Ataques constantes

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Luke:


Peguei minha bike e pedalei o mais rápido possível até o hospital em que Julia estava internada. 
Assim que cheguei, deixei minha bike jogada ali mesmo e entrei desesperado no hospital.

-Senhor, você tem uma consulta? - A moça do balcão me perguntou.

-Eu vim visitar minha amiga, Julia Kramer.

Ela começou a mexer no computador procurando algo com esse nome.

-Só pais ou responsáveis podem entrar, lamento.

-Mas eu sou um grande ami... 

-Lamento, senhor. - Ela me cortou.

Quando eu estava prestes a sair correndo para dentro, Mark apareceu.

-Ele é meu irmão. - Disse para a balconista.

-Porque você não me disse isso? - Ela olhou para mim.

Eu não tinha entendido nada mas concordei até ela me autorizar à entrar.

Quando passei pela porta, Mark me disse:

-Eu disse para a moça que eu sou namorado da Julia para poder entrar. - Como se ele soubesse que eu estava em dúvida.

-Agora faz sentido! - O respondi.

-É o seguinte. - Ele parou. - Você mais me contar tudo mais tarde.
Seu rosto estava sério. Era a cara de alguém que não queria mais fugir.

-Ok. - Sorri para ele.

Andamos um pouco até chegar na sala 301.

Ficamos olhando para a porta por um tempo, até que, finalmente, Mark tomou atitude e a abriu.

Julia estava deitada, aparentemente dormindo. Sua cara estava pálida e uma agulha estava enfiada em seu braço direito. Não havia mais ninguém na sala.

-Você sabe o que houve? - Perguntei.
Tudo sei é que ela acordou desse jeito. -Ele começou a levantar a camisa dela.

-O-O que você está fazendo? - Assustei.
Sem me responder, ele continuou levantando, até eu ver o que ele realmente queria que eu visse.

-Marcas de garras! - Fiquei surpreso. - O que pode ter feito isso?

-Exato. - Ele olhou para mim. - Mas não existe nenhuma floresta aqui na capital para um tigre ou urso arranhá-la desse jeito.

-Pode ter sido sua cachorra... - Comentei.

-Cachorros por acaso tem 5 dedos? - Ele me respondeu com raiva.

-Olha... na verdade... a maioria tem 5 nas patas da frente e 4 atrás.

-Você está me tirando do sério, de novo! 

-Você está muito cansado, Mark. - Respondi com a voz trêmula. - Ela vai ficar bem logo logo.

-Você está escondendo alguma coisa, não? - Ele me empurrou. - Desembucha de uma vez!

Eu não tinha certeza, mas, o que eu estava prestes a falar não ia acalmar muita coisa.

Contei a ele tudo que tinha acontecido comigo, os pesadelos, Ryan, tudo que ele me falou.

Mark não estava preste a me xingar (o que parecia um milagre), pelo contrário, ele estava aterrorizado.

-Você está dizendo que... Ryan está buscando vingança? - Pude vê-lo tremendo.

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