Cap-15. Dizendo a verdade.

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- Você quer namorar comigo loirinha?
Fiquei sem palavras eu queria dizer óbvio, claro, sim, sim, sim... Meu coração irradiava alegria eu não parava de sorrir logo uma lágrima desceu do rosto dele, agora sim eu morri. Que lindo.

- Claro!

Eu disse sorrindo.

Ele se levantou e me abraçou me girando no ar.

E logo voltaram os gritos, Beija! Beija! Beija!...

- Se você quiser que eu te beije eu te beijo.

Ele disse sussurrando rindo. Eu não disse nada. 

- Que idéia, é óbvio que quer.

Ele segurou em meu pescoço e me beijou.

E de novo todos bateram palmas.

- Agora vamos dançar!

Ele me puxou para a pista de dança. E assim se foi a noite.

...

Acordei com o despertador tocando. Era sete horas e eu estava mais atrasada que a vida. Levantei em um pulo e fui ao banheiro fazer minha igiene matinal. Desci as escadas correndo peguei minha mochila e parti.

- Oi loirinha!

Chegou Jack para minha alegria.

- Oi Namorado.

Ri pronunciando a palavra namorado em ênfase.

- Quer sair comigo hoje?

Ele perguntou.

- Tudo bem.

Respondi.

- Que tal irmos ao parque ou algo do tipo?

- Claro mais eu preciso da sua ajuda?

- Pode mandar.

Ele se sentou ao meu lado.

- Estou com dificuldade em uma matéria aí.

-Qual?

-todas.

Ri.

- Epa!  Cadê a Ana estudiosa que eu conhecia?

- Eu acho que ela viajou. Mais se você me ajudar ela volta já,  já.

- Tá bom, vamos entrar.

Ele puxou meu braço que estava dolorido.

- Aí.

- O que foi te machuquei.

Ele olhou para meu braço. Que estava de novo com algumas cicatrizes dos cortes que me provoquei essa semana. A dor da lâmina em minha pele não podia se comparar com a dor que eu sentia na alma. Como eu disse já eram apenas cicatrizes mais a dor que sentia aqui dentro já mas irá se cicatrizar.

- Ana o que é isso?

Ele percebeu, então abaixei a manga do casaco cobrindo os mesmos.
Fiquei sem palavras e logo toca o sinal.

-Eu tenho que entrar te vejo lá dentro.

Sai correndo em direção a sala.

O professor explicou a matéria que por sorte eu consegui entender. Até por que aprender o que tem dentro da minhoca não é lá muito minha praia sabe?

Foram-se três tempos estudando e logo chegou o intervalo. Eu sabia que Jack viria falar comigo então fugi dele durante 30 minutos. O suficiente para voltarmos para a sala.

- Bom dia alunos, vamos começar a matéria... abram os livros!#Ofrasedocapeta.

- Ana!

Sussurra Jack. Sem querer mais me sinto um pouco obrigada olho para trás.

- Vira para frente senhorita Ana.

- Tudo bem professor.

Me viro de volta.

-Sabe que depois nós vamos conversar né?

Sussurra Jackson.

- Jack troca de lugar está conversando e atrapalhando sua colega.

Diz o professor indicando a cadeira bem ao conto e distante de mim onde Jackson deveria se sentar.

- Tudo bem, eu estou legal aqui.

Ele disse.

- Certeza?

Pergunta o professor.

- Absoluta.

Responde ele.

- Por que dá próxima já sabe em.

Bom hoje fazia duas semanas sem abusos. E hoje eu temia em chagar em casa.

-Hey Ana! Quer biscoito?

Me pergunta Jenny.
Uma amiga, pois Nathália não estuda mais aqui a anos, não é que Jenny a substituiu mais ela é muito amiga aqui na escola.

Ela me deu o pacote de doritos no qual eu amo e quando cheguei perto o cheiro me provocou um enjôo,  minha cabeça girou e me senti tonta. Meu estômago contorceu e senti que eu ia vomitar.

Sai da sala correndo direto para o banheiro feminino. Abri e coloquei tudo para fora.
Dei descarga e me sentei no vaso para ver se passava. Depois andei até o espelho e lavei meu rosto com água. Fiquei uns cinco minutos lá e voltei para sala.

- Senhorita Ana você está bem?

Me pergunta o professor assim que entrei na sala outra vez.

- Claro, foi só um mau estar.

Me senti de volta. Jack ia falar algo mais o professor o repreendeu e logo o mudou de lugar como prometido.

A aula havia terminado e eu ia saindo quando senti um braço me puxando.

- Ana vem comigo.

Era Jackson ele me levou até um corredor vazio.

- Jack para, eu não tenho nada pra te contar.

- Ana nem adianta mentir, você está estranha comigo,  com a Nathália e quando a gente,sai você age de um geito estranho e da até uns piripaques doidos.

Ele riu.

-Jack,  só foi uma vez.

- Ana você é minha namorada agora, não precisa esconder nada de mim.

Ele disse olhando em meus olhos. Meu coração chorou. Meu olhar já contava tudo, meu sorriso falso me denunciava a meses e meu Beijo de confiança já não demonstrava mais nada além de um abrigo para eu me afundar quando não aguentava o sofrimento que meu coração já não suportava a anos.

Meus olhos já estava lacrimejando, e Jack me abraçou.

- Eu te amo.

Deixei escapar.

- Te amo a cima de tudo loirinha. Agora você pode me contar.

- É vergonhoso, eu não consigo olhando em seus olhos.

- Não precisa eu fecho eles para você.

Ele fechou os olhos em um ato de carinho. Perfeitamente lindo. O medo de algo lhe acontecer me consumia mais a vontade de contar irradiava em meu ser. Eu não sei o que me dominava, o ódio ou o medo,  a tristeza ou o amor.

- Eu fui abusada sexualmente.

Deixei escapar. Abaixei a cabeça e minhas lágrimas caiam constantemente sobre o chão.

Fruto De Um Estupro...Onde histórias criam vida. Descubra agora