(5*) PARTE DOIS - A Pulsação

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Mais uma vez, nenhuma notícia

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Mais uma vez, nenhuma notícia. Dempsey, ligado ao tubo de solução intravenosa, dava a impressão de que o tranquilizante havia produzido efeito. Embora não dormisse, estava pelo menos sedado.

— Vamos tirar uma chapa de raios X amanhã e ver o que ele tem — explicou o veterinário. — Devemos ter os resultados ao fim do dia. De modo que, por que os senhores não vão para casa, enquanto mantemos Dempsey aqui e vemos o que podemos fazer para ele ficar bom?

— Eu quero ficar.

— Isso vai ser muito incômodo para o senhor, sr. Pickett. Não temos um quarto onde possa ficar e, para ser franco, os dois dão a impressão que não tiveram uma noite inteira de sono. Dempsey está levemente sedado e vamos conservá-lo assim. Mas vamos precisar de umas seis ou sete horas antes de podermos lhe dizer alguma coisa. Nossa técnica de raios X trabalha também em nosso hospital em Santa Mónica, de modo que ela nem vai estar aqui para examinar Dempsey até pelo menos 1 lh da manhã.

— Eu quero ficar. Os senhores têm um banco lá fora. E não vão me expulsar daqui se eu ficar lá, vão?

— Não, claro que não.

— Pois é lá que vou ficar.

O veterinário olhou para o relógio.

— Eu vou encerrar meu plantão dentro de meia hora e a veterinária do dia, Dra. Otis, vai cuidar do caso de Dempsey. Eu, claro, vou pedir a ela que acelere tudo que fizemos até agora e, se ela achar que há mais alguma coisa que queira tentar...

— Ela vai saber onde me encontrar.

— Certo.

O veterinário sorriu, seu segundo e último sorriso da noite.

— Muito bem. Espero sinceramente que tenha boas notícias de Dempsey e que quando eu voltar à noite nós dois possamos seguir felizes para casa.

TODD NÃO SE DEIXOU convencer a não ficar sentado ali no banco, mesmo que o mesmo ficasse a alguns passos do balcão da recepção, próximo da máquina automática de venda de refrigerante e o deixasse à vista de todos que entrassem ali nas horas seguintes. Marcos disse que voltaria com uma garrafa térmica de bom café e alguma coisa para comer e deixou-o ali.

A PARADA DE PESSOAS preocupadas começou cedo. Uns cinco minutos depois da saída de Marco, uma mulher aflita entrou, dizendo que havia atropelado um gato e que a vítima estava em seu carro, muito ferida e apavorada. Dois enfermeiros saíram com pares bem usados de luvas de couro e uma seringa de tranquilizante para acalmar a vítima. Voltaram com uma mulher em prantos e um cadáver. As autodefesas do animal em pânico haviam aparentemente esgotado as poucas energias que o corpo ferido ainda possuía. A mulher estava inconsolável. Fez um esforço para agradecer aos enfermeiros, mas tudo que conseguiu foi chorar. Naquela hora do rush houve mais seis acidentes, dois deles fatais. Todd observou tudo isso em um estado de estupidificação.

O Desfiladeiro do MedoWhere stories live. Discover now