Acordei com a cabeça latejando.
Olhei em volta e percebi que continuava no passado.
Nada mudou, então.
Me levantei um pouco zonza para abrir a janela, dando uma de "vampira se queimando no sol" e desistindo.
Era nessas horas que um anel ajudava.
Calma que The Vampire Diaries ainda não existe, Luana.
Mas tem Buffy:A Caça Vampiros, o que me anima um pouco já que tem o Angel.
Do que eu estava falando mesmo?
Ah, da ressaca.
Me levantei e percebi que estava com uma roupa diferente–espero que tenha sido Molly–e com a maquiagem borrada.
Eu odiava cerveja é realmente não sabia o porque de ter aceitado.
Acho que um futuro "melhor" está me subindo a cabeça.
Acho que não tem um futuro melhor.
É, to até me contradizendo.
Fui até o banheiro e tomei um banho, re-descobrindo minha enxaqueca–que iria ser confirmada daqui a quatro meses.
Me enrolei na toalha, coloquei um pijama e dormi.
Mas dormi muito.
(...)
Estava com Molly no Viena–meu refúgio depois da minha irresponsabilidade e cara de irritação dos meus pais–tomando uma coca-cola enquanto apreciava as pessoas andando.
Nunca havia parado realmente para observar a despreocupação de algumas pessoas no Rio.
Molly tirou-me de meus devaneios, cansada de aguardar o momento certo para sua animação.
Eu acho que to afim do cara.-disse ela e eu fiquei confusa.
Que cara?-perguntei e ela bufou.
Arthur.-disse ela e de repente eu dei um pulo.-O que foi?
Nada.-disse sorrindo.
Então foi assim que eles se conheceram...touché.
Por que você está sorrindo?-disse ela e de repente riu.-Tá, eu adorei o jeito dele e tal.Mas nem sei se vamos nos encontrar novamente...
Não pegou o número dele?-perguntei e ela negou.
Não.-disse ela.-Esqueci.
Anta.-disse dando um peteleco na sua cabeça.-A gente vai encontrá-lo.
Promete?-perguntou ela e eu sorri.
Eu prometo.-disse e ela sorriu.
(...)
No penúltimo dia de feriado que eu tinha, resolvi ir à loja de CD's.
Vi o que tinha de novo,me deparando com Felipe Dylon, um dos Discos mais vendidos dali.
Sorri por estar relembrando uma época onde existia Felipe Dylon e seu jeitinho romântico.
Peguei um fone de ouvido na sessão de rock e comecei a ouvir Green Day, desistindo porque havia me lembrado do ocorrido no carnaval.
Fui até a sessão da Britney Spears e comecei a ouvir toxic, sentindo uma leve nostalgia.
*Coloquem a música e se permitam um momento de vergonha alheia que nem a Lu.
De repente percebi que estava dançando e nem liguei.
Baby can't you see, I'm Calling...-continuei cantando até que alguém me pediu pra parar.
Você não canta mal e nem nada assim, mas...temos clientes além de você.-disse o cara e eu olhei em volta, vendo apenas três pessoas.
Dei um sorriso forçado e peguei um CD.
Paguei e saí da loja.
(...)
No meu último dia de feriado, Molly e eu passamos o dia no meu refúgio pesquisando–ela–sobre o boy misterioso, nomeado de Arthur.
NINGUÉM DO MEU ORKUT CONHECE ALGUM ARTHUR!-gritou ela e eu comecei a rir.
Que tal a C.I.A?-perguntei e ela revirou os olhos.
Idiota.-disse ela.-Sabe, acho que vou desistir de uma vez e...
O celular dela começou a tocar.
Ela achou que fosse sua mãe, atendendo mal-humorada.
Já disse que To fazendo uma pesquisa com a Luana e tal...-disse ela e de repente se levantou, descrente.-Oi!
E começou uma conversa.
Arthur havia perdido o número dela, por isso não havia ligado.
Se você não virar de novo o marido dela no futuro, eu vou atrás de você.-pensei e sorri pela conversa dando certo.
Eu me lembrava que Arthur era completamente tímido em pontos que Molly era completamente louca.
Por causa disso eles eram fofos.
Molly mandou um beijo e ouvi uma risadinha tímida.
Molly desligou o telefone mais animadas do que nunca, quase pulando em cima de mim.
Eu amo a vida!-disse ela.-Eu amo o sol, a Lua, as estrelas...
Você não fumou nada estranho, né?-perguntei e ela riu.
Fumei a erva do amor.-disse ela e saiu do meu quarto, já que haviam 16 telefonemas de sua mãe.
Amor.-disse irônica e ri.-Tudo ilusão.
Sentei-me no computador e fiquei jogando.
(...)
Ela vai me dar um tapa na cara.-disse estagnada na porta do colégio, enquanto Molly tentava me empurrar.
Não vai!-disse ela e bufou, cansada.-Engordou, hein?
Obrigada.-disse pois eu era(sou) um palito de fósforo.
Depois de Molly nos jogar no chão–ela tentou me empurrar e conseguiu, mas acabou tropeçando no próprio pé–entramos no colégio.
Normal.-pensei.-Ninguém de cara feia para mim, nem querendo me bater.
Fui até o armário que dividia com a Molly–eu pagava sessenta e ela pagava sessenta e dois–e só faltava ela levantar um cartaz escrito "EU PRECISO ACHAR O ARTHUR".
Você vai achar.-disse pela milésima vez.-Ele já achou seu número.
Mas e se ele deletou?-disse ela.-E se eu não sou o que ele esperava ou...
Vamos parar de pensar sobre garotos?-perguntei.-Somos intelectuais o suficiente para falar de outras coisas.
Angel?-perguntou ela e eu bufei.
Sexo oposto.-disse.
Já sei!-disse ela.-Justin Timberlake!
Eu disse sobre assuntos intelectuais.-disse.-Que tal conversamos sobre Harry Potter?
Ainda não terminei de ler.-disse ela e eu bufei.
Lu-Luana.-disse ela e de repente percebi que estava bastante nervosa.
O quê?-perguntei, atônita.
O Arthur tá ali.-disse ela e eu me virei, vendo o Arthur.
Sorri.
Vai falar com ele.-disse.
Só se você falar com ele.-disse ela com um sorrisinho nos lábios e depois eu reconheci o garoto.
O garoto em quem eu vomitei.-disse e de repente raciocinei.-Théo!
Théo?-perguntou ela.-O garoto atrasado?
Sim!-disse e de repente respirei fundo.-Ele não deve lembrar...né?
Ela franziu o cenho e nós duas olhamos na direção dela no mesmo momento.
Théo olhou para mim e depois parecia segurar uma risada.
Ótimo, ele está rindo da minha cara.-pensei.Suspirei.
Não era uma impressão ou um dèja vu.
Eu realmente conhecia aquele garoto, que parecia que iria me zoar pelo resto da vida.
HELLLOOOO MEUS CARAMELOS!
Bom, postei mais um capítulo para vocês, ansiosos para mais!haha
Espero que tenham gostado!
Bjus caramelizadossss!
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Querido NÃO Diário
Teen FictionLuana é o exemplo de mulher bem sucedida na vida:tem o emprego dos sonhos, é desejada por homens que são os príncipes encantados de seus sonhos e tem um corpo que as mulheres vivem fazendo mudanças para ter;a palavra infelicidade não existe em seu v...