Capítulo 12

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  "Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito. " - Shakespeare 


Bruno

Após contemplar tudo ao redor e recordar todos os passos certeiros que demos até conquistarmos o sucesso da nossa marca: as Academias BWF, lembro-me também de minha mais recente conquista: Laura. E é por estar com ela no pensamento que logo uma saudade chata bate. Onde será que ela está? Não a vejo em lugar nenhum...

Ando pelo salão à procura dela, mas não a encontro. Em vez disso, esbarro com Olívia que está acompanhada de mais duas amigas. Como sempre, Fernando não veio.

— Querido, parabéns! O coquetel está um sucesso.

— Obrigado — sorrindo e abraçando-a, agradeço seu apoio. — Olívia, por acaso você viu a mulher ruiva que veio como minha acompanhante?

— Se for uma linda jovem, a vi entrando no toilet há um tempinho, querido.

— Ainda não tive a oportunidade de lhe apresentar a Laura. Tenho certeza que você gostará dela — sorrio entusiasmado. — Assim que encontrá-la, a deixarei sob seus cuidados. Laura não está acostumada com esse tipo de evento, então preciso que ela fique com alguém de confiança para não se sentir deslocada. Paula é requisitada demais para concluir esse tipo de missão com êxito — Olívia ri de minha observação.

— Ficarei feliz em conhecer sua nova acompanhante, querido.

— Ela é mais que isso. Laura é minha namorada — Olívia se espanta. Uma atitude normal de todas as pessoas que me conhecem e sabem que minha maior característica era não me amarrar a ninguém. Já estou acostumado. — Pois é, não resisti aos encantos dela — essa constatação é surpreendente até para mim.

Despeço-me e saio em direção ao banheiro feminino. Encontro com algumas convidadas e elas me param para falar sobre o evento e sobre a academia. Conversamos por um tempo e aos poucos outros convidados se aproximam. Larissa, uma socialite conhecida por ser a filha do dono de uma rede de hotéis, me dá mole descaradamente. Percebo seu olhar cobiçoso e sorrio internamente.

Laura é tranquila e desencanada, mas não sei o que pensaria se me visse rodeada de garotas assim. Melhor evitar a fatiga. Desvencilho-me disfarçadamente das meninas e continuo esperando.

Ela está demorando. Será que está passando mal? Resolvo ir atrás dela. Entro no banheiro e chamo por seu nome. Mas ninguém responde. Laura não está aqui dentro.

Pego meu telefone no bolso da calça e ligo para ela, mas não atende. Saio do banheiro e olho ao redor. Vejo Paula aos beijos com um modelo famoso. Sorrio ao vê-la toda à vontade com o cara. Onde será que a Laura se meteu?

Avisto Rubens e o chamo.

— Cara, a Paula está no bem-bom enquanto eu estou aqui sem saber onde a Laura está para aproveitar a noite ao lado dela —  Rubens sorri zombeteiramente. — Viu ela por aí?

— Acho que a vi passar apressadamente em direção a saída. Eu a chamei, mas acho que não ouviu.

Corro até a recepção e pergunto por ela. A recepcionista responde que Laura pegou a carteira e foi embora.

Neste momento a única certeza que tenho é que alguma coisa muito fodida aconteceu para ela ir embora sem me avisar.

— Perdoe-me a indiscrição, sr. Mascarenhas — a recepcionista mais jovem fala e a outra a cutuca como que para impedi-la de falar, mas a menina continua:

— Ela estava chorando e estava bem atordoada. Saiu andando como se estivesse desesperada para fugir daqui.

A menina enrubesce quando lanço um olhar interrogativo.

Orgulho e Desejo (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora