A Dama e o Vampiro

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Eu não estou nenhum pouco afim de me vestir como garota de programa, eu não tenho roupas adequadas para a ocasião, eu sou importante, uma mulher séria, eu disse que queria um pouco de adrenalina, não fazer isso.
Nenhum desses argumentos funcionam com os Winchesters.
Sam tentou me consolar, pois eu estou muito insegura e assustada com a ideia.
Dean está mexendo nas minhas coisas para ver se tenho algo "adequado".
Depois de um certo tempo e eu mais calma, estava um silêncio absoluto, até que Dean gritou:
-acho que encontrei o que você pode usar- ele mostrou uma babydoll de renda branca, dando uma risada maliciosa
Eu logo argumentei:
-eu não posso usar isso em público, custou 200 dólares e é um pouco reveladora
Dean comentou:
-custou 200 dólares!
Interrompendo Dean, Sam falou:
-faça um esforço, é a vida de pessoas inocentes que esta em risco e não temos mais tempo.
Com esse argumento não tinha como dizer não, minha moralidade é importante, mais não vale mais que a vida de outras pessoas. Então concordei.
Não pude deixar de notar a animação de Dean.
Mandei os meninos para fora do quarto para que eu pudesse me vestir.
Algum tempo depois, já vestida coloquei um sobretudo por cima da babydoll um salto e peguei uma bolsa dourada. Modéstia parte parecia uma garota de programa de luxo.
Sai do quarto e os meninos já estavam me esperando de terno e gravata perto do Impala. Sam me elogiou, falou que eu estava linda, acreditar nele é outra história. Já Dean foi mais sinsero, disse que era a prostituta mais elegante que ele já viu, como se isso fosse um elogio.
Entramos no carro, Dean não para de fazer piadas sobre minha situação, já Sam me deu uma arma, caso algum tarado tente alguma coisa.
Chegando na boate, tive que duramente tirar meu casaco, com os Winchesters me encarando.
Quando finalmente tirei meu casaco Dean disse:
-UAU!
Sam só me olhou diferente, como nunca tinha me olhado antes.
Percebi que não estava tão vulgar em relação as outras mulheres.
Na porta da boate mostramos nossas identidades falsas do FBI, ele nos deixou entrar.
Entrando lá, nós nos separamos e fui colocando sangue de um morto em todo cara que se aproximava de mim em busca de meus supostos serviços.
Nunca imaginei a diversidade de caras que buscavam uma prostituta, nerds, advogados, médicos, políticos, vagabundos, etc. Mas nenhum deles era vampiro. Decepcionada fui para fora sentar no meio fio para pensar um pouco na vida ou o que eu estava fazendo com ela.
Depois de uns minutos sentada, um cara se aproximou de mim ele parecia simpático e logo me dirigiu um "oi".
Nós ficamos conversando um bom tempo, ele é médico, bem sucedido e morou na Europa por dez anos, entre risadas e palavras ele me roubou um beijo. E é só disso que eu me lembro.

Acordei tonta e presa em uma cadeira, o recinto tinha um cheiro horrivel, depois de alguns segundos de raciocínio, percebi que ele era o vampiro, como pude ser tão trouxa, quem se dirige até uma prostituta para conversar? Será que estou tão carente a ponto da minha vida valer um beijo? Mas por que me levar para um lugar sujo e isolado e não manter o padrão e me matar no meio da boate?
São tantas perguntas, mas a unica coisa que posso afirmar é que estou fudida.

Algum tempo se passou e já recuperei totalmente minha conciencia. Ouvi barulhos de passos e um homem se aproximava dizendo:
-parece que alguém acordou. Sabe você fica muito mais bonita assustada- ele fala acariciando meu rosto
Já sabia que estava perto da morte então perguntei:
-por que não me mata logo?
O homem me deu um soco no rosto e me respondeu:
-você é especial, não é? Sangue de Deus corre em suas veias, você não é só mais uns de seus profetas. É muito boa para ser comida, pretendo negocia-la- disse ele saindo da sala.
Estou muito confusa eu sou filha de Deus? Minha mãe traiu meu pai com Deus? O que está acontecendo? Por que Castiel não me contou nada?
A única coisa que podia fazer no momento é rezar para não ser morta, então fechei os olhos e comecei "Eu sei que provavelmente ninguém vai me ouvir, mas preciso de ajuda, ou pelo menos o mundo precisa, já que mencionaram que algum dia vou ter que salva-lo"
Depois de "rezar" ouvi gritos vindos de perto.
-Puta merda - essas seriam minhas últimas palavras se Dean não estivesse lá para me salvar, ainda bem que estava.
Em quanto me soltava da cedeira ele disse ofegante e rápido:
-consegui matar o vampiro, mas se não sairmos rápido vamos ser mortos por demonios.
Logo após ele me soltar saímos correndo para o carro e fomos até o motel.
Enfim em terras segura disse eu ao chegar ao quarto. Percebi que Sam não estava lá então perguntei a Dean:
-Onde Sam está?
Dean respondeu se jogando na cama:
-dando um jeito no resto do bando.
Continuei as perguntas:
-como sabía onde estava e como sabia que demônios viriam atrás de mim?
Dean com um ar de naturalidade respondeu:
-o segurança disse que viu uma garota de camisola conversando com um cara no meio fio, e depois disse que viu ela indo meio tonta para um carro grande e preto com ele, logo deduzi que a garota era você. Não foi difícil encontrar local, ficava perto da boate e tinha um carro preto estacionado na frente.- ele falou com um ar de Sherlock Holmes- já os demônios, uma garota escolhida pelo senhor, você é muito boa para ser comida de vampiro, achei que demônios viriam atrás de você.
Quando acabou de me explicar ele começou a fazer as perguntas:
-e você, como foi atraida por ele, o que aconteceu lá e esse machucado no rosto?
Eu expliquei o lance de eu aparentemente ser filha biológica de Deus,sobre eu ter levado um soco e também sobre a minha carência, estava sentindo falta de Charles.
Dean ficou sem reação.
E eu fui buscar gelo para meu machucado.

Depois disso fiquei quieta e me joguei na cama ao lado dele.

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