Capítulo 15-Eternidade

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Capítulo 15-Eternidade

"...Uma rainha sem trono e sem reino, Como um pássaro sem canto e centeio. De um tempo distante que não passará, Eu sou as ruínas, a memória de um lugar... Ainda tenho um coração congelado. E isso nada pode mudar."

Rainha dos Corações Congelados-Parte 2-Primavera-Poema

***

"Lagoa Real: Em segurança repousam os corações majestosos, congelados pelo tempo à espera do eterno." A Serena acaba de ler a placa de madeira branca que está do lado esquerdo à entrada das duas enormes portas de cristal entreabertas. – Conseguimos... Chegamos ao nosso destino.

Sim. Parece que sim.

Ficamos em silêncio sem saber muito bem o que fazer até que oiço uma voz bastante familiar:

– Finalmente! Estava a ver que nunca mais chegava Majestade.

Viramo-nos para o nosso lado direito e vejo aparecer um Mínimos que bem conheço.

– Lupo! – Corro para abraçá-lo, mas uma tontura faz-me perder o equilíbrio e agarrar-me à rocha da gruta.

O pequeno corre até mim para me tentar ajudar a levantar e um som que parece um trovão chega aos nossos ouvidos, no entanto o céu está azul e sem nuvens.

– Não temos tempo... – O Lupo olha para a Serena que está fascinada com a entrada da gruta e pergunta: – É ela?

Digo que sim com a cabeça e levanto-me. Esta tontura foi a confirmação de que o meu tempo está a terminar.

– Serena, vamos. O tempo esgota-se...

Ela dá o passo decisivo para o interior da caverna e eu faço sigo logo atrás dela. Quando a alcanço sorrio: ela está maravilhada tal como eu fiquei quando entrei a primeira vez na gruta da Lagoa Real. O interior da caverna é arredondado, com um teto altíssimo. Tudo naquele sítio tem uma cor azul-acizentada exceto as dezenas de pedestais dispostos em duas filas, uma de frente para a outra: medem um metro e qualquer coisa de altura, são de mármore branco e têm uma almofada negra em cima de cada um. As duas filas formam um caminho até uma escadaria de dez degraus. O chão parece refletir o teto da caverna, tudo ali é frio e a caverna não é muito grande. Tudo está em silêncio. Bem, não exatamente... O som de um coração a bater muito lentamente faz-me arrepiar... É o meu coração e a sua batida lenta, fraca e sofrida relembra-me que a minha viagem, o meu reinado e a minha vida estão a chegar ao fim...

– E agora? – Consegue dizer a Serena.

– Agora temos de subir a escadaria. – Responde o Lupo correndo pela caverna fora.

Rainha dos Corações Congelados - O Começo do Inverno [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora