Capitulo 10

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Ainda era um pouco cedo, depois do café da manhã quando fui surpreendida com a carta de Laura, o que me deixou bem menos preocupada, mas foi exatamente como temia, seu pai estava muito ruim, ela me atualizara pela chegada e sobre o infortúnio que tive com a chegada de seu irmão. Li a carta junto com Felipa na biblioteca.

– O que respondo? Estou morta de vergonha.. – admiti.
– Angie só agora você percebe?! – disse Lipa rindo.
– E pior que a condessa ainda quer que tomemos um chá qualquer dia desses! – disse absurda.
– Não é tão ruim assim, as vezes ela só quer saber quais são suas intenções com o Sr. Vila Nova – continuou rindo Felipa irônica .
– Para com isso Lipa! isso não são horas, cria coisas em sua cabeça que não existem. – reclamei com ela.
– Nossa, está bem já entendi, explique a ela o ocorrido e seja cortês. – solucionou Lipa.
Dando ouvidos a Felipa peguei o papel sentei com a mesa larga da biblioteca a minha frente e comecei a escrever:

Querida Laura
Que bom que você está bem, e sinto muito pelo Conde Vila Nova, diga a Condessa que breve quando a situação melhorar tomaremos um chá. Quanto ao ocorrido, não esperava a chegada de meu irmão tão cedo e me assustei ao ouvir barulhos de madrugada em casa, pois papai já tinha partido para Belliz, e como não poderia ser ele ou meu irmão, achei que fossem assaltantes e para me defender ataquei o primeiro que vi ou seja o seu irmão, também não havia o reconhecido, por certo já faz anos que não o vejo, tudo não passou de um mal entendido. Peço que perdoe este tipo de comportamento, o mesmo pedi ao seu irmão.

P.S: Está sabendo do jantar na casa dos Mendonça Torres?

Atenciosamente
Angelina A. de Bragança.

– Pronto, terminei – disse por fim olhando para Felipa e colocando um ponto final na carta.
– Felipa entregue ao seu Bosco para enviar a fazenda três leões– disse sorrindo satisfeita entregando para ela.

Já na sala Felipa entrega a carta a seu Bosco que acata imediatamente o meu pedido fazendo-a voltar para a biblioteca logo em seguida.

– Acha que Gregory ficará desta vez por mais tempo? – me perguntou.
– Não sei , acredito que esteja dependendo de como se resolvam as coisas para o Sr. Queirós Vila Nova, já que são tão amigos. – contestei.
– O que acha de irmos ao jardim? Faz sol e gostaria de me aquecer um pouco, depois desse inverno tão rigoroso que tivemos, é um pecado ficarmos dentro de casa. – disse contente com um olhar de suplica para Lipa, que me acompanhou até o jardim.

– Angie você falou com dona Rosa sobre o que preparar para o almoço? – me perguntou Lipa.
– Não ainda, mas já que lembrou bem pensado, não quero que Greg saia do escritório como um louco de fome  e não tenha nada servido a mesa . – disse puxando-a pela mão arrastando até a cozinha.

Na cozinha pelo o que pude perceber as coisas já estavam a meio caminho andado, dona Rosa sabia perfeitamente os gostos de Gregory e sempre preparava-lhe algo do seu agrado, aquele cheirinho de comida boa inundava as quatro paredes e nossas narinas de tão deliciosa que poderia estar.

– O que está preparando dona Rosa? – Felipa perguntou.
– Ah, o prato que o Senhor mais gosta, Lombinho recheado! Não faço desde que era pequeno, ele e o senhor Queirós Vila Nova adoravam. – disse me piscando o canto do olho com satisfação.

– Não entendi francamente essa picadela de olho – pensei comigo. – Será que só por que pedi para que preparasse um bolo outro dia ao senhor Vila Nova dona Rosa estava supondo coisas?! Era só o que me faltava! – terminei meu raciocínio incrédula.

– Ótimo – respondi. – que horas será servido?
– Daqui a duas horas – me respondeu dona Rosa.
– Vamos avisar ao Greg no escritório – me chamou Lipa.

Descobrindo o Amor - Livro 1 da série     #Apaixonadas em Vila RealOnde histórias criam vida. Descubra agora