De Repente Princesa ( CONCLUÍDA )

28.

O inverno acabara e assim como as flores florescendo na estação da Primavera era o amor dos jovens casais.

O dia era quente, e Sophia planejava uma festa para a chegada da família Inglesa no Palácio, para sua alegria. Ela e Henri já não se viam há dois meses e a saudade crescia a cada instante no peito da menina.

Tudo estava perfeito, algumas tendas seria montadas no Jardim de Primaveira, perto da entrada para o Salão Oval, onde seriam postas várias mesas redondas e algumas criadas e mordomos serviriam os aperitivos até a hora do jantar. Ainda na parte externa uma orquestra tocaria uma música agradável. A festa começaria dentro de 12 horas e a menina precisava se esconder em seu quarto até lá. Enquanto caminhava tranquilamente em direção as grandes escadas de mármore, ela sente uma mão a puxar para uma sala afastada.

- Soph, sou eu.- aquela linda voz rouca fala.

- Henri? Ah Henri! Senti tanto sua falta.- ela enlaça seus braços no pescoço do menino e o puxa para um abraço.

- Você nem imagina o quanto senti a sua pequena.- o Príncipe beija a cabeça dela.

- Precisamos fazer alguma coisa antes da festa, não vou suportar ter que dividir sua atenção com outras pessoas.

- Você está burlando as regras Soph.- ele sorri.

- Não me importo com isso.- ela insiste sorrindo.

- Vamos então, trouxe meu computador, assim podemos ver um filme.

- Ótimo!

Os dois correm apressados, se escondendo de alguns outros convidados que se instalavam em seus quartos. E ao entrarem no quarto de Henri não seguram o riso.

- Eu preciso me exercitar mais, não consigo respirar.- Sophia diz pouco antes de se jogar na cama.

***

Charlotte esperava impaciente por Charles na entrada do Palácio. Ela já fingira alguns enjoos e dores para tornar a gravidez mais real.

- Finalmente.- ela reclama ao vê-lo chegar.

- Nosso vôo atrasou.- ele fala.

- Arrume sua postura e sorria, logo serei a Rainha da Bélgica, você não pode estragar minha reputação.

- Falando o que? Que sua gravidez é falsa?- brinca ele.

- Você não se atreveria...- Charles arregala os olhos percebendo a mentira - quero dizer, não faria isso com seu filho!

- Não, claro que não.- ele revira os olhos.

Charlotte não consegue evitar um suspiro aliviado. Ela precisava engravidar, de qualquer maneira.

Ao passar por um corredor, em direção ao seu quarto, Charles observa uma porta entreaberta e a cena a seguir o deixa magoado. Henri acabara de depositar um beijo nos lábios de Sophia.

- Me desculpe.- ele fala e sai o mais rápido possível dali.

- Eu...- Henri começa.

- Foi melhor assim, desse jeito ele percebe que não faz mais parte de meus pensamentos.- ela morde o lábio inferior sabendo que aquilo que tinha dito, era a mais pura mentira.

A festa foi animada e Soph estava feliz, mas não como antes. Várias fotos foram tiradas do possível casal Real, em vários ângulos diferentes. Jasper e Rebecca se entenderam muito e nesse momento corriam brincando com outras crianças.

***

Todos felizes estavam, apenas uma pessoa se sentia deslocada, Rash. Mas para sua sorte seu marido notou e a apresentou a alguns de seus amigos.

- Sebastian?- ela chama.

- Sim.

- Preciso conversar com você.- ela abaixa o tom da voz.

- Claro, com licença Alteza.- Bastian diz para o Príncipe de uma pequena ilha no Pacífico.

Os dois andam apressadamente entre os convidados, passando por vários corredores até o Jardim, por fim a garota se senta em um banco afastado da grande festa.

- Está tudo bem?- o menino pergunta passando seu braço pelo pescoço da garota.

- Eu....Eu só queria- ela suspira- eu gostaria de me desculpar.

- Pelo que?

- Por tudo, eu entendo que fui chata no começo, extremamente. Mas então conheci a sua família, conheci você.- ela fala rápido.

- Nós te julgamos mal.- ele sorri e acaricia os negros cabelos de Rash.

- O que vocês pensavam de mim?- ela sorri e encontra os olhos de Sebastian.

- Primeiro que era uma Princesa mimada, chata, irritante...

- Quantos elogios. Mas - ela pensa- o que acham de mim agora?

- Bem, eles eu não sei- ele da de ombros- mas eu te acho uma menina incrível, bonita e extremamente amável.

- Hum.. obrigada eu acho.- ela sente o rosto corar.

Sebastian realmente não a via mais daquela maneira e tudo o que disse não passava da mais pura verdade. O menino encosta os dedos no queixo da Princesa, fazendo com que ela se aproxime, pela primeira vez na vida ele sentia borboletas na boca do estômago, era como se milhões delas tivessem resolvido levantar voo ao mesmo tempo. Mas essa sensação passou quando os lábios se encostaram.

Era tarde demais, os dois já haviam se apaixonado.