De NORMAL á PARANORMAL (Em Revisão)

capítulo 32 - sonho?

Acordei com o despertador tocando, e Felipe não estava ao meu lado. Será que eu havia sonhado?
Olhei para o criado mudo, e tinha um pequeno bilhete.
"Bom dia princesa, tive que sair, nos vemos na escola.
Beijos - Felipe".
Sorri. Isso com certeza, não foi um sonho. Levantei, com o braço dolorido. Tomei um banho, e os cortes arderam, que quase gritei.
Vesti uma calsa jeans, uma blusa preta, uma bota de cano baixo, e uma blusa de frio por cima, para esconder os cortes.
Desci e tomei café, rapidamente. Meu pai não tomou café comigo, pois teve que ir trabalhar mais cedo.
Fui para a escola, e quando cheguei o sinal já havia tocado. Ótimo, eu estava atrasada! Andei pelo corredor, enquanto conferia se estava tudo dentro da mochila e não esqueci nada. Esbarrei em alguém, e caí no chão. Quando meu braço bateu no chão, gritei de dor. Senti alguns curativos saírem, e levantei rapidamente.
- Desculpe-me - disse o garoto.
- Tudo bem - falei enquanto ele ajudava-me, á pegar meus materiais do chão.
- Obrigado - fechei minha mochila.
- De nada - olhei pra ele - você se machucou? - perguntou, enquanto eu estava com a mão no braço. Os cortes estavam ardendo. O garoto era pálido, loiro e tinha olhos verdes. A blusa marcava, sua barriga bem definida, e confesso que ele era muito bonito.
- Não, eu estou bem - forcei um sorriso - tenho que ir - sabia que só entraria na segunda aula, mas precisava trocar os curativos.
- Ok - passou a mão no cabelo - ah... meu nome é Victor, prazer em conhecê-la - estendeu a mão.
- O prazer é meu - apertei sua mão - meu nome é Isabella, mas pode me chamar de Bella - sorriu, e eu retribuí o sorriso.
- Hum, Bella... combina com você - ele aproximou-se, e eu corei.
- Obrigado - falei, sem graça - agora tenho que ir.
- Atrapalho alguma coisa? - perguntou Felipe, aproximando-se.
- não - olhei para ele - Felipe este é Victor, Victor, esse é Felipe - apresentei-os. Eles deram um aperto de mão.
Victor -an... A gente se ver depois. Assenti com a cabeça, ele sorriu e saiu.
Caminhei em direção ao banheiro.
- Quem é ele? - perguntou Felipe, atrás de mim.
- não sei - parei, virando-me para ele - nos esbarramos, ele pediu desculpas, ajudou-me a pegar meus materiais do chão e apresentou-se.
Felipe - ah tá - falou sem graça, passando a mão no cabelo - tenho que ir. Me deu um selinho, e eu fiquei sem graça.
Bella - OK - falei e ele saiu. Fui ao banheiro, e quando entrei, vi que não tinha ninguém.
Tirei minha blusa de frio, e vi que alguns curativos estavam soltos. Olhei-me no espelho, e vi que o estrago em meus braços foi grande. Tinha vários cortes, uns de leve, e outros um pouco fundos. - aai! - soltei um pequeno grito, sabia que ninguém escutaria, pois estavam na aula. Quando voltar pra casa, vou passar no hospital.
Tirei os curativos, e enquanto estava trocando-os, já que eu tinha colocado alguns na mochila, a porta abriu.
- Bella? - disse Felipe, e eu me assustei.
Bella - Felipe, o que está fazendo aqui? - perguntei, com medo de que alguém o visse.
Felipe - eu escutei seu grito, e pensei que precisasse de ajuda - olhou para os meus braços - o que aconteceu? - falou, encostando a porta.
Bella - nada - ele cruzou os braços - foi só um acidente.
Felipe - conte-me, o que aconteceu, pode confiar em mim.
Bella - não - dei um passo pra trás - você vai pensar que estou louca. Ele aproximou-se mais, colocou uma mecha do meu cabelo pra trás e beijou-me.
Felipe - já disse que pode confiar em mim - falou, com as mãos em meu rosto.
Bella - vem, vamos para outro lugar - puxei-o pela mão - se alguém te ver aqui, estamos encrencados. Ele assentiu com cabeça.
- espera - lembrei que não tinha terminado de trocar os curativos.
Joguei os curativos no lixo, e coloquei outros em meus braços. Vesti minha blusa de frio, e saímos do banheiro. Por sorte, não tinha ninguém no corredor. Fomos até o jardim da escola, e nos sentamos em um banco que, ficava debaixo de uma árvore.
Felipe - agora, vai me contar o que aconteceu? - pegou em minha mão.
Bella - bom... Depois do que aconteceu ontem - bufei - eu fui para o meu quarto e tinha um bilhete em cima da cama, escrito: "Isso apenas começou" - respirei fundo, e Felipe apenas prestava atenção no que eu dizia - comecei a chorar, e uma mistura de sentimentos tomou conta de mim, fiquei em transe - senti os olhos arderem, e segurei as lágrimas, enquanto explicava o ocorrido - fui até a janela, e lembrei-me que foi ali que o homem havia segurado-me... - uma lágrima escorreu em meu rosto, e Felipe limpou com o polegar.
Felipe - não fica assim - depositou um beijo em minha testa.
Bella - fiquei com tanta raiva... Derrepente, os vidros da janela se quebraram, e eu tentei proteger-me - encarei-o - abaixando e colocando os braços na frente, e os cacos atingiram meus braços.
Felipe ficou pensativo.
Bella - o que foi? - perguntei confusa.
Felipe - é a primeira vez que isso acontece? - encarou-me, sério.
Bella - isso o quê? - fiquei ainda mais confusa.
Felipe - de algo se quebrar sozinho?
Derrepente uma onda de flashbacks, invadiram meus pensamentos. Lembrei da primeira vez que o espelho quebrou, quando eu estava com raiva, depois do que Emilly tinha falado da minha mãe. Lembrei do copo que se quebrou, quando estava com raiva de Alice. Do ladrão que se chocou contra a parede, de quando levantei Alice apenas com uma mão, do carro flutuando e do espelho do banheiro do meu quarto quebrando, e as coisas caindo no chão, da cama e os objetos ao meu redor flutuando, e dos vidros da janela se quebrando.
Encarei Felipe.
Bella - Não, o que está acontecendo comigo? - perguntei mais para mim, do que para Felipe.
Felipe - eu acho que... - abraçou-me, com cuidado, por causa dos cortes e eu me aconcheguei em seus braços - começou - disse, por fim.
Bella - como assim, começou? - perguntei confusa, desvencilhando-me de seus braços.