A Dor de Katy

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Michel

Tenho certeza que eu nunca senti tanta dor e agonia em minha vida.

Katy estava morrendo bem na minha frente , o que eu poderia fazer , além de chamar a porra da ambulância que demorou quase meia hora para chegar ?

Cíntia acorda e já se desespera ao ver Katy no chão já toda ensanguentada.

Seu sangue não parecia de uma pessoa normal. Era vermelho demais, num nuance incomum. Sua pele estava cada vez mais branca, parecia mesmo que estava congelada, seus lábios estavam mais rosados e tudo que eu via era minha paixão da minha vida indo embora , a cada segundo que passava.

Parecia estar intacta da dor. Sua beleza não deixava que ela se abalasse pelo acontecido.

Sento no chão com sua cabeça apoiada em meu colo. O que que eu fiz ? Fui fraco. Deixei Nathacha fazer o que queria com Katy. E se minha amada for embora hoje desse mundo, o que será de mim?

A ambulância chega e vamos todos para o hospital.
Katy está gravemente ferida, e me desespero mais a cada minuto que passa, pois cai a porcentagem de ser salva.

Os enfermeiros fazem os primeiros curativos e eu choro feito uma criança.

Cíntia precisa ser medicada, por sua pressão ter baixado repentinamente. Ela também derrama lágrimas dos olhos ao ver Katy naquele estado.

Chegamos no hospital uns 10 minutos depois.

Katy vai para sala de cirurgia, Cíntia para o ambulatório e eu espero na recepção.

Uma enfermera me oferece um copo d'agua e eu recuso. Não quero nada do que não se referir a Katy.

Ando de um lado pro outro, demostrando que minha preocupação é maior do que minha paciência.

Passe meia hora andando de um lado para o outro e nenhuma notícia de Katy.

Cíntia sai do ambulatório e ambos ficamos preocupados com o estado de Katy.

Sento na poltrona e apoio minha cabeça no ombro de Cíntia. Cai uma lágrima.

- Calma, Michel ela vai ficar bem! Acredite . - ela tenta me acalmar.

- A culpa é minha Cíntia. Ela bem que me avisou que estavamos fazendo tudo rápido demais e eu não dei ouvidos.

- Você não tem culpa Michel !

- Se não fosse por minha culpa, isso nunca teria acontecido com Katy.

Sinceramente minha vontade era matar Nathacha com minhas próprias mãos. Eu não estava nem um pouco preocupado com seus ferimentos. Para mim pouco importava se aquela moto pegasse fogo ou jogasse ela na beira de um abismo.

Ela era meu ódio agora.

O médico vem vindo em nossa direção.

- São acompanhantes da paciente Katariny Martins Brito, que deu entrada por esfaqueamento ?

- Sim, somos. - Cíntia respondeu e eu pulo da poltrona.

Ele pede para que nós acompanhassemos ele até a sala em que Katy estava.

Quando ele abriu a porta daquele quarto de hospital, quase eu tive um enfarto ao ver Katy bem , acordada, olhando para cima e para os lados com uma cara de assustada.

Eu a entendia. Ela estava sem as lentes num lugar que ela não conhecia, e eu me preocupo com ela e trato de acalma-la, com o jeito Michel de ser.

***

Ele Era MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora