Capitulo - 3

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   Puxe o freio de mão, saindo do carro em seguida. Hoje eu iria jantar com Hayley em um restaurante que nos duas amávamos. Ter comida mexicana como favorita, era uma das poucas coisas que nos tínhamos em comum, ela era aquele tipo de garota que tem preto como peça principal em seu guarda roupa, não perde um monte de fazer algum tipo de piadinha, que dança no meio de uma loja quando sua musica favorita toca, é estranho porque eu sou completamente o oposto, em quanto ela fumava na porta dos fundos do colégio, eu passava horas na biblioteca estudando. Hayley uma vez no ensino médio insistiu que eu ficasse vigiando a porta da sala da radio estudantil, em quanto ela colocava a play liste do Bon Jovi para tocar, sua grande paixão, não preciso nem dizer que aquilo terminou em duas semanas de suspensão, o que para ela foi ótimo, já para mim, não digo o mesmo. Quando decidir vir para o Norte da Califórnia, ela ficou uma semana sem falar comigo e um dia antes de parti, apareceu no apartamento dizendo que o quanto seu ex-namorado Ethan era um idiota, que mandaria ele para o inferno junto com essa cidade e viria comigo, naquele dia eu perdi as contas de quantos palavrões ela citou todas as vezes que pronunciava Ethan na mesma frase.  Mesmo com todas as diferenças, eu sou muito grata por tê-la na minha vida, acho que não conseguiria sobreviver à vida totalmente nova, se ela não estivesse ao meu lado me ensinando palavrões novos ou que chora por namorado não se vale a pena quando sem tem caras melhores andando na rua a sua espera.  

    Avistei Hayley sentada no banco próximo às janelas, concentrada no celular, ela passava seu dedo sobre a tela rapidamente, digitando algo. Sentei a sua frente em uma cadeira de madeira, marrom chumbo.

– Eu juro que se você demorasse mais alguns minutos eu iria embora. – Colocou o celular sobre a mesa virando para me encarar com seus olhos verdes, como esmeraldas. Seu cabelo castanho com mechas mais claras, que ela havia feito no verão passado, estavam preso em um coque mal feito, que deixava mechas soltas em volta de seu rosto, no topo de sua cabeça vi a ponta de um lápis.

– Prendendo seu cabelo com um Lápis de novo? – A Fitei. Ela usava uma camiseta branca com um V em sua gola, que deixava à mostra as alças de seu sutiã lilás junto de calças jeans azul.

– Isso não é ótimo? Uma das únicas vantagens de ter um lápis! – Debochou.

– Se não se importa, eu gostaria de fazer o pedido hoje! – Bateu suas mãos animadas, levantou sua mão fazendo gestos, chamando um rapaz com cabelos bagunçados logo à frente.

– O que gostariam de pedir? – Perguntou, sorrindo, em uma de suas mãos estava um bloco de notas, ele vestia uma calça social preta e camisa branca, que vinha abaixo de sua de sua cintura, provavelmente não era do seu tamanho, a camisa co acima do bolso esquerdo, um crachá vermelho arredondado com letras brancas marcava seu nome: Louis.

– O que você sugere? – Ajeitou-se na cadeira, fitando o garoto. O jeito que ela o olhava como se fosse estivesse pronta apara avançar era engraçado já que há duas semanas passada Hayley fez um juramento que não iria se relacionar com ninguém até o fim do ano. Nunca levei a serio suas promessas, quando se trata de garotos ela sempre quebra. Pressionei meus lábios, segurando o riso.

– Tortilla é nosso prato do dia. – Disse o garoto, animado.

– Ótimo! Pode trazer, para beber duas coca-cola zero. – Exibiu um sorriso grande. O garoto anotou e seguiu até o balcão próximo entregando o papel para outro rapaz.

– Hayley você odeio Tortilla. – Soltei o riso, que estava preso.

– Não! – Ela colocou suas mãos em defesa. – Eu odiava o garoto antigo que nos servia Tortilla, agora eu posso começar a amar. – Sorriu. Apontando seu dedo indicador para mim – Não me olhe assim.

– Olhar como?

– Assim, me crucificado! Eu me lembro da promessa, mas você sabe! Eu não consigo! – Deu uma pausa. – Será que Deus esta fazendo me passar por algum tipo de um teste? Sabe, se eu consigo me segurar perto de sacos ambulantes com pênis! – Aquilo foi à gota da água, gargalhei alto, sentindo as lagrima brotar nos meus olhos.   

      Louis trouxe nossos pedidos, seguimos conversando se deliciando com os nossos pratos, Hayley agora tentava ignora Louis que parecia não entender, nem eu entenderia se alguém flertasse comigo e minutos depois me esnobasse como ela estava fazendo. Ela permanecia focada, dizendo que dessa vez nenhum saco humano por, mas maravilhoso que fosse, iria a fazer quebrar essa promessa, eu apenas ria e dava apoio moral para minha melhor amiga.

– Eu estou sendo uma amiga horrível né? Vamos lá, fale de você! Já pegou o Benjamin bonitão? – Sentir a coca subir pelo meu nariz, queimando logo em seguida, tossir a olhando, Eu e Benjamin? Aquilo era tão ridículo e ela sabia que não nunca iria acontecer algo, mas era como se ela fizesse isso todas às vezes para me provocar.

– Porque você sempre tem que fazer esse pergunta desagradável? – Peguei um guardanapo sobre a mesa, limpando as gotas de coca na minha boca. 

– Se você pudesse ver sua cara, você entenderia. – Gargalhou, levando o garfo com pedaço de tortilla a sua boca. Com a mão esquerda, levantei o dedo do meio, ela apenas deu de ombro sorrindo com sua boca cheia.

          Havíamos terminado de comer, quando o celular de Hayley vibrou sobre a mesa, ela o pegou visualizando.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.

– Não, só que preciso ir para loja agora, Allison ficou doente e adivinha só que vai ter que cobrir o turno? – Disse com raiva. Hayley trabalhava em uma loja de CDs e Vinil no leste da cidade, e não era nenhuma novidade ela tendo que sair às pressas para cobrir o turno de alguém, na verdade eu estou até acostumada todas as vezes que saímos ela ou eu sempre acabamos deixando uma ou a outra, por conta de emergência no trabalho.

  Ela pegou minha mão sobre a mesa segurando-a.

– Eu sinto muito Liz. Eu sei que hoje iríamos ser só eu e você como nos velhos tempos. – Deu uma pausa. – Mas eu realmente preciso ir.

– Tudo bem. – Coloquei minha mão sobre a sua. – Isso acontece.

– Não, isso é tudo culpa da Allison! – Sorriu. – Nada de fazer algo divertido sem mim! – Pegou sua bolsa em seguida beijou minha testa, partindo. 

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