essa fanfic começou em janeiro e ela ainda ta no capitulo 18 to surpresa
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Luke tinha que agradecer a todas as forças maiores existentes por ter conseguido convencer sua mãe a não contar nada do que aconteceu para Sra. Clifford, mãe de Michael.
Depois que assinara a ocorrência, passara o resto do dia pensando no que diria para Liz. Por sorte a mulher acreditou em todas as verdades omitidas. No dia seguinte, depois de ir ao colégio para conversar com a diretora, apenas deu um sermão no filho.
No final Luke não entendeu se Liz estava defendendo ou julgando Michael, pois apesar de dizer para o filho não maltratá-lo, ela sempre alegava que Clifford pecava por aparentemente gostar de garotos e se vestir daquela forma.
Já Michael não disse nada sobre aquilo com sua mãe, ele não queria que ela se preocupasse, não queria que ela o tirasse daquele colégio ou perdesse sua amizade com Liz por algo que o filho da mulher fez.
No dia seguinte depois de mentir que seu dia na escola fora normal, Michael subiu as escadas para seu quarto e largou a mochila no chão, caindo de costas na cama.
Suspirou e de repente se pegou pensando em Ashton. O fato de o cacheado tê-lo defendido e ajudado foi algo realmente fofo da parte dele, Michael nunca imaginaria que Irwin fosse uma pessoa boa.A lembrança de Ashton sendo gentil o trouxe à mente a imagem de Calum.
Michael se deu conta de que fazia semanas desde que falara com o moreno pela última vez.
Rolou na cama e pegou seu coelho de pelúcia, um pouco velho pelos anos passados, e falou como se conversasse com o bichinho:
"Eu sinto falta dele."
E abraçou o coelhinho como se fosse seu melhor amigo ali. Michael queria ter coragem de ligar para Calum ou de repente aparecer em sua casa, pedindo desculpas por ter sido um idiota. Mas ele sabia que então Hood começaria um discurso sobre como Luke era um babaca que estava o iludindo, e Michael não estava disposto a escutar aquilo.
Ele estava tão confuso, apesar da solução de tudo parecer tão óbvia. Era só escutar Calum e deixar Luke de lado, não é?
Mas apesar de querer, Michael não conseguia simplesmente deixar Luke de lado, não conseguia tirá-lo de seus pensamentos, não conseguia se "desapaixonar". Mesmo que parecesse loucura, as semanas que passou ao lado do loiro foram umas das melhores que já viveu.
"Eu queria não ter sentimentos. Que droga." Murmurou enquanto fechava os olhos fortemente e usava a mesma força para abraçar o coelho de pelúcia. "Eu sou tão burro. Idiota."
Por que Luke não simplesmente facilitava as coisas? O que custava dizer àqueles seus amigos idiotas que ele gostava de Michael para que os dois finalmente pudessem ficar juntos sem se esconder?
Mas Luke gostava mesmo de Michael?
"Será que gosta, Ty?" O menino perguntou para o coelho em seus braços, obviamente, não obtendo resposta. "Eu também não sei, mas espero que sim."
O som da campainha preencheu a casa e Michael deu um pulo, se levantando para começar a sair do quarto e gritar:
"Eu atendo!" Desceu as escadas e abriu a porta, tendo uma surpresa que ele não sabia se era agradável ou não. "Luke, o que é você está fazendo aqui?"
"Eu vim te pedir perdão, princesa." Luke tirou a mão das costas, revelando um pequeno buquê improvisado de margaridas enquanto dava um sorriso que ele esperava parecer verdadeiro.
Michael abaixou o olhar para as flores. "Você pegou essas flores do jardim da Sra. Leah?"
"Quem?"
"A minha vizinha da frente." Clifford apontou para a casa do outro lado da rua, que tinha um jardim em sua entrada. "Você pegou as margaridas dela, Luke? Você não pode pedir perdão pra uma pessoa roubando algo de outra."
