Cap-1. Começo...

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Por trás de cada olhar existe uma história que ninguém conhece!

Deus existe?  Me pergunto a todo minuto. Não. Um deus de amor não permitiria tanto sofrimento assim... afirmo sempre que tento buscar soluções para minhas perguntas.

Deus é egoísta, é insano, um Deus ignorante só pensa nele... Será?

Tudo começou aos meus onze anos...

-Letícia?

Chamo por ela.

-Sim.

-Posso sair com Jack?

- Poxa Ana hoje não vai dar, vou precisar sair e você tem que tomar conta da casa.

-Há! Que saco. Por que? É só trancar tudo.

-Não. Você vai ficar aqui.

-Mais...

Tentei dizer algo para poder sair mais ela me interrompeu.

- Sem chances... Christian ficará cuidando de você.

O namorada de Letícia... minha irmã.

-Poxa Letícia eu já tenho idade suficiente para cuidar da casa.

-Cuidar da casa sim! Ficar em casa sozinha não.

-Não vou estar sozinha, Deus estará comigo, aliás está. 

- Ana vem aqui.

Me sentei ao seu lado e ela me olhou com um olhar de pena.

- Por que está me olhando assim?

Perguntei confusa.

- Ana, você é tão inteligente. Por que acredita que Deus existe?

- Porque sim. Ele me ama Letícia. Você, e amava também a mamãe.

-Não Ana. Ele não amava.

- Por que não?

Perguntei.

- Eu te amo está bem? Deus não.

-Mais...

-Não quero discutir mais sobre isso. Deus não existe. Ele não me ama. Sabe por que? Por que ele não existe.  Eu existo Ana. Eu te amo. A mãe te amava. Deus não. Não.  Entendeu?

Eu não disse nada, apenas acenti.

- Ótimo.

Disse ela.

...

-Christian irá chegar daqui a meia hora. Já estou indo tem comida na geladeira. Tchau.

Ela me deu um beijo na bochecha e um abraço apertado.

- Vai com Deus Letícia. -Eu disse e ela me fuzilou com os olhos. - Desculpas, eu te amo.

Me corrigi rápido e ela sorriu antes de bater a porta.

Peguei um pacotinho de doritos e me joguei no sofá. Coloquei na Disney e fiquei vendo uns desenhos novos.
-Olá...

Ouço uma voz masculina.

- Há,  Oi.

Eu falo sabendo que era Christian mais sem ao menos olhar para ele pois ainda estava concentrada no Boa sorte Charlie.

- Alô. Ham... Desculpas eu não vou poder ir. Estou de babar essa noite. É sério seu idiota. Letícia me colocou para olhar a pirralh... - o olhei levantando a sobrancelha. - a... a irmã dela. -ele continuou.

- Tá bom tchau...-Então quer ver um filme, uma pipoca e depois uma história para dormi?

Ele me perguntou depois de ter terminado de falar no celular.

- Se você quer dizer, os três porquinhos o filme, uma pipoca queimada como sempre e os três porquinhos a história de novo. Não abrigada. Eu tenho onze nao três anos.

- O tempo passa rápido né?

Ele disse revirei os olhos.

-Olha só eu não sei o que eu fiz pra você não gostar de mim, mas eu tentei.

- Christian eu não disse que não gosto de você.

-Legal, mentirosa... Rah! Você e Deus...

Ele sempre diz isso.

- Por que se refere a Deus desse jeito?

Ele me encarou.

- Ana...

Ele ia dizer algo mais foi interrompido por outra ligação.

-Fala Brow! Ham... Tá, tá. Vou dar um jeito.

Ele desligou.

- Você não gosta de mim, Certo?

- Eu não disse is...

- Em fim. Eu não estou nem um pouco afim de cuidar de uma menina indiota igual a você.

-I-di-o-ta! -O corrigi.

- Ainda se acha "À" inteligente.

disse ele dando ênfase ao artigo à.

- Eu não me acho, eu sou.

falei convencida.

- Fala sério você acredita em Deus, e ainda afirma que é inteligente?

- Sim.

-O menina de fé.

Ele debochou rindo irônico. O olhei com raiva.

- Tá vamos fazer um trato.

- Não.

-Sim, calma. Eu tenho uma baita festança pra ir.

- Não Christian suas propostas nunca dão certo e...

- E entroca te dou quarenta reais e te deixo aqui de boca fechada. Nada de contar pra Letícia.

-Ela disse que não posso ficar sozinha.

- Você não vai estar sozinha aninha. Seu Deus vai cuidar de você. Ele é bom lembra?

Ele disse deboschado e rindo irônico outra vez.

- Não fala assim Dele!

Me irritei.

- Então tá já vi que não sou bem vindo aqui... E...

- Tá bom Christian some daqui. Vaza!

- Epa! Já é pirralha.

Ele foi saindo.

- Ham, Ham... eu quero o dinheiro.

Estendi a mão para pegar o dinheiro.

-Toma. Foi bom fazer negócios com você.

Ele saiu rindo.

Em fim só. Fui para o quarto fazer o dever de casa pois amanhã teria aula.depois deitei na cama para ouvir música e logo cai no sono.

Fruto De Um Estupro...Onde histórias criam vida. Descubra agora