De Repente Princesa ( CONCLUÍDA )

31.

Um desfile foi organizado as pressas por Sebastian, ele queria que a população conhecesse sua futura Rainha melhor, do modo que ela realmente era.

Como a cidade de Artic era pequena, não foram necessárias muitas medidas de segurança além do normal. A principal avenida - onde se encontrava o Palácio - foi decorada do dia para a noite com flores e bandeiras do pequeno país. A guarda foi vestida com seu traje de gala, o qual se encontrava-se um casaco vermelho e calças azul marinhas. As criadas e mordomos se apressaram em deixar as roupas impecáveis para a manhã seguinte.

Rash acorda em um quarto diferente e rápido percebe que se trata do quarto de Bastian. Ela se assusta imediatamente ao ver seu marido deitado ao seu lado.

- Bom dia.- ele fala com a voz rouca.

- O quê...? - ela pergunta.

- Se acalme, nada aconteceu ontem a noite. Você apenas adormeceu e não tive coragem de lhe acordar.- ele fala depois de uma longa sessão de risos.

- Graças a Deus. - Rash respira aliviada.

- Creio que você deva ir se vestir, afinal o desfile começará em uma hora.- ele pisca.

- Meu Deus!- ela a levanta rapidamente e corre em direção a grande porta que separava os dois quartos.

Ao entrar em seu quarto ela é recebida com sorrisos de suas criadas.

- Nada aconteceu, não me olhem dessa maneira.- Rash fala e logo os sorrisos se estendem para risadas.

Bastian ouve tudo de seu quarto e sorri sozinho.

- Qual é o meu problema? Sorrindo sem motivos e feliz em vê-la...- ele fala para si mesmo.

***

O dia novamente não combinava com o humor de Soph, o sol predominava apesar do frio e a menina encontrava-se triste e pensativa.

As lágrimas apareciam a cada instante em seus olhos, mas ela se forçava a continuar firme enquanto Desirée e Daphne a arrumavam.

- Senhorita, o que está acontecendo? Nunca a vimos assim.- fala finalmente Daphne.

- Estou com medo.- ela engole seco      - Medo de me casar e abandonar tudo isso.

- É um sentimento normal Sophia.- completa Desirée.

- Nem tanto..- ela dá de ombros.

Nesse momento seu aparelho celular vibra indicando uma nova mensagem e ao começar a lê-la, Soph não segura mais as lágrimas.

Querida Sophia,

Minha querida filha cresceu! Já não é mais aquele bebê pequeno e indefeso, se tornou uma linda princesa que se preocupa realmente com seu povo. Meu amor sei que deve estar ocupada e preocupada com tudo, mas devo avisar que Mary está muito doente, ela queria lhe ver antes de... você sabe.
Minha filha, saiba que temos muito orgulho de você.

Com amor,
Mamãe.

Soph se levanta rapidamente da cadeira onde estava e corre na direção do escritório de seu pai, mas encontra a porta com uma fresta aberta.

- Não sei o que acontece! Tento dar de tudo para meu povo e nunca estão felizes!- Joseph fala.

- As rebeliões começaram no Norte e pelo que sabemos já existem mortos.

- Mas o que eles querem?

- Eles desejam uma condição de vida melhor, alguns não conseguem empregos por terem ancestrais escravos.

- Precisamos acabar com isso, pessoas são pessoas!

Soph se vira assustada e deixa seu corpo correr para qualquer lugar que desejasse.

***

Todos esperavam no saguão já impacientes. Guardas espalhados pelo lugar criavam hipóteses de onde a princesa poderia ter se metido.

- Como assim não sabem onde ela está?- grita o rei desesperado.

- Suas criadas dizem que ela leu alguma coisa em seu celular e deixou o quarto chorando.

Joseph suspira pesado sendo confortado pela esposa.

Sebastian antes que perceba, segura a mão de Rashimi firme e a olha em seus olhos negros.

- Bastian, ela vai ficar bem.- a menina diz afagando seu forte braço.

- Espero que sim Rash.

Nesse momento Charles abre as portas do Palácio com Sophia nos braços, ela parecia desacordada. Nesse momento várias pessoas se aglomeram em volta dele.

- O que é isso?- um guarda pergunta.

- Parece um ferimento de bala.

Sebastian deixa sua esposa para trás e caminha até Charles.

- O que você fez com ela?- o menino pergunta furioso.

- Sebastian, se acalme, não sou tão louco a esse ponto.

Alguns médicos aparecem e a levam para a Ala hospitalar.

- Explique-se.