Inesperado

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Pedro estava tomado por um desejo, que nunca havia sentido antes. Noite após noite, ele sonhava com Dahana. Ele sentia um desejo lascivo, um desejo animal típico das paixões. Contudo, algo inesperado estava prestes a acontecer neste dia que talvez Pedro não fosse gostar tanto quanto dos seus sonhos tórridos.

A poeira vermelha secaram os olhos de Bruna quase que instantaneamente, e sua pele delicada sentiu o toque do calor abrasador dos trópicos, assim que desceu do avião. A sua espera havia um veículo esperando sua chegada para levá-la ao hotel da cidade.

Bruna ficou angustiada ao chegar ao centro da cidadezinha e perceber aquele amontoado de gente naquele pequeno espaço. Ao longo da praça central, que chegavam em ônibus lotados de aventureiros vindos de vários cantos do país, principalmente do nordeste.

Para uma moça da alta sociedade como Bruna, ver aquelas figuras sofridas e mal vestidos era praticamente a visão do inferno de Dante.

-que povo veio da cabeça chata. Pensou Bruna com sua arrogância de sangue azul de sempre.

-vamos logo para o hotel. Gritou a garota mimada com o pobre motorista. O coitado teve de aguentar os resmungos e reclamações da patricinha no trajeto até o hotel.

-não sei como vocês aguentam esse calor infernal, é abafado demais.

-o que tem de bonita tem de chata! Eita mulherzinha insuportável.

Digamos que Bruna não se impressionou com o que viu nas dependências do hotel. Acostumada ao luxo, o hotel da cidade lhe pareceu um cortiço para mochileiros, porém ela amava profundamente Pedro. Ela não ia medir esforços para continuar com o grande amor da sua vida, mesmo que fosse necessário descer do seu salto de vinte centímetros de altura.

As vezes o amor cobra seu preço, e quando manda seus lacaios buscarem sua parte no investimento não costuma parcela a quantia desejada. Bruna tomou um longo banho com seus pensamentos em Pedro.

Ela havia dito para Pedro que chegaria somente uma semana mais tarde, mas quis antecipar sua viagem para fazer uma surpresa ao amado.

A linda mulher buscou entre suas roupas uma bastante provocante. Vestiu uma lengeri vermelha com detalhes em renda dourada, que foi comprada especialmente para a ocasião.

Pedro estava no canteiro de obras, porém vez ou outra ia a cidade resolver questões relacionadas à obra. Neste dia em específico ele tinha esquecido seu computador no quarto foi hotel. Quando Pedro Estava entrando no hotel antes de ver Bruna ele já sabia que ela estava lá. O perfume Chanel a tinha denunciado.

Pedro ficou sem saber o que falar direito, então Bruna o agarrou e lhe desferiu um beijo molhado.
-amor vim te vê!

-pensei que chegaria somente na semana que vem! Respondeu tentando força um sorriso.

Meio a contra gosto Pedro foi arrastado para o quarto, de onde Bruna não o deixou sair mais durante o resto do dia. Afinal ela a patroa ninguém ousaria contrariar as suas ordens principalmente Pedro.

Após as carícias na cama, Bruna entrou em um sono profundo e Pedro foi tomar um banho tomado por uma culpa que nem mesmo ele sabia explicar o porquê.

Mas algo mais o perturbou.

-e s Dahana descobrir? Mas porque estou preocupado afinal? Eu não tenho nada com aquela garota. Seus pensamentos começaram a viajar de uma forma completamente nova para Pedro. Os desejos por Dahana poderiam prejudicá-lo profundamente se alguém, e principalmente Bruna viesse a descobrir.

Mentiras SincerasOnde histórias criam vida. Descubra agora