O Protetor da América

103 8 1
                                    

Histórias originais: Ironm4x por anamerciap & Quem Matou Sofia? por triadrios

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Histórias originais: Ironm4x por anamerciap & Quem Matou Sofia? por triadrios

--


12, novembro, 1957 – 16H38 PM.

A guerra havia sido proclamada há duas semanas. Sua vida havia se tornado um caos desde então. A filha do presidente não se conformara com a pena que teria de pagar por sua irresponsabilidade e rebeldia infeliz. Milhares de pessoas morreriam nas próximas semanas, meses, e talvez até anos. E por sua culpa.

Era por isso, então, que naquela tarde logo após rever álbuns de família e amigos, que Emily Parker havia tomado uma decisão: erguer a bandeira branca. Terminar uma guerra que sequer havia se iniciado. Sem balbuciar, a garota buscou uma motocicleta na garagem da Casa Branca e, em minutos, lá estava ela. Na sede do exército dos Estados Unidos, pronta para uma solução. Uma solução que jamais chegara a estar próxima de se cumprir...

[...] Os alemães haviam invadido o lugar. Infiltrados. Tiros, bombas, lutas braçais. As pernas de Emily se paralisaram no chão; ela não conseguia sair dali, havia algo que a segurava. O medo, talvez. O cenário era devastador. Agonizante.

Adam – que já estava bem à frente – só percebeu que a noiva não lhe seguia mais quando ouviu o grito da mesma, chamando-o. Ao olhar em sua direção, contudo, pôde ver dois soldados atrás de si. Correr seria inútil, ajuda-la seria impossível.

A garota sorriu fraco ao perceber que Adam finalmente havia notado que ela havia parado do correr. No entanto, ao ver a boca dele curvar-se e, logo após, um som alto escapar por seus lábios, ela sentiu uma pancada forte na cabeça. Tudo pareceu distante, quase como num sonho.

Emily passou os olhos pelos soldados, mesmos que agora distorcidos. Acompanhou Adam dar alguns passos até ela, com os olhos arregalados e preocupados. Por fim, tudo escureceu. Não havia mais peso em seu corpo. Não havia mais dor ou angustia. A escuridão foi confortante. Não havia e nem haveria mais guerra.

Era o que ela esperava, ao menos.

**

Estava chovendo.

As gotas grossas da chuva generosa batiam contra o vidro da janela, incomodando seus ouvidos àquela hora extremamente sensíveis. Embora dormir com tal sonoridade fosse um dos maiores prazeres o quais sentia na vida, naquele momento a incomodaram. Emily abriu os olhos devagar, acostumando-se à luz ligeiramente forte, dada a enorme quantidade de raios àquela tarde. Ela se remexeu sob o colchão pouco confortável, e ao olhar ao redor, se sobressaltou imediatamente. A garota sentou-se depressa e encontrou o desconhecido.

Uma cabana simples, no meio de um matagal.

As paredes de madeira estavam escurecidas, provavelmente precárias devido ao tempo. O local tinha alguns móveis, também de madeira, mas estes pareciam melhores cuidados. Algumas velas estavam acesas nas extremidades da cabana, ajudando-a na iluminação.

OTP Paralelo [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora