Existem várias histórias acerca do sincretismo. Todos aprendem a mais comum delas na escola: ao chegar no Brasil os negros foram proibidos em vários locais de cultuar seus orixás e como estratégia passaram a utilizar as imagens dos santos católicos populares como forma de escapar de perseguições religiosas, uma vez que já sofriam muito com a exploração de seu trabalho forçado. Porém, existem meandros bem mais profundos. Os orixás representam forças da natureza na Umbanda e em diversas tradições afro, forças que se manifestam de diferentes formas em diferentes locais. Ogum, o Orixá do ferro podia bem ser o grego Hefesto no que toca à forjar metais, ou mesmo Ares, no papel de Deus da Guerra. Yemanjá, nossa grande mãe, bem podia ser a maternal Ísis ou Durga, a esposa do Deus Hindu Shiva. Oxalá, o cristo cósmico universal, bem pode ser Hórus, assim como krishna ou Sidarta Gautama. Vendo os Orixás como manifestações energéticas é possível enxergá-los em todas as mitologias, épocas, culturas e sociedades, mostrando o caráter da Umbanda de uma grande religião universalista.
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Umbanda Para Não Umbandista
EspiritualPerguntas e respostas sobre Umbanda para leigos e iniciantes