Alianças Sangrentas (Completo)

Minha Verdadeira Natureza

"Espero que gostem, mais um capitulo meus trevosos "

(...)

Eu sentia a dor se espalhando senti o gosto do meu próprio sangue, ele estava pronto para dar o bote em meu pescoço, eu deveria fazer algo naquele segundo então algo fez com que uma força se encarnasse em mim e eu o mordi com força o braço que estava tentando me sufocar, aquilo era maravilhoso era doce e quente e em meus lábios parecia ambrosia dos deuses, apertei mais a mandíbula enquanto o homem agonizava e tentava me dar um soco, minhas unhas aumentaram como garras e eu investi contra ele usando toda minha força restante, um golpe no coração e ele se contorceu até sua última gota de sangue escorrer por minhas mãos deixando seu corpo imóvel sobre o meu.

Me sentia forte mas sabia que estava morrendo com a quantidade do meu sangue escorrendo pelo chão frio da floresta olhei para o corpo do estranho e sabia oque deveria fazer bastava meu corpo permitir, me aproximei dele me arrastando.

- Me desculpe - eu estava tão nervosa mas mesmo assim me desculpei pois mesmo sendo um estranho era um vampiro, fiquei perto de seu pescoço e fechei os olhos - Rápido e logo acabará - minha dor era excruciante mas ao morde-lo a dor diminuía até dar lugar ao prazer de estar bebendo aquele sangue, mas eu não podia deixar me dominar então parei quando percebi que a ferida se curava devagar e minhas dores haviam diminuído um pouco.

Sentei ao seu lado e fiquei pensando até o pânico me tomar, agora com a mente organizada eu podia ver a desgraça que havia feito, eu tinha matado um vampiro isso era como declarar guerra era como pedir pra ser executada então eu tinha que tomar uma decisão ou eu me livrava dele ou deixaria o corpo ali e alguém acharia ligando a morte dele a mim, afinal rastreadores nunca falham em descobrir culpados, talvez eu pudesse usar meu prestigio como progenitora mas acho que isso não me pouparia de uma morte lenta depois de dar a luz a algum filho, porque vampiros nunca esquecem sentenças de morte. "Estou perdida" estava pensando nisso quando Rayn saiu de trás de um arbusto congelando minha face numa aparência de medo.

- Oque você fez Nic ? - ele disse com um olhar apreensivo e um horror em seus olhos, percebi que ele também olhava o cervo destroçado há alguns metros frente a mim - você esta bem? quem é esse e seus olhos oque aconteceu? - não havia entendido oque havia de errado em meus olhos então tentei explicar a ele da maneira mais organizada possível.

- Eu segui um cervo porque ele era muito lindo mas então esse cara apareceu e eu não faço ideia de quem é, ele matou o cervo e... que droga eu não sabia oque fazer - senti meu rosto quente e as lágrimas escorrendo por minhas bochechas - Ele me atacou e eu não pude fazer nada, acabei matando ele, por favor me ajuda - nesse ponto eu já estava me debulhando em lágrimas e soluços mas não contei que havia bebido o sangue dele, queria ajuda e escapar dali e nunca mais aparecer.

- Tudo bem vamos pensar em algo não se preocupe - ele me envolveu em seus braços e eu me senti protegida e mesmo que Rayn estivesse gelado, eu sentia seu calor e assim me acalmei.

- Oque vamos fazer? - perguntei ainda nos braços dele - onde está Mad? - só havia percebido a ausência dela e estava feliz por ela não ter que presenciar aquela cena horrorosa.

- Vamos sumir com esse corpo, Mad foi chamada para um caso então vim te levar de volta e bem... você sabe o resto, me ajude a arrastar esse cara - eu me levantei com ele me ajudando mas então minhas pernas travaram, eu não me mexia - Oque foi?... sua perna e sua barriga - então percebi oque ele olhava com atenção, era um machucado em minha perna talvez da queda no tronco ou talvez quando o vampiro havia me jogado no chão e o buraco em meus estomago que se curava ainda muito lentamente.

- Eu consigo não se preocupe - reuni minhas forças e o cansaço estava me tomando, ajudei Rayn a puxar o cadáver até um arbusto - Mas não podemos deixa lo assim - o pânico me tomando novamente me atormentava, agora além de mim meu melhor amigo também iria ser executado.

- Vou jogar fogo nesse arbusto seco - assenti com a cabeça e ele tirou um isqueiro do bolso, o fogo se espalhou rapidamente pelo cadáver e ao vermos só cinzas tentamos apaga lo oque foi difícil no começo mas então se acabou, estava com medo de que pegasse fogo na floresta toda mas ao ver as cinzas relaxei.

- Porque falou dos meus olhos antes? - perguntei neutra Rayn que apagava as brasas com a bota, estava começando a ficar tonta.

- Estava com os olhos negros, diferentes dos nossos que são vermelhos, mas agora estão normais então relaxe e eu prometo... - ele segurava minhas mãos - prometo estar sempre ao seu lado não precisa temer nada...- eu estava segura.

- Obrigada... podemos voltar? não me sinto bem - ele assentiu e eu fui me apoiando nele até minha casa, aquela havia sido a pior noite da minha vida.