(A musica do capitulo ta logo ao lado, quem quiser ler ouvindo, recomendo.)
A porta bateu ao fundo com Sebastian passando e emburrando com o pé logo atrás, ele veio ao meu encontro apoiando duas caixas que estavam nos seus braços e seguida retirou do bolso minhas chaves jogando no balcão.
— Você realmente não vai conta o que aconteceu? – Sentou no banco a minha frente.
— Já disse que não tenho nada pra contar. – Segurei o copo firme guardando na prateleira, já podia sentir uma pontada de dor brotando no ombro esquerdo por conta de todo aquele movimento repetitivo.
— E o que seu carro estava fazendo largado a 13 km da sua casa? – Me fitou sério. – Elizabeth se tem alguma coisa acontecendo de errado você pode me contar.
— Eu sei, se algo de errado estivesse acontecendo - Olhei para o seu rosto, havia duas rugas de preocupação na sua testa, eu estava ficando cansada de todas aquelas perguntas sobe o que tinha acontecido naquela noite, eu só precisava esquecer tudo aquilo. Se é que seria possível. – Eu só sair com um cara e a gente queria um pouco de privacidade.
— O que você quer dizer com privacidade? - Um sorriso malicioso se formou em seu rosto, ergui uma das sobrancelhas e automaticamente sua mente foi poluída por pensamentos inapropriados.
— Alguém anda aprontado por aí.
— Quem anda aprontado? – Disse Dixon saindo das portas ao fundo.
— Cara você não vai acreditar. – Sebastian aproximou dele passando os braços no seu pescoço entrelaçando.
— Liz? – Dixon completou rindo.
— Quer saber? Vão para inferno vocês dois. – Seguir ate a porta de dos fundos ao som das risadas dos dois. Eu estava de saco cheio de tantas mentiras, porem dizer a verdade e sofrer a lembrança daquele maldito dia era algo que eu não estava preparada, não por em quanto.
Peguei o casaco no armário e a bolsa ao lado, o turno havia acabado e dores por todo o corpo ja começavam a brotar, era comum porem eu acho que nunca iria me acostumar. Empurrei a maçaneta de ferro fria da porta a frente sentindo o brisa fria de julho, avistei o meu carro estacionado do outro lado da rua. Sebastian havia estacionado estrategicamente em um espaço onde poderia ter cerca de mais três carros, talvez achando que eu não fosse capaz de retirar se estivesse próximo a outros carros, não que eu não fosse capaz de fazer, mas agradeci por ele ter pensado e me poupado o trabalho.
Dois dedos gelados tocaram meu braço, esperando encontra com Sebastian, Dixon ou quem quer que fosse com mais alguma piada desagradável virei me deparando com dois olhos negros me encarando.
— Você anda me seguindo? – Disse o olhando.
— Talvez. - Um pequeno sorriso formou em seus lábios.
— Isso é realmente uma droga, porque você não vai conseguir nada de interessante. - Debochei.
— Acho que você esta totalmente enganada. – Zayn ergueu uma de suas sobrancelhas, sorrindo. Rolei os olhos dando de costas, atravessei a rua correndo ate o carro, logo atrás ouvir os passos firmes de Zayn me seguindo, virei o rosto para encara-lo, ele se aproximou do carro apoiando suas costas com suas mãos no bolso da jaqueta. Ele mexeu seus dedos no bolso retirando algo de dentro.
— Você esqueceu isso no carro. – entregou o celular. Meu celular. Nesses últimos dias não havia passado na minha cabeça nem que ao menos eu tivesse um celular. Estendi a mão, pegando.
— Obrigada.
— Nesses últimos dias andei pensando de que forma você poderia me retribui todas as coisas que já fiz para você. – Olhei seu rosto, incrédula pelo que ele tinha acabado de dizer.
– Fica tranquila, você não será minha escrava sexual ou coisa do tipo.
— Escrava sexual? – interrompi, sentindo minhas bochechas queimar, para onde ele estava levando essa conversa?
— Ainda não. – Olhei seu rosto ele parecia esta se divertindo de toda aquela situação, com o canto de seus lábios curvados quase em um sorriso. No bolso sentir o chaveiro do molho de chaves, posicionei a chave do carro, abrindo a porta despojei meu corpo no acento, puxando a porta em seguida, porem ela continuava aberta, os dedos se Zayn seguravam firme a porta, ele abaixou sua cabeça me olhando nos olhos, por um longo momento me sentir totalmente tomada pela escuridão dos seus olhos.
— Quando eu pensar em algo, te procuro. - Sua voz suou suave ao fundo, seu corpo se recompôs em seguida ele bateu a porta me fazendo sair de transe. Olhei pelo retrovisor vendo seu corpo desaparecendo ao fundo. Sua voz sussurrando "te procuro" bateram na minha cabeça, sentir um frio subir por toda a minha espinha, ele simplesmente sabia onde me encontra e eu não fazia ideia de quem ele era. O medo tomou conta de mim, me culpando por ter entrado naquele maldito carro naquele maldito dia, mas que escolha eu tinha?
Mora sozinha tem suas grandes desvantagens, como ter que pagar todas as suas contas sozinhas, lidar com a solidão naqueles tão sagrados e infelizes dias de TPM e a pior de todas arruma todas as suas bagunças, eu conseguia viver com toda a minha bagunça, mas quanto mais você acumula, tudo vira uma bola de neve e terá dias que você simplesmente não vai encontra suas próprias calcinhas. Hoje era a minha folga e depois de acorda com o sol raiando e invadindo todo o quarto, já era possível ver todo o resultado do sofrimento. Joguei todos os papeis imprestáveis no saco, amarrando-o, analisei todo o apartamento feliz pelo trabalho bem feito.
Abri a porta, segurando com o pé esquerdo, peguei os dois sacos pretos ao lado, seguir até a porta de saída do andar, ouvindo minha porta bate ao fundo. Empurrei com as costas a porta de saída jogando os dois sacos em duas lixeiras grandes que continua uma placa na parede atrás “DESPEJE O LIXO AQUI” com uma seta apontando logo abaixo.
Um barulho de dedos dedilhando um violão se fez ao fundo, olhei em volta do lugar escuro e empoeirado, apenas iluminado por lâmpadas na parede ao lado de cada estava escrito grande o suficiente para ser notado “SAIDA DE EMERGENCIA” em vermelho, o barulho vinha de cima, subir as escadas até o andar de cima, mas o som continuava distante, continuei subindo a escada seguinte que agora se encontra a esquerda, o som agora havia se transformado em uma musica lenta, tentei busca na minha mente se eu conhecia aquela musica, mas era impossível identificar.
Continuei subindo, sentindo os músculos de a perna contrair a cada passa dado, o som agora se tornava nítido e alto o suficiente, a frente não havia mais escadas apenas uma grande porta com “TERREO” escrito. Cansada de todos aqueles degraus subidos imaginei como seria para descer tudo aquilo novamente, e uma dor gritou no joelho esquerdo só de imaginar, seguir até a porta com a respiração ofegante, curiosa para saber de onde vinha o som, segurei a maçaneta girando-o, a porta se abriu revelando uma imagem que eu nunca havia visto antes ao fundo podia-se vê vários prédios e casas quase pequenas demais para ser notadas. No canto esquerdo um cara estava sentado encostado com as costas no muro pequeno que protegia a margem, com jeans escuros e uma camisa branca, e um chapéu preto com seus cabelos ondulados ao ombro juntos de botas pretas, aquelas mesma botas desgastadas. Era Harry. Ele estava concentrado dedilhados seus dedos no violão preto, concentrado demais para me notar ali, ele sussurrava algo que eu não conseguia ouvir de tão longe, sentir vontade de correr e se sentar ao seu lado e ouvir o som perto o suficiente, porem seria invadir demais sua privacidade, mas eu queria ficar ali esse era o problema. Um barulho do meu celular vibrando em seguida tocando Look After you de The Fray se fez no lugar, sentir minhas bochechas queimar imediatamente, Harry virou seu rosto e me encarou exibindo um sorriso apaixonante a me ver. Fechei a porta deslizando minhas costas sentando no chão, envergonhada. Na tela do celular exibia “ANJO DA GUARDA” deslizei o dedo sobre a tela.
— Alo? – Sussurrei, na esperança de que Harry não pudesse me ouvir e quem sabe pensar que aquela imagem de mim o olhando fosse apenas obra da sua imaginação.
— Cheguei a uma conclusa de como você ira me pagar todas as coisas. – A voz de Zayn se fez ao fundo. Sentir meu coração pulsar forte como se fosse rasgar meu peito e sair voando.
— E como seria? – Respirei fundo tentando controlar ansiedade e nervosismos dentro de mim. Aguardando a sua resposta.
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Free Falling
FanfictionSegurei seu braço firme, ele me olhou com seus olhos grande e prestativo, seu olhar de piedade sobre mim me fez lembrar de todas as vezes que nos falamos, conversamos ou até mesmo brigamos, meu coração pulsava firme querendo salta do meu peito, anal...