Capitulo - 8

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(Musica do capitulo se encontra ao lado. Boa leitura!) 

O relógio batia a cada segundo e o nervosismo dentro de mim tomava conta de todo meu corpo junto de uma ânsia que a cada dois minutos e trinta e três segundos subia sobre a minha garganta. Fui ate o banheiro com passos firmes, eu preciso me acalmar repetir na minha mente, não poderia ser tão ruim assim, o reflexo no espelho refletia alguém diferente, que nem a própria podia conhecer. Passei o polegar no canto da boca retirando o borrado do batom vermelho. Ao lado o celular vibrou com uma nova mensagem de Zayn.

     "Estou à espera."

Respirei fundo, afastando para longe todos os pensamentos seguindo de encontro com condutor da minha noite.

  Seus longos dedos batiam em um ritmo constante no volante formando quase uma canção, todo aquele som repetitivo só estava trazendo a tona o nervosismo que expulsei de mim minutos atrás. Olhei seu rosto, ele esta focado na rua a sua frente, abaixo atrás do seu pescoço a ponta de sua tatuagem saltava da camiseta, as pontas dos meus dedos latejaram com vontade de tocá-la, mas me contive. Zayn virou em minha direção me olhando alguns segundos, então levantou o canto de sua boca sorrindo e foi ai que percebi que talvez a noite de hoje não fosse tão ruim assim, que o meu maior perigo seria eu mesma.

  Os minutos passaram lentamente e continuáramos em silêncio por todo o percurso, ele dirigia virando algumas ruas mostrando um caminho daquela cidade que eu nunca havia visto. Todo o caminho era composto por fabricas, grande parte abandonadas com vidros quebrados e alguns abreviações de letras escritas nas paredes, uma delas estava no ponto de um dos prédios isso me fez pensar porque uma pessoa subiria tão alto apenas para deixar suas inicias, parecia tão patético e inacreditável se contar pelo prédio que deveria ter cerca de 10 metros de altura.  Zayn diminuiu a velocidade parando o carro em frente a um dos prédios.

— Antes que você pergunte, vamos precisar para aqui. - Deu uma pausa olhando em voltando, puxando o freio de mão em seguida. Não entendi o motivo, mas não fiz questão de perguntar. Ele saiu do carro parando em frente a minha espera, com as mãos nos bolsos de sua jaqueta, com um movimento de cabeça insinuou para que eu saísse. Sai do carro indo ao seu encontro, um frio subiu no meu estômago junto com uma ansiedade.

— Se você esta esperando um cavalheiro hoje à noite, não sou esse tipo de cara. - Ergueu uma de suas sobrancelhas me olhando. Sentir uma vontade de dar um murro em sua cara.

— Se você acha que sou o tipo de garota que espera cavalheirismo de algum homem, está muito enganado. – Debochei dando de costa e seguindo até o outro lado da rua. Não fazia ideia de onde estava ou se quer para onde iríamos, mas eu só precisava fugir da sua frente antes que a ideias de esmurra-lo surgisse em minha mente novamente.

    Olhei para o lado e ele estava lá sorrindo, como se não tivesse feito nenhum esforço para me alcançar.

— Você não faz ideia do porque te convidei hoje? – Caminhava do meu lado.

— Espero que não seja sobre aquela conversa de escrava sexual. – Sorrir, dando um murro de leve em seu ombro. Ele me fitou serio, colocando sua língua entre os dentes sorrindo.

— Você tem que parar de sentir medo de mim. Não vou te causar nenhum perigo. – Deu uma pausa, me olhando de relance. – Talvez alguns problemas. – Respirei fundo, apoiando as mãos ao lado do corpo.

    Um grupo de pessoas virou à esquina a frente, junto de outras pessoas que seguia a mesma direção, o mesmo caminho que estávamos indo, aproximamos da esquina entrando-a se deparando com uma rua longa, com a neblina e a pouca luz era difícil ver o fim dela, os únicos feixes de luzes vinham de dois postes dos poucos que ainda funcionavam, seguimos até um galpão parando em frente. Um cara alto branco com algumas tatuagens nos braços e pescoço estava na frente de uma pequena porta que dava acesso ao local, algumas madeiras estavam presas no topo da porta deixando apenas a parte de baixo liberada. Zayn fez um movimento de cabeça que foi repetida pelo cara a nossa frente, ele passou pelo o cara pousando sua a mão nas minhas costas, seus dedos roçaram na parte nua do meu vestido, sentir uma fonte de energia se contagiar por todo o meu corpo, ele me empurrou suavemente me fazendo abaixar e passar na porta entrando no galpão.

