Capítulo#19

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—Aqui está— solto sobre a mesa o livro com os dizeres "Projeto Salvécie"

—Aparentemente, foi feito a mão— diz Hanna.

—Fazer digitalizado o colocaria no Sistema, que foi invadido por Kerolyne Cam. Assim seria mais seguro— diz Jorge.

Pulo para a parte que li quando ainda era criança e leio para eles.

—No armazém só entrarão aqueles que realmente forem merecedores do título de General. Assim que a capitã o encontrar e destravar, o mesmo enviará aos demais colares um sinal atrativo, fazendo com que os portadores sigam o sinal.

—Por isso nos dispersou— diz Hanna— nós teríamos que achar o caminho sozinhos

—Trouxe você e Jorge para que fizesse sentido. Ir só despertaria a curiosidade dos demais.

A nave pousa.

—Shernobyl— diz 10R8

—Essa cidade não é radioativa?— diz Jorge

—A Radioatividade existente na terra não é elevada o suficiente para que chegue a fazer mal a algum Aretrano, Senhor Cleiman.

—Eu me senti velho com a nave me chamando assim— comenta Jorge.

Visto minha jaqueta, pego minha mochila com o squetauro e me dirijo a porta.

—Pera— diz Hanna— Vamos com você.

—Não vão— eu digo — estava escrito que a capitã teria que abrir o galpão sozinha. Então eu vou.

—Mas...

—Vocês aguardarão aqui. Isso é uma ordem.

—Boa sorte, senhorita Kells.

—Obrigada, 10R8.

A cidade parece uma cidade fantasma. Aparentemente, não há um único ser vivente aqui. Tudo é silencioso e estranho, as casas caindo aos pedaços e o vento reproduzindo sons estranhos.

—Okay, isso nem é tão estranho. É só achar o Galpão do Projeto Salvécie— digo para mim mesma.

Ao anúncio do nome, meu colar começa a piscar. O seguro, apontando para diferentes direções e seguindo naquela em que ele mais brilha. Após muito tempo de caminhada, finalmente encontro um galpão enorme, muito semelhante a base de comando que havia em Aretra. Eu poderia facilmente comparar seu tamanho ao de três campos de futebol.

—Não é permitida a entrada sem que seja entoado o cântico da vitória do Exército de Aretra— diz um pequeno robô, sobrevoando a minha frente.

—Eu sou a Capitã-General Kesha McQueen. Apresente-se.

—Eu sou a nave de segurança, 17R7. Estarei a suas ordens assim que for entoado o cântico da vitória do  exército de Aretra.

Tento a todo custo me lembrar do cântico que os generais entoaram no dia em que nos encontramos.

—Nenhuma força se excede a nossa.
- Batalha alguma jamais perdida.
-A cada barreira levantada.
-Uma a uma será vencida
-Em cada luta um inimigo.
-Nenhum poderá comigo.
-Nossa aliança é nossa melhor espada.
-E nossa união nosso melhor escudo.
-E em cada luta que for traçada
-A cada espada que for travada
-Para os Aretranos somente um Destino e Dever.
-Sobreviver.

A Máquina brilha, me escaneia e então apita.

—Voz reconhecida. Seja bem vinda, Kesha McQueen. Estou a suas ordens.

—Quero que envie o sinal para que reúna as forças Aretranas.

—O sinal emitido servirá primeiramente aos Generais, e logo após aos demais soldados. Permissão para que o sinal seja emitido?

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