Capítulo 11

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"Nascemos para amar

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"Nascemos para amar. O amor é o princípio da existência e o seu único fim." - Benjamin Disraeli


Laura

Bruno me assusta às vezes, com sua maneira grotesca de se expressar. Que mulher gosta de saber que o homem amado acha que sua companheira não consegue "ficar longe de seu pau". Eu não consigo ficar longe dele inteiro. O pênis é apenas mais um órgão que constitui sua anatomia, mas ele se refere ao próprio membro como se fosse outro ser pensante de seu corpo. Refere-se a ele na terceira pessoa e isso é esquisitíssimo.

Na verdade, se ele fosse um eunuco, desprovido de qualquer líbido, eu ainda assim o amaria. Eu o amo completamente, amo todos os defeitos dele; desde os mais perceptíveis até os menos notáveis.

Admitir para mim mesma que o amo com tanta intensidade é libertador. Pois se sinto isso, no mínimo ele também sente algo parecido.

- No que está pensando? Você está sorrindo sozinha, como quem se lembra de algo.

- Refletindo que agora sou sua. E isso soa muito agradável para mim, incandescendo minha felicidade. -Respondo sinceramente e ternamente.

Ele lança-me um olhar afetuoso, desmanchando-me inteira.

- Pois fique sabendo que é agradabilíssimo para o ego de um homem saber pela boca de sua namorada que ela é sua. Você não deveria falar esse tipo de coisa para mim. Não agora. Acaso não sabe que estou a um passo de devorá-la inteira?

Sua pergunta induz-me a varias indagações acerca disso, então resolvo findar minhas dúvidas:

- Desde quando você é um canibal?

- Desde que provei uma pequena amostra de você.

Ao vê-lo sorrir maliciosamente, percebo que ele não está brincando quando diz que tem vontade de me devorar. Fico atônita quando também vejo seu desejo explícito.

- Agora entendi o que quis dizer com "devorar" - falo um pouco mais séria: - Você é inclinado para esse lado depravado, não é mesmo? - Forço um sorriso que nada condiz com a entonação preocupada de minha pergunta.

- Só um pouco - pisca. - Vou tentar me conter para não assustá-la, ninfa. Retomemos a parte em que você diz ser agradável saber que é minha... E, falando nisso, depois das aulas da minha irmã, podemos fazer alguma coisa todo sábado. Mesmo depois que as aulas de reforço forem finalizadas. Acredito que não será preciso ser muitas, já que ela voltou ontem de viagem.

- Que maravilha! Estou ansiosa para conhecer minha cunhadinha - sorrio em expectativa e acaricio seu ombro.

Desvia seus olhos da estrada e encara-me rapidamente.

- O que acha de conhecê-la amanhã, em minha casa? Almoça comigo e com a minha família? - Surpreendo-me com seu pedido.

- Seria ótimo!

Orgulho e Desejo (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora