Mentiras Sinceras

O Desejo

Bruna partiu com o seu sexto sentido dizendo que ela não deveria partir. Em uma despedida melancólica no aeroporto poeirento de Amarante do Sul, Bruna foi, deixando Pedro com suas dúvidas e desejos escondidos em seu mais íntimo ser.

Bruna olhou uma última vez antes do avião alçar vôo para longe da sua paixão. Pedro sentiu um alívio estranho ao vê o avião sumir por entre as montanhas ao longe.

Pedro retornou para o hotel olhando para a caixa de mensagens do seu celular, quase que compulsivamente. Um pensamento dominava a consciência do engenheiro, uma vontade de rever ou ao menos receber uma mensagem carinhosa de Dahana.

A angústia perseguiu Pedro durante toda as horas do final de semana, que pareceu durar eras glaciais. Em um dado momento Pedro olhava pela janela do hotel em direção a rua com uma vã esperança da chegada de Dahana, quando o celular disparou com o sinal inconfundível da chegada de uma mensagem. Pedro rapidamente abril a mensagem, e foi tomado pela frustração ao perceber que a mensagem era de Bruna. Uma mensagem cheia de juras de amor. Pedro acho aquilo totalmente tedioso:

-porque ela não manda uma mensagem? Só recebo essas mensagens idiotas da Bruna. Apesar da falta de empolgação Pedro cinicamente respondeu de forma ainda mais melosa a mensagem da Bruna.

A segunda-feira finalmente chegou e Pedro acordou com os olhos vermelhos causados pela insônia insistente da noite anterior. Pedro seguiu para mais um dia de rotina, porém alguns notaram o seu comportamento disperso no trabalho durante todo o dia. A tarde sentado na recepção do hotel olhando para o vazio, o celular fez novamente o barulhos característico da chegada de um nova mensagem, mas desta não era de Bruna que o havia perturbado o dinheiro inteiro nas redes sociais com fotos e outras postagens constrangedoras. Desta vez era Dahana com um convite inusitado: