Arruinada

759 51 24
                                    


28/07/1991 Mansão Stark

-Tony, eu sinto muito!- disse sua guarda costas Bethany Cabe.

-Eu sabia que um dia isso ia acontecer. -disse Tony virando uma garrafa de vodka goela abaixo.

-Pare de beber, isso só vai acabar com você! Seus pais não se orgulhariam disso. -disse a guarda costas tentando tirar a garrafa da mão do milionário.

-É, não se orgulhariam, porque eles morreram! E deixaram essa droga de indústria nas minhas costas.-disse Tony dando ênfase a palavra "morreu".

-Eu sinto muito, não queria ter dito isso. Eu...-tenta dizer a segurança, mas logo é interrompida pelo filantropo.

-Tudo bem, no momento acho que você é a única pessoa que se importa comigo.- disse Tony ressentido.

-Não fale assim, tem muita gente que se importa com você. -disse ela e Tony a encarou com as sobrancelhas erguidas. –Algumas...- corrigiu Bethany.

-Você se importa?- disse o milionário em um tom galanteador.

Bethany prometeu a si mesma que nunca cederia aos charmes de Tony Stark, mas ele estava a encarando com tanto carinho e afeto, e ela sabia que no fundo sentia alguma afeição pelo homem. Ela então aproximou-se e selou seus lábios, Tony não demorou muito para corresponder e logo os dois dividiam a mesma cama.

Nova York, casa dos Cabe. Dias atuais.

-Querida, já é a quinta vez que eu te chamo para o café, sai dessa garagem! Só por cinco minutinhos.-disse Bethany Cabe.

-Já vou mamãe!-disse a jovem Lizzie Cabe do andar de baixo, enquanto terminava de construir o seu novo projeto para o Torneio de Robótica.

Elisabeth Marie Cabe. 16 anos, nasceu em Nova York. Dentro de uma vã que estava em alta velocidade, não que isso importe. Filha de Bethany Cabe e de um pai que nunca conheceu.

-Nossa filha, como você cresceu!-disse a mãe de Lizzie, quando a garota subiu depois de ficar quase uma semana trancada na garagem construindo seu projeto de robótica.

-Senhora Cabe e suas piadinhas. – disse a jovem enquanto se sentava à mesa.

-A senhora sua vó!-corrigiu Bethany quando arremessava um pão na sua filha.

-É mesmo, e que Deus a tenha. Pobre vovó Ivy.-disse Lizzie o que fez sua mãe rir, porque a garota não tinha nenhuma avó chamada Ivy.

-Vai pra escola hoje, não vai?-disse sua mãe enquanto mordiscava um pão.

-Sério mãe?! Eu tenho o QI mais alto da escola, preciso mesmo ir?- disse a garota.

-Você pode ser a garota mais inteligente do mundo, mas mesmo assim vai ter que ir pra escola. –disse Cabe quando encarava a filha.

-Talvez eu seja ela.- disse a garota se gabando.

A campainha tocou.

-Entra April. -gritou Lizzie o que fez a sua mãe pular de susto.

-Eu não acredito!-disse April entrando na cozinha e dando de cara com sua amiga. –Ela saiu mesmo daquela garagem?- disse April olhando para a senhorita Cabe, que por sua vez soltou um risinho.

-Não, eu sou só um holograma.-disse Lizzie.

-Sério?- disse April cutucando a amiga com o dedo indicador.

-Claro.-disse Lizzie sarcástica.

-Marie, ande logo! Você está atrasada para a escola.-disse a senhora Cabe apressada.

-Já falei pra não me chamar assim.-Bethany deu de ombros. –Já vou.-disse Lizzie quando pegava sua mochila.

-Você tem mesmo que viajar pra Sokóvia hoje?-pergunta Lizzie para a mãe.

-Eu preciso ir, já estamos planejando esse projeto há anos.-disse a Cabe se aproximando da filha.- É por uma causa maior.

-Vou sentir saudade.-disse a filha abraçando a mãe.

-Awn, ela tem sentimentos.-disse April enquanto a amiga abraçava a mãe.

-Cala a boca, April!- repreendeu a garota quando se soltou do abraço.

-Vamos, preciso levar meu robô para o torneio.-disse Lizzie quando puxava sua amiga em direção a garagem.

-Você não disse que não iria participar?-disse a Loira quando chegou a garagem.

-Eu mudei de ideia, talvez eu tenha a chance de conhecer o Dr. Banner.-disse a garota prodígio enquanto dava os toques finais na sua criação.

-Mas o premio não era trabalhar com aquele tal de Stark?-disse April tentando lembrar quem era Banner.

-É, mas eu posso convencê-lo a me levar até o Dr.Banner.-disse a morena e abriu um sorriso malicioso para a amiga.

-Eu não gosto dessa cara.-disse April, já imaginando o que estava por vir.

-Invadi o sistema da S.H.I.E.L.D.-sussurrou Elisabeth.

-De novo, Lizzie?-disse April com um misto de frustação e nervosismo.

-Relaxa April, essa é a quarta vez que eu invado o sistema de lá e nada aconteceu, não é?!

-Até agora, né!? Marie eu não quero ser presa. –disse April.

-Você não vai, e para de me chamar assim.

-Se algum dia o governo invadir a sua casa, eu não vou te ajudar.-disse April enquanto seguia sua amiga que agora saia de casa para ir em direção ao torneio.

Torneio de robótica 15:30

-Pois é, há um tempão que eu não vejo vocês, mas vou ler as falinhas aqui no cartão, ta?!-disse Tony Stark sobre o palco, o que fez a maioria das pessoas rir. Lizzie não. –Esse projeto tem o intuito de descobrir jovens inventores, se você é um jovem prodígio, o seu lugar é aqui.-disse o milionário e logo todos aplaudiram.

-Eu já disse o quanto odeio esse cara?-disse Lizzie fazendo uma careta de nojo.

-Tony Stark não é um cientista de verdade, só é um engomadinho com idéias malucas. - disse April em uma tentativa falha de imitar a amiga.

-Eu não falo assim!-repreendeu Lizzie, o que fez a amiga rir.

O local estava repleto de pessoas que procuravam uma chance de engajar em uma carreira nas indústrias Stark. Lizzie estava testando seu robô pela décima vez, enquanto April reclamava pela mesa para a exposição ser ao lado do banheiro. Os jurados já estavam circulando pela sala quando um barulho ensurdecedor veio do lado de fora. Homens encapuzados adentraram o local e começaram a atirar nos civis.

-Cadê os seus heróis quando vocês precisam deles?- gritou um homem com uma metralhadora na mão que começou a atirar para cima, o que fez o teto de vidro se espatifar.

Pessoas corriam para todos os lados a procura da saída o que deixava April ainda mais nervosa.

-Precisamos sair daqui, agora!- disse April puxando a amiga.

-Não vou sair sem o meu projeto. -disse Lizzie que se soltou da amiga e correu no sentido contrário a multidão.

O caos havia tomado conta do local, haviam pessoas desacordadas por toda parte, era o que Lizzie queria acreditar. A garota passava os olhos por todo lado em busca de seu precioso robô, até que o avista do outro lado do salão e vai ao seu encontro.

-Preparem-se para o show.-disse um dos homens encapuzados, e então Lizzie já sabia o que estava por vir. O homem apertou um botão e a ultima coisa que a garota viu foi o rosto apavorado da sua amiga através do que antes era uma porta de vidro do salão.

Iron GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora