Olá Londres

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Descemos do avião e pegamos nossas malas.
Meu pai chamou um táxi e fomos para um hotel.
Quando chegamos, fiquei de queixo caído, o prédio era muito lindo! (Foto acima). Sinceramente, era de mais!
Nunca havia visto um prédio, tão bonito quanto esse.

A balconista falou onde íamos ficar e nos deu a chave do nosso apê. Ela aparentava ser muito simpática, porém de poucas palavras.

Entramos no elevador e quando ele abriu meu pai foi o primeiro a sair. Eu apenas fui em sua direção.
Entramos no apê, que tinha dois sofás marrons na sala, uma Tv enorme embutida no suporte!
Eu devo ter exagerado um pouco na parte da tv, mas realmente era bem grande.
Uma mesinha no centro da sala.
Meu pai foi para seu quarto e eu fui para o meu, que por sinal era lindo. Estava deslumbrada desde que cheguei.
Arrumei minhas roupas no closet, tomei um banho e me joguei na cama. O apartamento era enorme, apesar de não parecer por fora. Eu poderia fazer tantas coisas ali. Poderia chamar meus amigos para ver aquele lugar, mas como? Que amigos? Sempre fui uma pessoa quieta e conhecia uma ou outra pessoa na escola, mas nunca havia feito uma amizade verdadeira, na qual eu quisesse levar para casa. Para que ela chamasse minha mãe de tia. Doeu ao pensar naquilo. Ainda que eu tivesse amigos, não teria mais uma mãe, o que era pior do que não ter nenhum. O closet era grande, assim como a cama. Acho que caberia três de mim, nela. Fitei o teto, pensativa. Estava tão perdida. Por onde eu começaria? Viveria um dia de cada vez, apenas? Conheceria novas pessoas ou ficaria trancada no quaro, vendo a vida passar, sem muita coisa para se fazer? Ah mãe! Se a senhora estivesse aqui, tudo seria tão mais fácil. Eu a escutaria mais. Ouviria cada conselho, assim como aqueles sobre o mundo ser um lugar que ora seria um sonho ora um pesadelo. Que teria vezes que ele me elogiaria e outras vezes me julgaria sem piedade. Que eu teria que saber lidar com as situações e que eu era forte o bastante para encarar os obstáculos sem covardia. Que quando os problemas aparecessem, era para eu enfrentá-los como a garota forte que sou e não fugir covardemente. Que eu conheceria alguém que fosse louco por mim, o suficiente para ficar e não me deixar. Que ele suportaria tudo por mim, e que eu também lutaria por ele. Parando para pensar, agora nada disso parece fazer sentido. A vida não parece mais haver sentido.
Não sei por que, mas tenho a sensação de que estando aqui, minha vida vai mudar completamente. Espero que seja para melhor. Será que nesse novo lugar, eu teria uma nova vida? Seria uma nova pessoa? Ou continuaria sendo a Isabella de sempre?
Não, com certeza não. Aquela Isabella já não existia mais, assim como sua mãe e seu irmão. E nada poderia mudar isso. Será que eu enxergaria as coisas de outra forma? Não tinha dúvidas quanto a isso, pois sabia que minha perspectiva em relação ao mundo estava completamente diferente, assim como eu me sentia. Diferente.
Esperava muito que minha vida fosse mudar para melhor. Era tudo o que eu desejava. Eu realmente espero boas mudanças, estando aqui.

De NORMAL á PARANORMAL (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora