Capítulo 13-Sobrevivendo

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Capítulo 13-Sobrevivendo

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Capítulo 13-Sobrevivendo

"A vida é feita de batalhas, batalhas para sobreviver.

E quando falhas, vês que as falhas é que te ensinam a crescer. (...)"

***

O vento sopra com mais força do que nunca e a neve cai com intensidade. Não conseguimos ver quase nada, os nossos vestidos voam ao sabor do vento e, mesmo com as capas negras a proteger-nos, trememos de frio.

Já andamos à vários minutos no meio desta tempestade, mas parece que não saímos do sítio e que a rocha ainda está muito longe.

Estou completamente gelada e cada passo que dou parece mais um passo em direção à minha morte. Não consigo andar muito mais. Estou a perder as forças e a Serena não parece estar melhor: pálida e a andar com muita dificuldade.

A rocha está agora muito perto, mas caiu na neve a poucos metros dela. Não sou capaz de dar nem mais três passos, nem que isso signifique salvar a minha vida. Começo a ficar com sono, o que não é nada bom sinal.

Vamos Joana! – A Serena volta para trás e ajuda-me a levantar. – Não podes ficar aqui.

Com a ajuda dela avanço os últimos metros. Finalmente as minhas mãos tocam a pedra branca e fria.O frio começa a tornar-se insuportável e tento tirar a tenda da minha mochila para nos abrigarmos, mas uma forte rajada de vento tira-a das minhas mãos e fá-la voar para longe.

– Não! – Grito ao vê-la seguir ao sabor do vento para bem longe de nós.

Agora sobreviver a esta nevasca será ainda mais difícil.

– Ainda temos os tapetes. Ainda temos uma hipótese. – Grita a Serena no meio da tempestade.

Ao olhar para ela vejo que já tem o tapete dela nas mãos. Colocamo-nos contra o vento e o tapete da Serena é cuidadosamente colocado em cima da neve. Para que não voe também, sentamo-nos em cima dele e encostamo-nos à rocha fria. Abro o fecho no fundo da minha mochila, tiro o meu tapete e coloco-o por cima de nós. Para que não voe pomos as nossas mochilas e alguma neve em cima. Aqui, a neve, para além de ser mais alta do que em qualquer outro lugar, é também mais pesada, o que neste caso, se revela bastante útil. Agora é só esperar que a nevasca passe...

O tempo vai passando lento, é cada vez mais difícil manter os olhos abertos e os meus lábios já devem estar roxos com o frio.

Não sei como está a Serena, não a consigo ver, nem consigo mesmo virar o rosto para olhar para ela, mas sinto-a tremer muito e parece que todas as minhas energias estão a ser convertidas para os meus orgãos vitais...

– J-Joana? – Murmura fracamente.

Es-Estou aqui.

Q-Quero a-a-dormecer...

Rainha dos Corações Congelados - O Começo do Inverno [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora