Eu tento olhar para seu rosto. Mas meus olhos não me obedecem.

- Seu problema de visão está piorando e você precisa tomar alguns cuidados... - u sinto que não é aquilo que ela queria me falar - e... você terá que... usar lente daqui pra frente. É isso! - ela dá um sorriso forçado.

Eu sei que o problema não é as lentes, mas confio nela, pois todas as mães sabem o que fazem e sempre querem o melhor para seus filhos.

Por um momento pensei que usar lentes realmente seria un problema, mas meu sexto, sétimo, oitavo sentido, me dizia que algo estava estranho. Minha mãe sai da minha companhia , dizendo que ia buscar as tais lentes que eu usaria. Mas percebo que ela demora muito para buscar uma simples lente.

Não enxergo bem , mas sinto que cheguei até a entrada da sala e ouço ela falar no telefone com alguém:

- ... Eu até tentei, mas não consegui falar... eu sei o quanto é importante Cleiton, mas... tudo bem, mas você sabe o quanto é dificil pra mim... Cirurgias nunca são boas, Cleiton. Se significasse coisa boa ela seria desnecessaria...

Ele Era MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora