Capítulo 12 - Não vou interferir!

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- Anna fique atrás de mim! – meu pai fala nervoso.

- Entrem no carro agora! – um grandalhão de óculos escuros fala. Um carro acelera e fica do nosso lado.

- Sua mãe não te deu educação? Abaixem essas armas e façam cócegas um no outro. Agora! Motorista, faça 100 flexões com um braço só. – falo para os três que queriam sequestrar o meu pai. Eles começam a fazer o que eu mandei...

- Papai! Que saudade! – abraço o meu pai que estava preocupado...

- Anna minha filha, me esqueço que você é como a sua mãe, vamos chamar a polícia e sair daqui. Tive tanto medo de te perder que agora que estou livre, tenho a sensação que nunca mais vou te deixar. – meu pai fala ainda abraçado a mim.

- Para por favor! – um bandido fala ao outro se contorcendo de cócegas...

- Anastácia! – escuto a voz de alguém que mandei ficar no hotel, Christian chega com os seguranças que estavam no carro e Taylor.

- O que está acontecendo aqui? – meu pai pergunta. Os seguranças de Christian e Taylor vão para prender os bandidos que tentaram pegar o meu pai.

- Papai esse é... – começo a falar e sou interrompida, detesto ser interrompida.

- Christian Grey, namorado da Anna. Prazer Sr. Steele. – ele não deveria ter falado isso. Nunca na vida quis manipular a mente do meu pai como agora, mas a única pessoa no mundo que não consigo manipular a mente é o meu pai....

- Você o que? – Meu pai lança um soco na cara do Christian e confusão começa. Os seguranças do Christian seguram o meu pai. Peço para soltarem e peço ao meu pai para parar...

- PAPAI! CHEGA! – falo gritando para ele sair de cima do Christian.

- Sr. Grey devemos prender todos? – Taylor pergunta segurando o braço do meu pai, tirando ele de cima do Christian.

- Chega, prendam esses três e chamem a polícia, eles tentaram sequestrar o meu pai e eu usei um lança perfume que tinha no bolso. – falo para justificar a maneira estranha que os bandidos estavam agindo.

- Lança perfume Ana? Normalmente usam spray de pimenta. – Christian fala limpando a boca suja de sangue do soco que o meu pai deu nele.

- Vamos para o hotel para conversarmos, pode ser? Já houve confusão demais para um dia. – falo e chamo um taxi... Mas Taylor deixa os bandidos com os três seguranças de Christian e nos leva no segundo carro para o hotel. Homens, se não fossem nós mulheres para resolver uma situação eles ficam perdidos... Já no hotel...

- Anna como você começa a namorar sem a minha permissão mocinha? E ainda por cima com um cara que tem a cara estampada todos os dias no jornal... Temos que ser discretos Anna, sabe disso, o que aconteceu com a sua mãe não foi suficiente para você ver que perigo corre? – meu pai fala, mas nunca sei de que perigo é esse. Nunca me contaram nada...

- Papai aconteceu ok? Eu não queria, mas aconteceu... Gosto dele, me sinto bem com ele... Não quero me afastar... – falo e meu pai me olha com doçura.

- Anna, gosta mesmo desse rapaz? Ele é mais velho... – fala e é muito cara de pau, Christian é cinco anos mais velho que eu, meu é dez anos mais velho que minha mãe.

- Velho papai? Quer que eu te lembre...? – começo a falar.

- Não... Sei o que vai dizer... Mas sabe que teremos que ir embora e recomeçar onde ninguém nos conheça, não sabe? Anna é perigoso, te protegemos a vida toda... – agora eu o interrompo.

- Papai, fugimos a vida toda e nunca soube porquê. Agora é diferente eu cresci e fiquei anos me virando sozinha. Tenho um emprego, uma amiga e alguém que não quero ficar longe. Papai, por favor não quero mais ficar fugindo. O que tiver que enfrentar, enfrentarei em Seattle, sei que não pode me contar, entendo, a mamãe morreu guardando esse segredo. Mas eu decidi assim e espero que você respeite a minha decisão. Não posso manipular sua mente e mesmo se pudesse não faria isso. Papai sei que não vai concordar, mas decidi que não irei mais usar meus dons. Hoje foi uma exceção para salvar a sua vida, mas não farei mais isso. Preciso de uma vida normal entende? – lanço sobre o meu pai uma metralhadora de informações.

- Anna como vai se proteger sem usar os seus dons? Chegaram a mim, facilmente chegarão até você se ficarmos juntos. Tenho um plano, mas vamos precisar ver os três que tentaram me sequestrar. – meu pai fala e não sabe que apague a mente deles antes de sairmos. Papai não sabe que meus dons se desenvolveram muito mais de quando era criança.

- Calma papai, já apaguei a mente deles... Sondei tb, mas não tive muito tempo, só vi um homem com uma cicatriz com o símbolo de vazio na testa, o mesmo símbolo que deixaram na casa com o sangue da mamãe. – me lembro de quando vi a casa, não sei o motivo nunca tive vontade de chorar por aquilo. Chorei com a falta da minha mãe, mas nunca pela forma monstruosa que achei a minha casa, será porquê? Tenho a sensação de logo terei essa resposta.

- Anna os seus dons se evoluíram tanto? Só sua mãe fez esse tipo de coisa. Sabe porque não consegue manipular a minha mente, quando tentou quando era pequena para eu deixar você assistir TV até mais tarde? Sou protegido, sua mãe quando casamos, me protegeu com um tipo de mantra, onde ninguém poderia manipular a minha mente, nem ela mesma. É como um tipo de evolução humana, não sei dizer. Eu não tenho dom como vocês, mas algumas coisas como pressentir o perigo, depois desse dia passei a ter. Filha entendo tudo o que me disse, mas agora eu quero que você me entenda... Toda decisão tem uma consequência, vejo que você quer muito essa vida, mas é uma vida que não posso participar... Anna terei que ir embora daqui de Montesano... Você terá que apagar a mente do seu namorado para que nem ele possa te colocar em risco, ele não podia saber da minha existência. Filha eu te amo muito, mas é o melhor a fazer e também prometi a mim mesmo e sua mãe que pegaria os responsáveis pela morte de Carla. – meu pai fala e entendo, mas dói depois de anos ficarmos novamente separados. E não vai adiantar eu voltar atrás e ir com ele, não permitirá, sabe que não serei feliz. Sei que é o certo a fazer, mas é injusto. Só posso chorar no ombro do meu pai. Depois de um tempo...

- Papai, não posso fazer Christian esquecer de você. Prometi a mim mesma nunca manipular a mente dele. E se pedirmos sei que ele não contará a ninguém. – falo enquanto o meu pai arruma a mochila. Trouxe muita coisa para ele, iria pedir que morasse comigo em Seattle, mas tudo mudou.

- Então chame esse namoradinho de merda que você arranjou... Pensei que você ia apagar da mente dele que soquei ele, mas será bom para ele saber que não deve brincar com a minha menina. – fala e sorrio, amo esse lado protetor do meu pai. Senti tanta falta dele que tudo o que ele faz eu acho lindo. E agora que ficarei sem ele não sei por quanto tempo, amo tudo o que ele faz. Saio do quarto dele e vou chamar o Christian... Chegando no quarto ele estava abrindo a porta para sair.

- Até que enfim, estava com gastrite de tanta preocupação. Como foi com o seu pai? Ele me odeia? Vou apanhar novamente? Não quero bater nele Anna... Acalmou a fera? – fala um tanto desesperado.

- Calma! Meu pai não te odeia, foi susto e ciúmes. Ele foi preso quando eu era uma garotinha, ficamos muito tempo separados. – falo e olho o canta da boca do Christian e o olho. Estão meio roxos, meu pai exagerou...

- Christian, meu pai quer falar com você, ele está indo embora. Quer pegar quem matou a minha mãe e não posso impedir. – falo e não consigo controlar as lágrimas.

- Anna, eu ajudo vocês, seu pai não precisa ir embora... – o interrompo.

- Christian, é melhor não se envolver nisso, são coisas que não entenderia. Nada trará a minha mãe de volta. É perigoso, mas meu pai sabe se cuidar. Na prisão esses anos todos ele ficou bem, imagina aqui fora. – começo a falar demais, tentaram matar o meu pai muitas vezes... Mas ele sempre se saiu bem, com minha ajudinha é claro. Vou monitorar o meu pai de longe, usarei meus dons só para isso.

- Vamos queroconversar com ele... – chegamos no quarto e meu pai pede para conversar sozinhocom Christian, o que será que vão conversar esses dois?])((?:(�OW�\W@

Cinquenta Tons de EvidênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora