Quando acordei, eu não estava com o melhor humor do mundo, preferia mil vezes continuar deitada alí sem fazer nada o resto do dia, mas como a vida é difícil, me levantei e fui ao banheiro fazer o que era nescessário, coloquei meu uniforme e logo desci para a sala, onde se encontravam minha mãe, Laura e aquele que se diz meu irmão; todos estava tomando café da manhã
- Bom dia -falei sem ânimo algum
Mãe: Bom dia, filha -falou sorridente- come e termine de se arrumar rápido, que daqui a pouco vamos sair
Assenti e me sentei à mesa preprando um copo de leite com nescau para tomar
(...)
Daniel: Está melhor? -perguntou assim que chegou, me tirando do meus pensamentos aleatórios
- Digamos que sim -suspirei pesado, mentindo parcialmente
Daniel: Não, você não está bem -se sentou em sua carteira e eu automaticamente me virei para ficar de frente com ele
- Como me conhece a tão pouco tempo mas sempre sabe quando não estou bem? -era pra ter saído com um pensamento, mas minha boca não obedeceu aos meus comandos, deixando a frase escapar em alto e bom som
Daniel: É que eu entendo o que está passando e, se precisar, estarei sempre do teu lado -sorriu de canto o que me fez sorrir também
- Obrigada Dan! -levantei do meu lugar e o puxei de sua cadeira ajudando-o a lenvantar também e o abracei, que não demorou muito para retribuir
Assim que desfizemos o abraço a professora de literatura entrou na sala e começou a sua aula.
(...)
Durante o intervalo, não me dei ao trabalho de sair da sala, peguei meus fones e fiquei alí sentada no lugar de sempre. Eu realmente não estava afim de esbarrar com Thiago ou Hillary ou qualquer pessoa daquela escola. Se eu pudesse eu teria ficado em casa.
As pessoas da sala falavam algo apontando pra mim, só que eu não estava ouvindo nada devido ao volume máximo nos fones.
Daniel disse que iria comprar algo para comer pois havia esquecido seu lanche em casa, eu concordei e permaneci alí, quieta no meu canto rabiscando qualquer coisa em meu caderno.
(Daniel narrando)
Como disse à Luana, fui comprar algo pra comer. A princípio era só isso mesmo, mas não aguentei quando ví Thiago e Hillary rindo juntos.
Luana me contou o que ele fez e eu ainda não acredito, assim como ela, que ele preferiu defender aquela vaca a defender a própria irmã
Sem pensar muito, andei em sua direção e soltei aquilo que estava preso em minha garganta
- SEU IDIOTA! COMO VOCÊ DEFENDE ESSA VAGABUNDA ENQUANTO TUA IRMÃ SOFRE CALADA? -gritei me aproximando
Thiago: E quem é você pra falar isso de mim?
- Não te interessa, eu só estou fazendo algo que você deveria ter feito
Hillary: Sai daqui pirralho, não tá vendo que está atrapalhando?
- Cala a boca sua vagabunda! Você tem noção do que é sofrer com comentários maldosos que são feitos sobre você todos os dias? Você sabe como é viver sem amigos por ser a "estranha"? Pelo jeito não né! Você está sempre aí de bem com a vida, rodeada de amigos enquanto minha amiga está lá quieta, fechada, sofendo por sua culpa
Hillary: Olha só pessoal, o esquisito tá defendendo a estranha corta-corta -ela falou sarcástica e todos riram, menos Thiago, pude perceber que sua feição mudou completamente ao ouvir como ela se referiu a sua irmã, só que ele permaneceu quieto
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Emo E Gótica, Mas Diferente (PARADA) - Sem Revisão
RandomLuana, uma garota comum de 15 anos de idade, mora numa pequena cidade no interior de São Paulo. Gosta de se vestir de preto e ela considera ouvir rock e metal como uma terapia, pois isso a acalma. Ao longo de sua vida, Luana tem de passar por divers...