Capítulo 3: Sinceridade

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Puck perseguiu Quinn pelos corredores, mas quanto mais se aproximava, mais a ex-cheerio apressava o passo e naquele momento, os dois já corriam. O rapaz deu graças aos treinamentos do futebol, mas também amaldiçoou Sue Sylvester por ser tão exigente com suas meninas... Quinn estava se distanciando dele. Reunindo o pouco fôlego que ainda existia em si, Puck deu um pique e conseguiu alcançar Quinn próxima as portas de entrada do McKinley. Ele abraçou a ex-cheerio pela cintura e a puxou para trás, sem cerimônia, jogando-a no chão.

- O que você pensa que está fazendo, Puckerman?! – Quinn questionou furiosa como se fosse um animal acuado e ferido. Puck olhou para ela com desdém, mas nada disse. Os passos de Mercedes ecoavam no corredor e ele sabia que aquela diva aparecia a qualquer hora, só tinha que segurar Quinn ali. – Seu cretino!

- Se você é durona para queimar nosso piano, Fabray... Também é durona o bastante para agüentar o tranco de um jogador de futebol! – Puck resmungou enquanto puxava-a pelo braço agressivamente, erguendo-a do chão. Quinn soltou-se dele bruscamente e rosnou:

- Realmente queimei aquele piano e teria destruído a sala do Glee se pudesse!

Puck riu com ironia enquanto observava aquela figura feminina agitar-se a sua frente. Ele podia ver o quanto Quinn estava implorando, mudamente, por ajuda. Os olhos amendoados dela estavam opacos, a musculatura tensa e a aparência doentia. Em nada se lembrava aquela Quinn Fabray pela qual ele fora apaixonado e principalmente, pela qual ele se apegara. Aquela não era a verdadeira Quinn.

- Não venha rosnando e gritando para o meu lado, Fabray! Você não tem moral para fazer isso! – Puck murmurou com sarcasmo e imediatamente, viu os punhos da garota a sua frente se fecharem. Quinn avançou para ele esmurrando-o, mas Puck fora mais rápido e conseguira segurar seus braços. Quinn continuou a lutar, mas Puck foi paciente até que, enfim, ela se cansou. Cedendo aos poucos, Quinn rendeu-se ao abraço que o rapaz lhe oferecia e desabou nos braços dele.

- Você é um cretino, Puckerman! – Quinn estava com a voz embargada e chorava algumas lágrimas amargas, ela se afastou de Puck e rumou para as portas de saída, só que o rapaz a segurou de novo. Puck olhou para ela com irritação e apontou para o corredor de onde vinha uma Mercedes Jones extremamente irritada.

- Onde você pensa que vai, Fabray?

- Não é da conta de vocês, aliás, nunca foi! Será que vocês podem parar de cuidar da minha vida por um momento?! – Quinn estava agressiva novamente e aquele mesmo ar de revolta a envolveu. Ela tornou a se fechar na bolha de fúria e dor. Puck a observou com cuidado, estava começando a juntar as peças, ele deveria saber que Rachel Berry estava envolvida de alguma forma naquilo.

Mercedes aproximou-se a passos rápidos de Quinn, ela postou-se bem próxima a loira e ficou a observando por alguns segundos. A ex-cheerio não conseguiu sustentar o olhar decepcionado que recebia e baixou os olhos, mordendo o lábio. A diva respirou fundo e deu um empurrão em Quinn, a loira quase caiu e começou:

- Vocês estão loucos...!

- Calada branquela, chega de showzinho por hoje! – Mercedes fora autoritária em seu tom de voz, Puck arregalou os olhos e deu um sorrisinho orgulhoso. Já Quinn, semicerrou-se os olhos amendoados e acendeu um cigarro, entediada. – Tudo que você faz é problema meu e do Puck porque nós somos seus amigos e nos importamos com você!

- Se importam? Mesmo? – Quinn tragou o cigarro e deu uma risada sarcástica, Puck revirou os olhos e Mercedes fechou os punhos irritada. – Não estão aqui por causa do precioso clubinho de vocês que foi atingido em cheio? Não estão aqui para presenciarem o estrago que a adorável diva de vocês fez comigo?

Yöu and I [FABERRY]Onde histórias criam vida. Descubra agora