Um

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(Príncipe Cacíano com 23 anos)

Cacíano

Quando eu era criança costumava brincar em um bosque, todas as vezes encontrava uma menina de cabelos claros e olhos azuis, sozinha.

Eu sempre lhe entregava uma rosa e ia embora. Nunca soube seu nome e onde morava. Prometi a mim mesmo que iria procura-la e iria pedir sua mão á seus pais.

Meus pais me prenderam no castelo real por conta de uma tentativa de assassinato, desde então, peço ao meu criado e amigo Augusto procurar aquela moça que tomou toda a minha atenção, mas, não tenho notícias dela.

- Cacíano? - Chamou meu pai. - Cacíano?

- Sim, pai? Desculpe, estava distraído. - Digo.

- Você vive sonhando acordado filho,  nunca lhe vejo atento. Seria alguma donzela? - Ele pergunta, o olho espantado.

- De modo algum, estou a pensar no baile. - Menti.

- E por falar no baile, o mensageiro real começou a entrega dos convites. - Ele falou, sorri sem mostrar os dentes.

- Sou o único deste castelo que acha que uma semana é muito pouco tempo. - Digo. Ele veio para mais perto e pôs uma de suas mãos em meu ombro.

- Filho, dará tudo certo, nós temos muitos criados que darão conta de tudo em um piscar de olhos. - Meu pai disse e em seguida se retirou de meus aposentos para cuidar dos negócios do reino.

Quando ele saiu, procurei algum livro para me distrair e não só pensar na moça que amo.

Meu dia foi resumido em ler um pouco, aula de bons modos, aula de dança, treinar as falas do baile e descansar um pouco.

O dia de amanhã promete ser agitado.

A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora