— Vocês passaram mal porque começaram a passar pela transformação. Ó, Nuvens... É difícil começar a explicação.
— Pra começar é só começar — Anne retruca marrenta, cruza os braços e olha irônica nos olhos de Dulan. Outra vez, a senhora ri de forma suave da menina elétrica do norte do nosso mundo.
— Então, eu vou começar — Dulan corresponde simpática e plácida. Mais uma vez, enquanto ela já começou a falar com as outras, ela tem que lidar com a verborragia da garota finlandesa.
— Eu tô... A gente tá desacordada há oito dias? — Micaela pergunta em voz baixa e um tanto assustada. Ela põe uma mecha do seu cabelo longo e encaracolado para trás da orelha. Tentativas de distrair o seu medo.
— Sim — e Dulan continua para todas:
— Assim que vocês desmaiaram, recebemos uma forma de aviso e as buscamos.
— E para Anne, ela acrescenta:
— E não... Não somos aquelas pessoas que estavam atrás de você, as quais, aliás... Tivemos que abater para te salvar.
Mesmo perplexa, a finlandesa não o demonstra. Dá de ombros e solta:
— Parabéns, linda. Mil anos de gratidão. Após segundos curtos, ela sugere:
— Continua, linda.
— Mas, que lugar é esse? Termina de explicar. Preciso trabalhar. O que tá acontecendo? — Alice interroga solícita, mas ainda assim bastante educada.
— Vocês estão num antigo hospital, que habita nas ruínas da extinta Galliomenese — a mulher da túnica azul explica paciente. As Sete ficam em silêncio. Coisa que Sonia tem feito desde o começo. Isso inclui o seu olhar vazio. Ruth também está quieta. Mas, a essa quietude, ela acrescenta uma expressão de descrença e que zomba de Dulan.
— Ah... Aqui não é a Terra — Dulan declara tomando uma face mais sisuda. E ela completa após perceber que todas estão caladas pelo espanto e pela incredulidade:
— E vocês... Não são da Terra. Nunca foram. E agora, vocês estão se tornando o que já estava guardado dentro de...Estrondo. O lugar todo treme.
— Ah, não... — a senhora Dulan suspira. Ela desaparece, ao mesmo tempo, dos sete quartos onde estão as mulheres que creem ter desmaiado há oito dias e ido parar em outro mundo.
— Que porcaria, é... — Anne nem consegue terminar. Micaela chora na sua cama sem entender o que está acontecendo. Ruth sai da cama e põe o pé no chão, mas cai. As pernas estão enfraquecidas por muitos dias de sono. Olívia é a única que consegue se levantar sem esforço. Por isso, com um pouco de cautela, espreita-se para fora do quarto. Ela se depara com Martha, de pele negra, olhos grandes e amendoados, que sai aos poucos do cômodo ao lado. No primeiro momento, o encontro das duas é receio e susto. Como dois animais que se examinam, buscando um aliado ou inimigo no outro.
— Você é uma das... Sete? — a sul-africana questiona se aproximando aos poucos.
— Eu? Eu acho que... Eu acho que sim. Mesmo sem saber direito o que isso significa. O que tudo isso sig... — Olívia para de falar por causa de mais um estrondo.*
**
Já curtiu a página do livro?
FACEBOOK: Sete - A Série
INSTAGRAM: @ikkaiam
VOCÊ ESTÁ LENDO
SETE - Volume I
Science-Fiction(Eleita destaque em ficção científica pela equipe do Wattpad) SAIU! VERSÕES FÍSICA E DIGITAL JÁ ESTÃO À VENDA! Os capítulos são divididos em partes facilitando a leitura. LEITURA PRAZEROSA. SETE - VOLUME I Sete mulheres ao redor do mundo desmaiam ao...