  O local era sujo e abandonado, havia alguns buracos no chão, aquilo me fez odiar a ideia de ter usado um maldito par de saltos, Zayn passou a minha frente sorrindo.

— Eu deveria ter avisado onde você estava se metendo. – Ele foi em direção de uma porta a frente revelando um corredor com uma escada de ferro enferrujado a esquerda, ele subiu a escada e eu o seguir, um musica abafada veio de cima, Zayn entrou no local em seguida me ofereceu a mão, segurei-a e ele me ajudou com os últimos degraus. O lugar era como uma boate proibida, escondida em um galpão velho. Sebastian iria odiar saber que havia concorrência e das grandes.

    Zayn seguiu andando atravessando algumas pessoas na pista dançando, acompanhei seus passos como se fosse seu cão de estimação. O lugar era como uma sala grande, composta de pessoas dançando na pista ao som de uma banda tocando no palco a frente, ao lado havia algumas mesas e um balcão grande, provavelmente o bar a direção que estamos seguindo. Seguimos ate uma mesa redonda, despojando seu corpo em um dos acentos, e eu fiz o mesmo meus pés imediatamente gritaram de alivio. Zayn enfim retirou as mãos do bolso apoiando elas sobre a mesa.

— Todas as garotas que você encontra perdidas costuma trazer nesse lugar? – Perguntei sorrindo.

— Na verdade não, só aquela que preciso ficar de olho.

    Sentir minhas bochechas queimarem imediatamente, olhei para a pista desviando a tensão que estava rolando no momento.

— Zayn! - Uma voz feminina gritou. Uma garota ruiva com um par de olhos negros veio em nossa direção, com uma blusa preta e um short curto.

— Broke. – Zayn exibiu um sorriso grande ao vê-la, sentir um sentimento intimidador dentro de mim, como se uma pontada de ciúmes estivesse proto para me tomar por inteira. O que naquele momento era ridículo.

— Cara você anda sumido. – Analisei-a de perto, sua aparência era ainda mais bonita, sua pele branca como neve e um par de sardas nas suas bochechas como uma boneca de porcelana se não fosse pelos seus braços cercado de tatuagens.

— Tive alguns trabalhos a fazer. – Disse despojando suas costas na cadeira.

— É eu fiquei sabendo. Na verdade todos já estão sabendo. – Broke virou seu rosto em minha direção sorrindo – Brooke – Jogou uma de suas mãos na minha frente.

— Elizabeth – Eu disse, entendendo uma das mãos apertando a sua gentilmente.

— O que irão beber? – Disse retirando um bloco de notas do bolso de seu short.

— London eyes. — Disse Zayn sem tirar os olhos de mim, sorrir lembrando que aquele era o nome da bebida que ele havia me pedido quando eu estava na posição de Brooke semanas atrás.

— O mesmo. — Ela me analisou e deu um grande sorriso e então saiu em meio à multidão.

— Posso fazer uma pergunta? — Me fitou, seu maxilar se contraiu. Fiz um aceno de cabeça afirmativo e ele então continuou. — Há quanto tempo você se mudou para Califórnia? – Ele apoiou os braços na mesa, batucando os dedos na mesa no ritmo da musica ao fundo.

— Como você sabe? – Dei uma pausa o analisando, ele me olhou sem entender. Uma ruga surgiu no meio da sua testa. – Que eu não vivo aqui a minha vida toda.

— O seu sotaque não é originalmente daqui.

— E, o que você entende de sotaque? – Debochei.

— Quando você tem a vantagem de viajar pelo mundo e conhecer cada canto por menor que seja você ira saber diferenciado cada sotaque. – Senti uma inveja dentro de mim imaginando todos os cantos que ele podia ter viajado, não poderia ser muitos a conta pela sua idade que seria cerca de no máximo vinte e três anos não mais que isso.

    Brooke veio em nossa direção com uma bandeja que havia alguns copos com o nosso pedido, ela colocou todos os copos na mesa, cerca de 10 copos pequenos e então saiu, Zayn separou os copos colocando cinco enfileirados para cada lado da mesa.

— Vamos vê se você só serve bebida ou sabe beber também. – Sorriu.

— Isso é um desafio? – Ergui uma das sobrancelhas. – Tem certeza disso?

— Cada um faz uma pergunta, quando não quiser responde, vira o copo. Tudo bem para você? – Me olhava com um leve sorriso no rosto.

— Tudo bem. – Disse confiante, uma ansiedade tomou conta de dentro de mim, uma onda de perguntas surgiu na minha mente, eu queria saber tanta coisa sobre ele e ao mesmo tempo não, era como se o prazer de todo aquele mistério estivesse prestes a acabar. 

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⏰ Última atualização: Jan 05, 2015 ⏰

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