O loiro encolheu os ombros e abaixou a mão. "Poxa, eu vim à sua casa para te pedir perdão pessoalmente e você me recebe assim só por causa de algumas flores? Eu as arranquei do jardim da sua vizinha com tanto carinho."
Michael não queria, mas acabou rindo pela última frase. "Eu ainda não me convenci do que você me disse ontem, mas pode entrar Luke."
"Eu preciso que você acredite em mim, princesa. Eu não fiz aquilo por vontade própria." Luke entrou na casa e se sentou no sofá enquanto Michael fechava a porta. "Os meninos me disseram pra fazer aquilo porque achavam que eu estava começando a gostar de você."
"Mas você não gosta?" Michael se sentou ao seu lado.
"Gosto, claro que sim." O loiro desviou o olhar. "Mas eu já te disse que eles não podem saber disso, né? Pelo menos não ainda."
"Mas por que não?"
"Eu já te expliquei, Michael." Hemmings voltou a olhá-lo. "Mas eu prometo que a partir de agora vou me recusar a fazer as coisas que aqueles caras dizem, um dia eu vou contar pra eles o que eu sinto por você e nós não vamos precisar nos esconder mais." Luke ergueu as margaridas para o menino novamente. "Você pode aceitar as minhas flores?"
"Ainda não sei se posso acreditar nisso tudo, mas eu vou aceitar só porque eu adoro margaridas." Michael pegou as flores da mão do maior, cheirando-as rapidamente. "Achei que elas fossem mais perfumadas, mas pelo menos são bonitas." E deu de ombros.
Luke deu uma risada.
"Você é adorável, princesa. E agora que eu percebi isso eu não consigo pensar em te fazer mal." Luke se inclinou para beijá-lo, mas o menor desviou, dizendo:
"Então por que você fez aquilo ontem?"
O loiro bufou e apoiou a cabeça no encosto do sofá, olhando para o teto. "Lá vamos nós de novo..."
Michael hesitou um pouco, mas se levantou e tentou usar sua voz firme para falar: "Você já pediu perdão, já trouxe as flores... Acho que já está na hora de ir embora, não é?"
Luke se surpreendeu um pouco, mas sorriu levemente ao perceber qual era a de Michael: ele queria se fazer de difícil.
Hemmings voltou a sua postura normal e segurou a mão do mais novo. "Princesa... Você nem vai me dar um beijo?"
Clifford balançou a cabeça em negação, soltando sua mão da de Luke. "Não."
Luke também se levantou, levando sua mão à bochecha do menor para acariciá-la e ver o rosto de Michael tomar um tom avermelhado ao que ele começou a se aproximar cada vez mais. "Não me trate desse jeito, Michael... eu sei que você não quer."
"Como você tem tanta certeza assim?"
"Está escrito na sua testa que você quer me beijar."
"Você é muito convencido." Michael desviou o olhar, mordendo o lábio inferior.
Hemmings começou a aproximar seu rosto ao de Michael ainda mais, na intenção de beijá-lo, mas o menor não deixou, ergueu o buquê de margaridas na frente de seu rosto e riu ao que Luke fez uma careta quando sentiu as flores tocarem seus lábios.
"Agora você passou dos limites." Luke tirou as flores do rosto de Michael puxando seu pulso para baixo, ele nem hesitou antes de colar seus lábios. Michael resistiu por um momento, mas logo retribuiu o beijo, envolvendo os braços no pescoço do maior. O loiro sorriu por entre o beijo e sussurrou: "Eu sabia."
Aquilo fez Michael se dar conta do que estava fazendo, ele se afastou bruscamente e andou rapidamente até a porta para abri-la, dizendo:
"Você deu sorte que minha mãe saiu antes de você chegar, agora vá embora, Luke."
O loiro não protestou, apenas roubou um selinho de Michael ao passar por ele e deu um sorriso de lado, pensando que não desistiria tão cedo de conseguir o que queria — nem se tivesse que roubar mais 50 margaridas do jardim da vizinha da frente.
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painted nails ❃ muke [INTERMINADA]
FanfictionLuke odiava Michael por ter unhas pintadas. Michael era apaixonado por Luke.