Está Traçado.

Capitulo#3

-Bravo,Bravo.Realmente Kesha! falou como uma verdadeira McQueen.

Viro-me lentamente e me deparo, no lugar onde estava,com o mesmo garoto, os mesmos olhos negros ,me encarando. Minhas mãos ardem mais do que jamais arderam porém, me recuso a me abaixar,gritar ou chorar na frente dele.

-Então é você?

-Eu te disse que iria traçar o seu destino...

Flashback On

Ela tinha somente 1 ano...

Estou deitada no meu berço pensando em diferentes jeitos de fugir daqui então ouço a porta abrir.

-Mãmã eu já disse qui num quiero ficar aqui-digo fazendo bico.

Então aparece me olhando no meu berço um garoto de uns quatorze anos me olhando.

-Quem é vucê istranho?

Ele faz carinho em minhas bochechas e coloca uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

-Eu irei traçar seu destino Kesha-ele sussurra-e doera bem mais que o meu.

-oia-digo e mostro a ele minha mão onde se encontra minha linha do raciocínio quase toda definida,a da vida se formando e a do coração também.

Ele pega minha pequena mão e acaricia a palma.

-Eu verei passo por passo seu-ele fala ainda acariciando minha mão-e quando for a hora vai doer e vai arder muito.

Eu não entendia.

A linha do destino se formava sozinha quando os nossos atos do passado já podiam ser refletido em nosso futuro, como ele traçaria minha linha?

-Kess, amor ,eu não falei pra voc...-diz minha mãe entrando no meu quarto, se surpreendendo quando vê o garoto ali.

-Seja boazinha -ele fala e desaparece.

Flashback Off

-...e aqui estou eu traçando-o

-Quem é você?-pergunto e minha palma arde mais.

Então vem na minha mente imagem de cada momento de dor pelo qual já passei, um por um,como se estivesse ali de novo.

-E ainda nem começou-ele fala lambendo os lábios-Você ainda não viu nada.

Penso em falar alguma coisa mais imagens muito rápidas passam na minha cabeça de modo que não possa destinguilas ,apenas sentir o que estaria sentindo, em cada momento.

Ódio
Raiva
Dor
Tristeza
Amargura
Solidão

-Está só começando-ele fala e em um piscar de olhos ele desaparece.

Caio no chão de joelhos segurando as emoções ,ainda sentidas,sem querer deixa-las escapar.

Tentam se aproximar mas ergo a mão e a sinto arde.