Amarga como Veneno

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Depois de assistir sua namorada ser estuprada pelos 9 homens, Alex só consegue sentir nojo, ódio e uma mistura de sentimentos que não consegue explicar, milhares de perguntas pairam na sua mente sem que ela mesma conseguisse se responder.

"Como eles conseguiam fazer isso? Porque eles estavam fazendo isso? Para que fazer isso?" são algumas das várias perguntas que Alex não consegue responder. Alex se sente aliviada com uma coisa, depois de tanta brutalidade isso realmente parece ser algo para se agradecer, o que faz Alex se sentir egoísta e repugnante tanto quanto eles, mas quando Zoe foi dopada e livrada de assistir e sentir todo aquele abuso sobre ela, Alex chorou e agradeceu em silêncio, mas se culpara para sempre desse ato.

- O que vamos fazer com ela? - Pergunta um dos homens se levantando e encostando na parede da sala

- Vamos matar ela e queimar o apartamento - Fala um dos homens que aparentemente é o líder deles, ja que todos os olham com medo.

Assim que as palavras saem de sua boca meu sangue gela novamente, arranco a faca fincada na mesa e me levanto mantendo o olhar sobre a tela, respiro fundo e mantenho a concentração

- Vocês dois, peguem as ferramentas no carro - Diz o homem mais alto e aponta para outros dois - Assim que eles voltarem faremos isso, enquanto isso, peguem o que tiver de valor na casa - ele conclui e todos os outros concordam e começam a se mover pelo apartamento.

Olho para o computador e desconecto as câmeras, apago todos os arquivos de vigilâncias salvos no computador, desligo o mesmo e começo a passa a manga do meu casaco em todos os lugares que toquei sem as luvas, pego a mesma e visto novamente, caminho para fora do apartamento e coloco a faca dentro do casaco de novo, desço as escadas direto para a garagem e ando tranquilamente adentrando o local cinzento e vazio, preenchido apenas por dois carros pretos, e sobre um deles estão os dois homens que começam a pegar coisas na mala.

Seguro firme o cabo da faca e respiro fundo, olho para a porta da garagem que da na escada e passo a tranca que faz em estalo alto e deixa os dois homens presos na garagem, bato o cabo na faca no vidro que se estilhaça, giro meu corpo me escondendo atrás da parede ao lado da porta e deixo a faca em posição. Coloco o capuz do casaco e suspendo o cachecol, fico em silêncio e ouço os passos deles se aproximando, assim que seus pés pisam sobre o vidro fazendo ele tilintar como ossos sendo triturados, me viro novamente esticando o braço em estacada na direção do buraco no vidro da porta, o homem cambaleia pra trás confuso e coloca a mão sobre o corte em seu braço, o outro recua junto com ele mas em seguida saca o revolve da cintura e aponta na minha direção, meu coração acelera e me jogo na direção da escada sentindo o restante do vidro chover sobre mim, rastejo pela escada até chegar na saída de emergência, mergulho na direção da porta e rolo algumas vezes no chão, ouço passos começarem a descer as escadas e me levanto rapidamente correndo para fora do prédio andando pelo beco deserto e escuro onde as caçambas de lixos são deixadas.

Olho para as escadas exteriores e subo em uma das lixeiras metálicas abaixo da estacada de metal, seguro no último degrau e arrasto o restante da escada começando a subir nela rapidamente, ate chegar no terceiro andar, ouço a porta dos fundos do prédio ser aberta furiosamente, as balas tilintam contra o metal velho da escada que range a cada passo meu, abaixo a cabeça mesmo que isso não fosse adiantar, olho para baixo por reflexo e vejo bastante homens no corredor, talvez seis ou sete deles, entro pela janela do apartamento de Zoe, olho para o quarto dela e o encontro vazio, corro pelo apartamento empunhando a faca correndo na direção da sala, chego no local e olho para o sofá vendo ela largada sobre o mesmo, ouço passos atrás de mim e me viro levantando o braço na direção da pessoa afim de feri-lo com a faca, o homem recua rapidamente e chuta contra meu abdômen, sinto uma dor fina e grotesca ao mesmo tempo , caio no chão vendo a faca voar da minha mão, ele anda na minha direção, ajeito minhas pernas e lhe passo uma rasteira vendo-o cair batendo com o ombro na parede do corredor, me arrasto para trás e me levanto junto com ele na mesma hora em que tiros começam a serem disparados pelo apartamento, o homem corre na direção da janela por onde entrei e some do apartamento, uma dor latejante pulsa no meu abdômen, olho para o mesmo e vejo um enorme corte no local onde recebi o chute, caio de joelhos no chão, minha visão começa a embaçar e a última coisa que vejo são polícias invadindo o apartamento.

TOXIC - EM HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora