"O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus. " - Platão.
Bruno
— E aí, aquela trepada tá de pé ainda? — pergunto à Larissa.
— Depois de sexta-feira, pensei que não me procuraria mais — responde dengosamente.
Porra, como essa voz forçada me irrita!
— Meu cérebro foi abduzido por alienígenas para estudo da espécie humana naquele dia. Será que essa explicação me absolve de sua mágoa? — forço uma risada para soar descontraído.
Acho que funcionou, pois ouço sua gargalhada por alguns segundos.
— Onde e quando? — pergunta diretamente. Com Larissa não tem tempo ruim.
— Agora, na rua Visconde, número 74, suíte 502. Combinado?
— É o hotel do meu pai, seu safadinho. Gosta de perigo, hein? — Ouço sua risada fina.
— Como se Henrique se importasse com quem você transa ou deixa de transar, não é mesmo, Larissa? E aí, vamos?
— Esperarei você na suíte... pelada.
— Faça isso. Chego em quinze minutos — desligo o telefone.
Se há uma chance de conseguir alcançar meus objetivos rapidamente, por que não a utilizar em meu favor? Larissa é a fonte de respostas para as minhas perguntas; só assim conseguirei eliminar Olívia de vez da convivência de minha família.
Não sei o que será do meu relacionamento quando Laura souber, mas não posso descartar a possibilidade de convencer Larissa a revelar quem é a mulher "misteriosa". No entanto, não sei se estou disposto a perder a Laura e, no fundo, sei que não estou. Resolvo ligar e contar todo o meu plano previamente, apesar de saber que sua recusa será iminente. Mas o objetivo desta ligação não é terminar a relação, e sim convencê-la do "sim"; inclui-la nesse plano.
Disco seu número, mas ela não atende. Ligo novamente, mas cai na caixa postal.
Se a Laura não atender, terminarei a noite sem namorada, porque eu não deixarei de seguir meus objetivos porque ela não atende a porra do celular, penso, irritado.
— Olá, Bruno! Tive que parar o carro para atender. O que aconteceu?
— Mudanças de plano.
Termino de contar o que pretendo fazer, mas Laura fica muda.
— Você está aí? — olho para a tela do celular, mas a chamada continua ativada. — Ouviu o que eu disse?
— Utilizou o verbo correto, porque o som da sua voz não fez nenhum sentido para mim. Logo, ouvi sim o que você falou, mas não consegui escutar nada.
— Quê? — pergunto sem entender.
Laura gosta de dificultar as coisas. O que custa ser mais direta?
— Bruno, como quer que eu o ajude a transar com outra mulher? Não consigo compreender.
— Logo se vê que realmente não escutou nada — reviro os olhos.
— Então, por favor, seja mais claro.
Narro todo o meu plano detalhadamente e paro a cada frase para perguntar se entendeu o que eu disse.
— Mesmo assim, como quer que eu lide com isso, assim, do nada? Como aceitar o fato de que os lábios do seu amor estarão colados com uma boca que não é a sua?
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Orgulho e Desejo (Revisando)
Romance- Para não ser mais virgem, basta tê-la em minha cama, nua e aberta. Inteligencia, beleza, sarcasmo e depravação, são atributos de Bruno Mascarenhas; não se importa em ser como é. Convencido por seu pai a candidatar-se ao cargo de deputado federal...