Anelise
E hoje é o dia do meu tão esperado casamento.
Eu estava linda.
Meu cabelo estava solto, com uma pequena coroa em minha cabeça, estava com um pouco de pó de arroz no rosto e algumas jóias que Cacíano fez questão de me dar antes da semana do casamento.
Meu vestido estava lindo e minha mãe fez questão de colher as rosas mais vermelhas que existem no reino para meu buquê.- Filha, a carruagem chegou. - Meu pai me chamou, eu me olhei no espelho uma ultima vez e abracei meu pai.
- Estou pronta. - Digo sorrindo.
Entrei na carruagem junto a meu pai e fomos ao castelo.
Quando chegamos, meu pai saiu primeiro e me ajudou a descer. A porta que dava acesso ao salão onde a cerimônia aconteceria se abriu e todos levantaram.
A música começou a tocar, quando chegamos perto de Cacíano, meu pai entregou minha mão para ele.
- Cuide bem de minha menina. - Disse o meu pai.
- Vou cuidar. - Disse Cacíano e beijou minha mão.
Nós nos ajoelhamos e o padre começou a cerimônia.
A cerimônia foi seguindo da forma tradicional, até que chegou a hora dos votos.
- Eu, Príncipe Cacíano Irving White aceito você, Princesa Anelise Roberts Baker como minha legítima esposa, prometo ama-te e respeita-te em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe. - Uma lágrima escorreu de meu olho.
- Eu, Princesa Anelise Roberts Baker aceito você, Príncipe Cacíano Irving White como meu legítimo esposo, prometo amar-te e respeitar-te em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe. - Ele sorriu. Fizemos a troca de alianças.
- Pode beijar a noiva. - O padre disse. Cacíano se aproximou e me beijou.
A comemoração do casamento estava perfeita. Todos do reino estavam presentes e nos presentearam com muitas coisas.
Quando a festa acabou todos foram para suas casas, meus pais logo foram embora, Anastácia insistiu em ficar para ver Alef. Eu não gostava da idéia dela continuar o vendo.
- Agora estamos casados! - Eu disse quando chegamos em nosso quarto.
- Esperei esse momento durante toda a minha vida. - Ele disse e me beijou.
Anastácia
Já era tarde e eu não conseguia dormir, levantei de minha cama e peguei a luminária que iluminava meu quarto. Desci até o calabouço, vi um guarda dormindo com as chaves.
Como todo o cuidado possível, peguei as chaves e fui até a cela de Alef.Ele estava dormindo. Abri a cela e entrei, ele se assustou com o barulho que fiz e acordou.
- Ahn? O que você está fazendo aqui? - Perguntou levantando. Deixei a luminária no chão.
- Eu... eu...
- Você não pode ficar aqui. Se te descobrem...
- Por favor, fique quieto. - Digo me aproximando dele e tentando acalmá-lo. - Eu precisava ver você. Já que, não tive tempo hoje.
- Porque você insiste em me ver todos os dias? - Pergunta. Sinto meu coração acelerar.
- Você realmente não sabe, Alef?
- Não, não sei. Não dá para entender, eu só fiz coisas rui... - O interrompo com um beijo. Eu não pensei muito, apenas fiz.
Sinto ele pôr uma mão em meu rosto e a outra em minha cintura. Me afasto.
- Me desculpe. - Quando viro para ir embora, sinto ele segurar meu braço.
- Fique. Por favor. - Olho para ele por alguns instantes e dou um sorriso.
- Então, estes são seus aposentos, jovem cavaleiro. - Digo sorrindo.
- Sinta-se em casa. - Vejo ele sorrir também.
- É bastante confortável. - Sento no chão, ele faz o mesmo, ficando ao meu lado.
- Como foi o casamento? - Pergunta amigavelmente. Ele parecia ter mudado um pouco esta semana.
- Maravilhoso. Em breve será a coroação. Todos do reino estão ansiosos. - Digo entusiasmada. - Lise quer que eu viva no palácio, mas fico preocupada com o mercado de nossos pais.
- O que seus pais acham?
- Eles querem muito que eu venha morar aqui.
- Então, venha. - Ele dá um sorriso rápido.
- Poderia pensar. Lise ficaria feliz em me ter sempre aqui.
- Eu também ficaria. - Olho para ele. Ele se aproxima e me beija. Eu estava tão feliz.
- Alef?
- Sim?
- Você quer ficar comigo? - Ele me olha e sorri.
- Sim. Mas teria que ser digno. Já fui tantas coisas ruins em minha vida. Dessa vez, por você e para você, eu quero ser digno.
Depois de muito tempo conversando, ele me abraça e encosta sua cabeça em meu colo, encosto minha cabeça na dele.
- Eu amo você. - Sussurro, mas ele já estava dormindo.
No dia seguinte, acordo com algumas batidas na grade da cela. Vejo Anelise e um guarda. Coço os olhos e vejo que Alef também tinha acordado.
- Anastácia, você não pode estar aí dentro. Ele é um prisioneiro. - Disse Anelise.
- Lise, calma. Ele não fez nada. - Digo. Olho para ele e dou um sorriso. - Volto para lhe ver.
- Vou esperar. - Ouço antes de sair e o guarda trancar a cela.
Eu e Anelise vamos para uma sala reservada.
- Ana, você não entende? Ele é perigoso.
- Anelise, ele não é perigoso. Você viu que a cela estava aberta o tempo todo, não viu? Se ele quisesse fugir, teria feito. Mas não, ele escolheu ficar na cela, comigo. - Cacíano entra na sala.
- Eu soube o que aconteceu. Anastácia, você pôs sua vida em risco.
- Anelise, Cacíano... eu sei o que Alef fez... mas... e se ele se arrependeu? Se ele provar que será leal ao reino novamente, que não fará nada contra Aurora. Poderiam solta-lo, não poderiam? - Anelise olhou para Cacíano.
- Se ele realmente se arrepender de tudo, poderíamos liberta-lo. - Disse Cacíano. Sorri. - Mas não conte nada a ele. Se ele souber da possibilidade, poderia fingir ser leal.
Corri para abraçar minha irmã, eu estava tão feliz.
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A Princesa Perdida
RomansaAnelise é uma jovem plebeia de 21anos que é apaixonada pelo Príncipe Cacíano, desde a sua infância. O casamento está próximo e o trono a espera, mas uma bruxa, com a ajuda do irmão mais velho e indigno do Príncipe, a envenena, mandando Anelise para...