Cap-9. Derrepente gato!

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Aquele dia foi ótimo. Me divertir bastante. Foi bom rever minha ex melhor amiga que agora é de novo minha atual melhor amiga. Mais desde então esse foi o único dia alegre da minha vida. Christian realmente passou a morar lá em casa. E os abusos tornaram-se frequentes. Toda vez que Letícia saia, ele se aproveitava para me fazer dele sua baneca de pano. Minha vida se tornou um inferno. Ele conseguia ser falso a todo momento. Vivia me ameaçando.mais por amor a minha irmã eu me calei. Não podia abrir a boca sem ter certeza de que quando as coisas fossem esclarecidas Letícia estaria bem. Com ele aprendi a ser uma grande atriz. E assim foram 5 anos da minha vida vivendo de baixo do mesmo pano sujo e pisado por ele. Até que descobrir que...
Hoje se passaram quatro anos que Christian passou a morar aqui. Quatro anos sofrendo os mesmos abusos. Quatro anos calada por amor. Quatro anos vivendo nesse inferno com vontade de morrer.

Agora eu encontrei um jeito de descontar toda minha dor. Em mim mesma. Ir ao banheiro abrir a gavetinha e tirar de lá uma gilete virou rotina. Agora eu passava a usar apenas blusas de mangas cumpridas e casacos longos para tampar os cortes provocados por mim mesma. Doente eu? Talvez. Aliás, como não ficar? Tudo que eu mais quero é me ver livre disso. Mais eu voltei a acreditar que não se passam de falsas esperanças.

Minhas notas abaixaram, era impossível prestar atenção na aula com tudo que me vem acontecendo. Semana que vem é meu aniversário. 15 anos. A idade esperada por toda menina. Só que eu nem conseguia mais ficar feliz com isso.

Letícia insistiu de fazer uma festa. Ela queria me ver no vastidão, no salto com o cabelo solto que a tempo eu não uso mais assim. Eu não me espelhava nesse visu. E sim algo mais fechado, escuro.alias minha vida não passava disso. Mais ela disse. "Aí brega! Não, vai ser vestido sim. Azul clarinho. Ana você vai arrasar com a cara das inimigas. "

Em fim aceitei a proposta. Hoje é feriado. Letícia vai sair e Christian não vai trabalhar. Então resolvi sair o mais de pressa possível.

Fui para a casa de Jackson.

bati três vezes na porta.

- Oi loirinha.

- Oi.

- Entra.

Ele deu espaço entrei.

- Faz tempo que não se vemos. E você está gata. Linda.  Quer dizer. Com todo o respeito.

Ri tímida.

E você está lindo,  gato, gostoso, maravilhoso e perfeito como sempre. Era o que eu queria dizer mais só saiu um...

- Obrigada. Você também estar muito bonito.

Agora ele está com dezoito anos. Ele andou malhando e quando ele tira a camisa só falta eu cair de tanto calor. Seu novo estilo mexe com meu psicológico. Branquinho, cabelos negros alto o olhos escuros.  como sempre. Lindo. Depois daquele dia do nosso primeiro beijo, nós só ficamos umas cinco vezes depois e ele veio com um papinho de só amigos.

(Só amigos. #frasedoinferno!). Mais ele demonstrou mais que isso. Ele queria se aproximar mais, só que eu não deixei. Eu não queria que ele descobrisse algo, e Christian fizesse alguma coisa com ele. Antes eu só gostava dele,  mais com o tempo eu passei a ama-lo. É gente admiti,  eu o amo.

- Então veio fazer o que aqui?

- Não sei, ficar com você, quer dizer ficar de estar e não ficar, ficar. Você entendeu não foi?

Ele riu. Depois que se perde a intimidade tudo é levado ao pensamento maldoso então é melhor se explicar antes. Só que se explicar sempre piorava as coisas.

-Ver um filme junto?

Ele perguntou.

- É como velhos amigos.

Concordei.

-Não.

Ele discordou.

- Não?

Perguntei sem entender.

- Como Velhos melhores amigos. !

-É embora já termos ultrapassado o limite da amizade as vezes...

Eu disse.

- Não tenta esquecer, foi a melhor parte.

O que? Ele disse isso mesmo?

-Jack é você que esta aí ou é um robô?

- Não Ana pode ter certeza que sou eu.

Ele riu.

- Por que meu amigo nunca diria isso assim...

-Eu mudei. Um pouco. Mais uma coisa em mim nunca mudou.

- O que?

Perguntei confusa.

- Isso...

Ele me puxou rápido.  Pressionando seu corpo contra o meu. E logo me beijou me fazendo ceder a ele e me fazendo lembrar do nosso primeiro beijo. Por isso mantive sua mão assim a da minha cintura para que não me desse sei lá outro arrepio, e a vontade de chorar por lembrar dos abusos de Christian. Depois ele me afastou e me olhou.

-E aí, descobriu?

-Você ainda beija muito bem?

- Aí você demora pra raciocinar as coisas em Ana.

-Então me fala logo.

- Nunca deixei de te amar.

O que? Não,  sim. Sim? Sim, sim, sim.

-Eu, é...

- Já sei sem palavras?

- Sim,  mais eu sei o que fazer.

-O que?

Isso.

Repeti o que ele havia feito comigo. Mais agora eu o beijei, e ele veio chegando mais perto até ficar por cima de mim, pois estávamos no sofá.

Fruto De Um Estupro...Onde histórias criam vida. Descubra agora