A Primeira Vez

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Mas quem dera que eu realmente estivesse deixado Michel naquela mesa. Ao entrar naquele meu bendito quarto, lá estava a peça sentado na beira de minha cama de cabeça abaixa.

- Não entendi porque mentiu. - ele me diz ainda com a cabeça abaixa

-Não menti.

-Eu sei quando você não está bem, Katy.

Me aproximo dele e sento ao seu lado, lhe dando abraço.
-Já te amo tanto Katy.

Eu nem sei o que dizer, Michel é meu primeiro namorado. Não sei como lidar com essas coisas, não sei o que dizer a ele.

Dou um pulo em seu colo e o beijo com muito amor. Eu também queria dizer a ele que o amo, mas ainda havia uma ponta de timidez dentro de mim.

-Está tudo bem ?- ele me pergunta

-Está.

-Então vamos voltar para lá ?

Minha expressão é daquelas como quem diz que nao, mas aquele olhar de cachorrinho abandonado me venceu.

Ao meu sinal de sim, Michel me arranca da cama sem esperar que eu coloque meu salto de volta. Me arrasta até a varanda e sobe na grade da sacada como costuma fazer quando invade meu quarto.

Meu medo é maior que a altura que Michel está prestes a me fazer encarar.
-Está louco, Michel? É muito alto, não vou conseguir. - digo arregalando os olhos tentando fugir dos braços de Michel.

-Você consegue, Katy. Por nós... Eu faço isso por você todos os dias...

Escalo os pequenos detalhes em ferro, fazendo-os de escada. Me reparo acima da barra de ferro que enfeita minha sacada. Michel me faz olhar no fundo de seus olhos até que eu ultrapasse aquela barreira de panico que me atingiu.

Adentrei o quarto de Michel sem me dar conta. O beijo que era um premio por ter passado aquele obstáculo, virou objeto de desejo. Michel me pôs nos braços de uma tal forma que me derreti por inteira neles.

Ele me jogou encima da cama, pegando por meus cabelos e tudo o que eu mais queria era sua pele na minha. Não havia escapatória, a virgem iria embora e nasceria uma nova Katy naquela noite.

Ele foi bastante carinhoso e cuidadoso comigo. Tirou minhas roupas com delicadeza enquanto eu só queria seus lábios. Ele tirou sua própria camisa e seu short, porque ele sabe que não tenho jeito para essas coisas.

Tocou com delicadeza minhas partes e penetrou com amor, dizendo sempre que me amava bem ao pé do ouvido, me poupando daquela dor tradicional de primeira vez.

Quando dei por mim, estava deitada sobre seu peito debaixo de um lencol. Lembrei que tinha que retirar minhas lentes então deixei Michel adormecido na cama e refiz o percurso até meu quarto enfrentando novamente meu medo de altura. Me veio à memoria aquele momento em que Michel me acalmou e que deu inicio a todo aquele prazer.

Voltei para casa e tratei de tomar um banho e me limpar daquele sangue que me deixava totalmente desconcertada.

Ponho um vestidinho que já estava no meu banheiro e retiro minhas lentes. A ultima coisa que vejo é o relógio que marca 2:30 da manhã.

Caminho até o abajur e o apago. Caltelosos passos dou até minha cama. Deito, e sou surpreendida com um abraço quente pelas costas. Revido com um grito.

- Pensou que ia dormir sem mim ? - Michel sussurra em meu ouvido me acalmando.

- Então durma meu príncipe. - Me viro para ele e começamos tudo de novo, agora com um pouco mais de dor.

Amanhecemos o dia abraçados um sobre o outro e exaustos ;) .

Ele Era MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora