Capitulo 13

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-Eu sou um filho de Aretra mas sou também um Filho de Atéria. Eu sou filho da Loira que você diz, eu sou filho de Kerolyne Cam.

- É um desgraçado de todo jeito- diz Ayla ainda no chão. Vejo ela levar a mão ao bolso, bem despacito.

Kerolyne Cam. É esse o nome da mulher que Matou minha mãe, destruiu meu mundo, acabou com a minha vida. Eu vou matar o filho dela.

-Eu vou terminar o que minha mãe não fez direito. -ele prossegue- Ela não foi capaz de destruir toda Aretra e eu farei isso. Matarei as duas principais líderes deixando o exército desestabilizado. Você não tem filhas, Kesha. Não terá ninguém no comando. Os Astros e o Destino levariam meses para escolher outra e você tem somente horas. Como será que o exército sai sem vocês?

-Eles ainda terá 10 líderes e um McQueen legítimo. Meu irmão está com eles.

-Eles acreditaram em alguém com um dom Negro?

-Não vai vencer, Phill.

-A insegura e a quase morta me deterão?

"vai ser com a força da mente"- penso, já que um movimento brusco e ele atira.

-Se você é meio Aterionirâno então não tem dom, não é?

-E o que isso tem?

-O que você fez na minha Nave?

Ele ri, um riso de escárnio.

-Era a nave de uma líder ,Kesha. Eu a concertei mas ela precisa de tempo, infelizmente. Eu não a quebraria, e só era necessário que eu tivesse conhecimento e não dom para arrumar a nave.

O celular toca e ele atende.

-Oi Mãe. Sim, o ataque será bem sucedido, acabei de abater a Líder e a Vice.

-Vice?- Ayla reclama no chão.

-Para de falar, você vai morrer!

-Se eu morrer morri, já perdi mais sangue do que em 3 menstruação.

-Quem nojo, Ayla!

Ele desliga o telefone e olha para mim.

-Adeuszinho, Kesha McQueen.

Quando ele posiciona o dedo no gatilho penso numa pedra alçando vôo e é isso que ocorre. Uma pedra perto dele atinge a pistola que voa para perto de Ayla. Ele olha para o ligar de onde veio a pedra confuso e é minha vez. Giro no lugar erguendo a perna lhe soltando um chute no rosto que o derruba.

-O...que?

-O jogo só acaba quando termina, Cam.

Ele se levanta e vem fazer o mesmo comigo mas me abaixo, segurando a perna dele que se mantém no chão puxando-a. Ele cai de novo só que ergue a perna e me chuta no estômago.

Doeu.

Ando para trás segurando o estômago que dói para caramba. Ele levanta e chuta minha perna. Caio de joelho e ele me chuta na cintura.

-Usa o dom caramba!- Ayla tenta gritar.

Com dor nem rola-penso.

-Vai morrer de dor mesmo, Kesha.

Ele ergue a perna para mais um chute quando ouço um disparo de energia e ele cai sobre mim.

Olho e Ayla está deitada de bruços, ainda sangrando, com a arma erguida e apontada para o lugar onde estava o alvo.

-Carl está chegando- ela murmura- foi uma honra servir com você, McQueen.

-Não Ayla!- tento me levantar mas Phill ainda está em cima de mim, seu sangue sujando minha jaqueta.

Carl aparece com Beni e uma garota, ele larga os dois e vem me ajudar.

-O que houve aqui?

-Longa História. Ajuda ela Beni!- falo

Carl tira o Phill de cima de mim e assiste enquanto eu queimo o corpo.

-Isso é raiva?-ele pergunta.

-É o mínimo- digo

-Kess- Beni chama.

Olho para ele atrás de mim que tem um olhar preocupado.

-Eu não... não consegui salvar ela.

-Oi?

Vou até Ayla que está desacordada. O colar frio e a mão ainda em cima da ferida. Não sinto seu pulso.

-Não, não, não! Precisamos dela pra amanhã. Não Beni.

-Temos que voltar ao treino- fala a garota.

-Uma general morreu!- eu digo a ela.

- E a vida segue- ela diz- todos nós aqui já perdemos alguém mas aqui estamos, prosseguimos. Tem uma guerra amanhã. Temos que ir ao treino.

Uma mão pousa no meu ombro.

-Infelizmente Quênia tem razão,Kess. Nós temos que ir.

Eles se levantam e se encaminham para nave.

-Eu volto, Ayla.- faço para ela uma espécie de sepulcro, movendo as pedras até que a mesma esteja protegida. Eu não acredito. A guerra nem começou e já estamos perdendo. Eu perdi Ayla Bens, eu perdi uma general.

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-Vamos montar o plano- diz May.

-Temos trinta naves. Trinta e uma com a da Kess. Os jogos começam em meia hora, dá tempo de preparar-mos. Montamos uma equipe de ataque aérea. Os teletransportadores e os velocistas começam a se mover para a base inimiga 10 minutos antes de começar, desarma o máximo de S.D. possíveis, tenta de algum modo retardar o ataque deles e então atacados, uma guerra corpo a corpo, usando os dons em último caso- diz Christian.

-Carl pode me levar- diz Hillary- posso convencer aos líderes de esperar mais um pouco, eles devem estar reunidos como nós.

As palavras soam estranhas para mim. O planejamento de uma tática enquanto uma das líderes morreu. Em Aretra tudo seria fechado, todos parariam suas atividades para que podessemos fazer um enterro digno, mas não, eles estão aqui fazendo a tática como se não soubessem que Ayla morreu.

Morreu

-Kesha- Kêssos me balança. Ele foi escolhido para ficar no lugar de Ayla já que é descendente de um líder também, pelo menos por enquanto.- Kesha, o que acha?

-Oi?

-Pensamos em Hillary liderando a equipe de Velocistas e Telestranportadores e os demais que puderem chegar lá rápido, o Kêssos lideraria a equipe aérea. Hanna e eu com a equipe de Suporte e Você e Mayson liderando a equipe de frente. O pessoal já foi dividido, o que acha?- pergunta Chris.

-Esta ótimo- eu digo- Lembrando que Jorge e os outros também estão se preparando para o ataque. Iremos como se eles fossem realmente inimigos, mas não o machuquem tanto. Precisamos deles para a guerra.

Todos assentem e se levantam, indo para seus devidos lugares esperando somente que o sinal soe.

-Ei, Kess- diz May.

-Oi ,May.

Ele respira, olha para o céu e depois para mim.

-Lembre-se somente que não foi culpa sua. Ela morreu por um Aterionirâno e amanhã a vingaremos, porém ainda assim temos que continuar. A honra temos mais tarde, okay?

Suspiro.

-Esta tudo bem, sério. Não precisa se preocupar, May- ele assente.

-Sei que não- ele põe a mão no meu ombro.- Você é uma boa lider, Kesha. Lembre-se disso.

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