Alexa
Era difícil ter que deixar a Ty e o Luke para trás, ainda por cima numa situação daquelas. O Michael estava muito abalado, mas tínhamos mesmo que encontrar a Zoe o mais rápido possível, além disso o Luke tinha sido a melhor opção para ficar com a Tyler. Ele e o Calum tinham sido treinados para estas coisas. Eles iam ficar bem. Já a Zoe... Eu tinha este sentimento estranho dentro de mim, que me dizia que algo estava para acontecer. Tínhamos que agir rápido.
Já tínhamos chegado a Los Angeles, mas ainda não tínhamos encontrado a Zoe, apesar de já ser noite. "Vá lá Zo, onde estás tu?" Sussurrei, olhando para a estrada, tentando captar alguma coisa.
"Al?"
"Ainda nada..." Suspirei, ao fazermos uma curva à direita. "Espera, estou a começar a sentir algo...! Segue em frente!" Pedi, ao sentir algo familiar. "Vira à esquerda." Entrámos numa zona com muitas vivendas. "Estamos perto..." Disse-lhes. "Avança só mais um pouco... Aqui!" Olhei para uma das vivendas à nossa esquerda. Ela tinha dois andares, e uma grande árvore à sua direita.
"E agora?" Questionou o Michael, ao lado do Ashton.
"Agora temos que saber se ela se lembra..." Olhei-o.
"E como vamos saber isso?"
"Bem... Quando vos encontrámos tivemos sorte. Agora vai ser um pouquinho mais complicado...!" Comentou o Calum, olhando a vivenda de dois andares de alto a baixo. "Mas acho que tenho um plano... Ashton, podes dar a volta com o carro e voltar dentro de quinze minutos? Não deem nas vistas."
"Sim... Acho que posso fazer isso" Respondeu o Ashton, enquanto o Cal saía do carro. "Al, vem comigo." Fez-me sinal, e eu segui-o, dando a volta ao carro, antes de eles partirem.
"Qual é o teu plano?" Questionei, baixinho, enquanto andávamos até à árvore.
"Onde achas que é o quarto dela?" Sussurrou, e eu olhei para o quarto no primeiro andar, do lado da árvore, sentindo algo familiar. "Ali..." Apontei.
"Agarra-te bem." Avisou-me, colocando os seus braços à volta do meu corpo. Com aquilo, fez-nos flutuar até um dos ramos grandes da árvore, onde nos sentamos lado a lado.
"Vou trazer a carteira dela. Podemos fingir que a encontrámos, usando isso como desculpa para termos vindo aqui, e falar com ela." Explicou-me, olhando-me uns minutos, examinando depois o quarto da rapariga, que tinha a luz desligada.
"Queres dizer, ir lá dentro?"
"Sim, vai ser canja!" Apareceu um sorriso nos seus lábios. "Eu volto já."
"Tem cuidado..."
"Agora só tenho que..." Fazendo um leve movimento com a mão, abriu a janela, silenciosamente, para não sermos descobertos. "Descobrir onde é que ela a tem..."
Senti-o ficar mais leve, ainda sentado ao meu lado. Levantou-se, aproximando-se da janela, e entrando no quarto escuro. Ele andou de um lado para o outro, procurando pela carteira.
"Encontrei-a!" Sussurrou, feliz, mostrando-me a carteira.
Guardou-a no bolso das suas calças pretas, e voltou para junto de mim, fechando outra vez a janela.
"Já está." Olhou-me contente. "Vamos?" Estendeu os seus braços, à espera que me agarra-se a ele.
Ao chegarmos ao chão ele entregou-me a carteira. "É melhor seres tu a entregar." Pôs-ma nas mãos.
"Acho que devias ser tu a fazê-lo." Agarrei a mão dele, dando-lhe de novo a carteira. Ele assentiu. "E se ela não se lembrar, lembra-te de tocar nela."
