Socaralho

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Eu estava ajoelhada de frente para "floresta jauregui", nome carinhoso que dei para as folhagens entre as pernas da madame, pensei que pela minha cantada de primeira classe ela fosse deixar eu cair de boca nas plantas, mas pelo visto ela estava brava demais para isso.

Eu estava consideravelmente perto da floresta, e Lauren simplesmente se levantou e começou a andar muito rápido, correndo de vergonha, fazendo com que eu desse de cara com a mata-lauren, ela fingiu que não viu, pelo visto nao imaginava que ia esbarrar na minha cara. Ela não chegou para trás e passou por outro lado, ela simplesmente decidiu que ia passar com a orta por cima da minha cara.

Eu estava sendo arranhada pelo arame farpado que ela chamava de pelo, foi um momento desesperador, cai para trás e ela saiu como se eu não estivesse ali. Passei a língua pelos lábios pra ver se tinha ficado algum gosto, mas nada...

Fui ver aonde a madame foi se enfiar, ela tinha ido para o banheiro do quarto, resolvi fazer um miojo enquanto isso. Desde a última vez que eu estive na casa da Lauren, eu já sabia onde era a cozinha, tomei a liberdade de abrir o armário e procurar meu miojo.

Quando abri o armário achei bem mais do que um simples miojo, tinha um pênis de madeira deitado do lado do óleo de corpo, não assemelhei os dois, claro que não. Peguei ele com cuidado e comecei a observar, era de porto seguro, uma cidade na Bahia, ele se chamava "socaralho", devia ser um socador de alho.

Segurei ele e fui ao encontro de Lauren, mas antes despejei meu miojo na panela e liguei o fogão. Corri para o quarto dela, a porta do banheiro estava fechada, comecei a gritar:

- Tô com um socaralho aqui, não é cortador de grama mas dá pra te ajudar ai.

- Vai pro inferno, Camila! — Lauren gritou de volta

- Ô amor, eu ainda gosto de você.

Ela abriu a porta do banheiro, estava de roupão.

- Que merda — ela falou encostando na porta do banheiro.

Eu peguei a mão dela e comecei a acariciar, nem me dei o trabalho de vestir roupa, tampouco de me secar. Ela não tirou a mão ou fez qualquer movimento que pudesse me impedir de acariciá-la.

- Olha... — comecei a falar tentando amenizar a situação

- Que caralho é esse? — ela me interrompeu tomou o socaralho da minha mão.

- Poxa, eu estava me simpatizando com ele.

Lauren rolou os olhos.

- Olha... Eu te observo a muito tempo, a Vero está traumatizada com pelos, você sabe, da última vez que aconteceu isso, com outra garota, ela saiu pelo vasculante do banheiro, hoje ela saiu pelada do prédio, é normal...

Ela riu sem graça.

- Então tudo bem por mim, ok? Eu não vou deixar te desejar, ou te achar feia, você ainda é a mesma madame para mim.

Lauren não respondeu, apenas abriu o roupão e me mostrou a xavasca totalmente lisinha e lavada, parecia um mouse de computador branco com uma abertura no meio, era linda!

- PUTA QUE PARIU! — gritei

- O quê????

- Meu miojo tá na panela!!!

Sai correndo e deixei ela esperando pelada na porta do banheiro, eu tinha esquecido completamente do meu miojo. Quando cheguei na cozinha ele já tinha passado do ponto, mas ainda dava pra comer, coloquei num prato e fui logo sentando no sofá.

- Que merda é essa, Camila? — Lauren perguntou, ela ainda estava sem roupas.

- Merda nada, ele passou do ponto mas ainda tá bom ué.

Lauren não respondeu, só continuou com a mesma cara e se dirigiu a panela.

- Se você não pegar um prato e comer comigo eu vou levar como uma ofensa! — falei alto da sala.

Minutos depois ela chegou na sala, colocou o socaralho na mesinha na frente e se sentou do meu lado enquanto comia o miojo. Comemos em silêncio, estávamos sem roupas, parecia que namorávamos a anos ou éramos recém-casadas.

Deixei meu prato em cima da mesinha e olhei para o socaralho, me encostei no sofá.

- Agora eu estou com fome de outra coisa.

Lauren olhou para o pênis de madeira (o famoso socaralho) e em seguida para mim e deixou o prato do lado. 

Construindo Barreiras (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora